Ministro da Saúde rebate acusações sobre compra de Tamiflu
18 de setembro de 2010
O ministro da saúde José Gomes Temporão garantiu, em entrevista coletiva concedida na tarde deste sábado (18), no Rio de Janeiro, que a compra do remédio Tamiflu foi feita diretamente pelo Ministério da Saúde, sem qualquer participação da Casa Civil. O ministro afirmou que os esclarecimentos foram prestados a pedido do presidente Lula para que fossem rebatidas as denúncias publicadas hoje pela revista Veja. De acordo com a revista, membros da Casa Civil teriam recebido propina de R$ 200 mil por influência nas negociações para a compra do remédio contra a gripe H1N1.
"As compras desse medicamento foram realizadas diretamente entre o ministério da saúde e a Roche, único laboratório produtor desse medicamento. O pagamento foi feito diretamente do Ministério da Saúde para o laboratório, sem nenhuma intermediação", afirmou.
Temporão também defendeu a compra do medicamento, avaliada em R$ 400 milhões. "Estávamos na eminência de uma pandemia, sob um alerta da Organização Mundial de Saúde", afirmou. "As negociações resultaram em um preço 76,7% mais baixo do que o preço de mercado do produto", acrescentou o ministro. Temporão informou ainda que a Polícia Federal foi acionada para investigar as denúncias publicadas pela revista.
"O ministério chegou a ser criticado por ter um estoque que atenderia apenas 5% da população, enquanto outros países adquiriram medicamentos para atender até 80% da população", defendeu.
O ministro afirmou que dos remédios comprados, 4,86 milhões de tratamentos foram distribuídos para os estados. O Brasil possui atualmente um estoque de 20 milhões de tratamentos, o que atenderia 10% da população. Segundo o ministro, o estoque é decorrente de recomendação da OMS.
Temporão afirmou que conversou com ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que teria lhe garantido que a Polícia Federal vai investigar as denúncias publicadas na revista.
Segundo reportagem da revista Veja, Vinícius Castro, sócio de Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, teria recebido R$ 200 mil reais em propina por influência na compra do Tamiflu para o tratamento da Gripe Suína.
Terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário