segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SP:Falta de transporte coletivo faz trabalhador perder 35 dias por ano no trânsito


A falta de transporte coletivo de qualidade na cidade de São Paulo obriga as pessoas a dirigirem, em média, 2 horas e 43 minutos por dia para se deslocarem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, segundo levantamento do Ibope. Multiplicando pelos dias úteis, o trabalhador perde 35 dias por ano no trânsito.

As melhorias no transporte só existem na propaganda do governo do Estado. No caso da rede metroviária, por exemplo, os tucanos não cumpriram suas próprias metas de investimento.

Durante a gestão Alckmin, de 2003 a 2006, foram entregues apenas 2 km de metrô e duas estações: Imigrantes e Chácara Klabin, na linha 2 – Verde. Dos investimentos previstos para o período na Linha 2 e na Linha 4 do Metrô, apenas 28,11% dos valores previstos foram efetivamente repassados e pagos pelo governo Geraldo Alckmin à empresa.

A propaganda de José Serra criou a ilusão de que São Paulo estaria preparada para absorver a demanda ao final de 2010, quando o Plano de Expansão estivesse implantado, o que não ocorreu. O ex-governador prometeu entregar 18 km de metrô e 12 estações até 2010.

Mas, de 2007 a 2010, José Serra entregou apenas 7 km e cinco estações, sendo três da Linha 2 – Verde: Alto do Ipiranga (2007), Sacomã (2010) e Vila Prudente (2010) e duas estações para a Linha 4 Amarela: Paulista e Faria Lima (2010). As três últimas estações funcionando em horário restrito.

A gestão Serra deixou de investir R$ 1,3 bilhão na expansão da rede de metrô de São Paulo em 2009. Ao todo, estava previsto o gasto de R$ 3,3 bilhões, mas foram aplicados R$ 2 bilhões na ampliação, segundo balanço do Metrô, publicado no Diário Oficial do Estado em abril deste ano . O valor de investimento estava previsto no orçamento 2009, aprovado pela Assembleia Legislativa.

A redução dos investimentos ocorreu principalmente pelo atraso na Linha 5-Lilás (Chácara Klabin / Capão Redondo). O trecho deixou de receber R$ 1 bilhão, o equivalente a 80% da verba prevista. Segundo a empresa, não houve falta de recursos financeiros nas obras. A linha 5 – lilás ainda está do jeito que foi inaugurada em 2002, parada no Largo Treze. O governo estadual prometeu a inauguração de duas novas estações para 2010, a Estação Adolfo Pinheiro e a Estação Campo Belo, o que foi postergado, pois as obras mal começaram.

Já a linha 4 – Amarela (Vila Sônia/Luz), que deveria ter entrado em operação em 2008, ainda não tem cronograma de funcionamento das seis estações previstas na fase 1, nem cronograma certo da fase 2, prevista para entrar em operação em 2012. Isso porque, por falta de fiscalização e por negligência do governo do Estado, houve o desabamento na futura estação Pinheiros, ocasionando a morte de sete pessoas. A empresa privada contratada para operar a linha, até o momento, só possui oito dos 14 trens previstos. O atraso operacional tem prejudicado mais de 700 mil passageiros diariamente.

A linha 2 – Verde (Vila Madalena/Vila Prudente), além do atraso na inauguração das estações Tamanduateí e Vila Prudente, previstas para março de 2010, está superlotada nos horários de pico.

Mas, em termos de lotação, a campeã é a linha 3 – Vermelha (Palmeiras – Barra Funda/Corinthians – Itaquera), a mais lotada do mundo, com mais de nove passageiros por metro quadrado no horário de pico. A linha 1 – Azul (Tucuruvi/Jabaquara) segue o mesmo caminho.

No ano de 2010, deveria entrar em operação a linha 6 – Laranja (Brasilândia/São Joaquim), mas ainda não existe sequer o projeto executivo da linha.

Como conseqüência da falta de metrô e de outros meios de transporte coletivo de qualidade no Estado, as pessoas são obrigadas a utilizarem o transporte individual no modo motorizado (motos ou carros), segundo a última pesquisa Origem Destino, realizada em 2007 pelo Metrô. Esse tipo de transporte representa 45% das viagens, contribuindo com os congestionamentos crônicos e aumento da poluição. Fonte:PT

Um comentário:

paulo zambroza disse...

Trabalhador perde 6% do salário (eu já é mínimo) com transporte público no Brasil.
Trabalhador perde 40% de seu salário com impostos no Brasil.
A falta de transporte coletivo de qualidade na cidade de São Paulo obriga as pessoas a dirigirem, em média, 2 horas e 43 minutos por dia para se deslocarem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, segundo levantamento do Ibope. Multiplicando pelos dias úteis, o trabalhador perde 35 dias por ano no trânsito.
Cerca de 55% dos usuários de transporte coletivo estão insatisfeitos e consideram o serviço "ruim", "muito ruim" ou "regular".
Trabalhador Brasileiro paga de 40 a 63% em impostos para falar ao celular
Trabalhador perde dinheiro com FGTS segundo a Força Sindical/RS.
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