247 - A presidente Dilma Rousseff passou a manhã de hoje, no Palácio do Planalto, em Brasília, de bom humor. Mas, mesmo assim, logo após ter sido apresentada pelo músico Carlinhos Brown à caxirola, ela desabafou: "Tem muita gente que está torcendo para o Brasil dar errado", disse Dilma, aparentemente, na direção dos especuladores da economia e das críticas de nível baixo da mídia tradicional. "Há muitos herdeiros da escravidão, que querem que o governo entregue coisas de baixa qualidade para o público, mas eu não fui eleita para dar 'qualquer coisa' ao povo, e sim entregar qualidade", afirmou. Para Dilma, o Brasil é um "país estável", com todas as condições de superar as adversidades da crise internacional.
Antes do desabafo, foi lançado o instrumento musical que vai ditar o ritmo da Copa do Mundo de 2014: a caxirola. Invenção do artista Carlinhos Brown, o instrumento foi apresentado oficialmente na manhã desta terça-feira 23, no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presidente Dilma Rousseff e a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Juntas, elas tocaram, ao lado de Carlinhos, o Hino Nacional na caxirola.
“É mais bonito que a vuvuzela”, divertiu-se a presidente Dilma, comparando a invenção ao instrumento usado pelas torcidas na Copa da África do Sul. “Resume a nossa capacidade de inventar. Parabéns, Carlinhos, as crianças brasileiras vão ficar muito felizes com a Caxirola”
Abaixo, noticiário da Agência Brasil sobre o
pronunciamento da presidente Dilma:
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff reafirmou hoje (23) que a economia brasileira é robusta e que o governo está atento a todas as suas características, como a taxa de investimento, que precisa aumentar para atingir a meta de dobrar a
renda per capita da população nos próximos 15 anos. Dilma ressaltou que o país tem um histórico de combate e controle da inflação. “O Brasil não negocia a com inflação, não flerta com a inflação”, disse em entrevista no Palácio do Planalto.
A presidenta anunciou que não comentará mais sobre juros, para evitar especulações. “Eu não vou em hipótese alguma – porque eu tenho responsabilidade presidencial – dar base para qualquer especulação. Então, não vou falar sobre coisas que não quero ver distorcidas”
Na avaliação da presidenta, o país conseguiu atingir um patamar elevado de estabilidade macroeconômica em relação às contas públicas. “Por exemplo, nós não tivemos que fazer nenhum corte drástico como ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos. Temos uma relação dívida/PIB das mais baixas do mundo”.
Segundo Dilma, a Lei dos Portos, que tramita no Congresso, pode trazer mais estabilidade ao país com a redução do custo Brasil. “No passado, o custo Brasil era o custo da insegurança que se tinha em relação à capacidade do Brasil de pagar a dívida externa. Hoje, o custo Brasil é uma questão do aumento da nossa competitividade. Temos de melhorar as condições da nossa infraestrutura, porque o país está em uma trajetória de construir um modelo de crescimento de longo prazo”.
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