Dilma não tem que contestar a Folha, ela tem mais cortar as verbas de publicidades da Folha.
247 - A Folha bem que
tentou, mas não conseguiu constranger a presidente Dilma Rousseff a ponto de
demovê-la da ideia de exigir uma retratação formal do governo norte-americano,
em razão dos atos de espionagem cometidos contra autoridades brasileiras.
Na segunda-feira, o jornal
da família Frias publicou a denúncia de que diplomatas estrangeiros foram
seguidos por homens da Agência Brasileira de Inteligência (leia aqui). Hoje,
deu voz a diplomatas americanos, que tentaram igualar este caso, ocorrido dez anos
atrás, ao monitoramento de telecomunicações de chefes de Estado feito pelo
governo de Barack Obama. "Todo mundo espiona, não há virgens", dizia
a reportagem do Uol, que também pertence ao grupo Folha.
Incomodada com essa
tentativa de desqualificação da posição brasileira nas Nações Unidas, onde
Brasil e Alemanha lideram uma ação contra a bisbilhotagem, a presidente Dilma
entrou no assunto. "Não dá para comparar o que a Abin fez [com a
espionagem dos EUA], até porque não violou privacidade. Está previsto na
legislação brasileira, não cometeram nenhuma ilegalidade. Se tivessem cometido,
teriam sido afastados", disse.
Ela também afirmou
que as relações entre Brasil e Estados Unidos continuam no mesmo pé, ou seja,
estão abaladas – em razão da espionagem, Dilma cancelou um encontro de cúpula
que teria com Obama. "Só tem um jeito de resolver esse problema [da
espionagem]: se desculpar pelo que aconteceu e dizer que não vai acontecer
mais. Até o momento não foi possível essa solução", disse ela, durante
entrevista ao Grupo RBS. "Se eu fosse aos Estados Unidos, eu e o Obama
estaríamos submetidos ao constrangimento de uma nova denúncia. E aí essa seria
a pauta, seriam as novas denúncias, e não nossas realizações", afirmou.
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