terça-feira, 25 de novembro de 2008

ÓTIMA NOTÍCIA

erça-feira, 25 de Novembro de 2008

Venda de material de construção deve crescer 28% neste ano



Gazeta Mercantil - O crescimento de 36,5% na receita de vendas de material de construção no acumulado até o mês de outubro e a alta de 18% no volume vendido no mês em comparação com igual período do ano anterior levou a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) a rever, pela quarta vez neste ano, as projeções de crescimento para 2008. As vendas devem avançar 28%, nível de crescimento recorde para o setor, que com isso deve obter faturamento de R$ 100 bilhões. No início deste ano a previsão da Abramat era de um incremento de 12% nas vendas. Em 2007 a alta foi de 15%.

"Nós sabemos que há uma crise e isso vai nos afetar em algum momento. Mas os efeitos demoram um pouco mais para chegar à indústria da construção; há ainda muitas obras em andamento", disse o presidente da Abramat, Melvyn Fox. Em seu cálculo, a venda de material de construção deve continuar crescendo normalmente até fevereiro ou março, quando a parada nos lançamentos imobiliários e a diminuição no varejo deve começar a desacelerar as vendas para 2009, a previsão de crescimento é de 6% para o próximo ano.

O principal motor do crescimento continua sendo os produtos básicos, utilizados na estrutura das construções, como cimento, aço e tubulações. As vendas de materiais básicos subiram 40,2% de janeiro a outubro, sobre mesmo período do ano passado, e 38% no acumulado em 12 meses. Já os materiais de acabamento - utilizados na ponta da construção, como pintura, metais sanitários e pisos - tiveram alta de 18,5%.

A diferença entre os dois segmentos mostra que há ainda muitos empreendimentos imobiliários em etapa inicial, o que garante ainda a demanda da indústria de materiais de construção mesmo que futuros lançamentos sejam cancelados. O tempo médio para conclusão de uma obra, calculado pela Abramat, é de aproximadamente dois anos.
Duas notícias de hoje vêm complementar essa matéria e o bom momento que vive o setor de Construção Civil. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje que o presidente Lula disse aos ministros, na reunião realizada ontem na Granja do Torto, que a ordem é "não haver investimento não realizado" e que eles devem "gastar tudo o que há de verba para o PAC."

Quando você aumenta o investimento, significa que você está tendo uma ação contrária ao ciclo, ou seja, anticíclica. Se o ciclo é de crise, aumentar o investimento faz você manter o crescimento do País, garantir renda e emprego. Segundo a ministra "só nas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, serão 25 mil pessoas contratadas em cada uma das obras.”

Em outra ponta desse quebra cabeças, o crédito realmente desacelerou no olho do furacão da crise em Outubro, mas muito menos do que muitos previam ou pelo menos não foi capaz de impedir que as metas do ano fossem superadas com dois meses de antecedência. Segundo a pesquisa mensal de juros do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, houve uma queda na média diária das novas concessões de crédito, de 7,1% para empresas e 7,7% para pessoa física. Mas o volume global de crédito do sistema financeiro atingiu em outubro 40,2% do PIB, ou R$ 1,187 trilhão, superando a projeção do BC para 2008, que era de alcançar 40% do PIB e é um recorde histórico.

Subiram também os spreads cobrados pelos bancos, o que confirma a opinião do ministro Paulo Bernardo, segundo a qual "nossos bancos mostram que não estão à altura do que o país precisa".

Passado esse período de pânico midiático, que obviamente tira a confiança do consumidor no curto prazo, o Brasil se mostrará mais forte, pois desenvolveu nos últimos anos um mercado interno com muito mais vigor, com aumento do emprego formal e da renda. Eu sou um otimista, pois acho muito difícil que essa economia tão dinâmica possa desacelerar de forma contundente e jogo de previsões que sempre foi nebuloso, ainda está mais confuso.

Reparem o que saiu hoje na Folha Online: O economista-chefe do Citigroup no Brasil, Marcelo Kfouri, disse hoje que o saldo da balança comercial brasileira de 2009 deverá ter um desempenho melhor do que neste ano, o que pelas suas próprias palavras vai na contramão da maioria dos analistas. "Isso ocorrerá devido à valorização do dólar" ante o real, disse Kfouri, que espera um saldo de US$ 40 bilhões para o próximo ano. Segundo o relatório Focus desta semana, a previsão dos analistas ouvidos pelo Banco Central para ao saldo da balança em 2009 é de US$ 13,71 bilhões.

Em quem você acredita? Façam suas apostas, mas sempre a favor do Brasil. Com qualquer cenário para o câmbio, a economia brasileira está preparada para se ajustar, pois num sistema produtivo tão complexo como o nosso, sempre haverá favorecidos e prejudicados. A indústria não reclamava tanto do Real valorizado? Agora reclama do quê? Puro reflexo condicionado?

O blogueiro Josias de Souza repercute com estardalhaço hoje, a previsão da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), segundo a qual a economia brasileira vai crescer "apenas" 3% em 2009. É bom lembrar que em 28 de Novembro de 2006, essa mesma OCDE previu que o Brasil cresceria 3,8% em 2007. Deu 5,4%.
Mais uma colaboração da rubro-negra Nancy Lima.

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