Não é possível que ninguém faça nada contra este ditador e, no momento, representante maior do Poder Judiciário. Ditadura não é coisa boa, mas, seguramente, é muito pior quando é imposta pelo Poder Judiciário.Alguém tem que ter coragem de chamar esse estrupício às falas.
Porto Alegre (RS) - Hoje eu quero comentar sobre um assunto que não saiu em nenhuma mídia no Brasil. Apenas foi publicado em blogs alternativos, que aliás estão sendo a saída para muita gente que se sente manipulada pela grande imprensa brasileira que publica, como se sabe, o que lhe convém e esconde o que lhe incomoda - ou o que incomoda a seus protegidos e aliados. Pois no dia 13 de Março último, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi ao estado do Acre para uma palestra sobre drogas para jovens da rede pública de ensino. Depois da palestra, o presidente do STF concedeu entrevista coletiva a jornalistas.
Um desses jornalistas, Altino Machado, lhe fez a seguinte pergunta: "Ministro, o senhor tem se manifestado constantemente em defesa da propriedade, contra as invasões de terras, mas em nenhum momento o senhor se manifestou contra dezenas, centenas de assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais. Isso decorre do fato de o senhor ser ministro ou pecuarista?", questionou.
A resposta do ministro Gilmar Mendes foi esta: "Devo lhe dizer o seguinte: eu tenho me manifestado contra qualquer violação de direitos, qualquer violação de direitos mesmo. Eu não quero que haja assassinatos, independentemente de… Que não haja violência. Pode-se protestar, pode-se fazer qualquer consideração, mas tem que ser respeitado o direito de outrem. A pergunta de qualquer forma é desrespeitosa. O senhor tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta. Eu não sou pecuarista", concluiu Gilmar Mendes ao jornalista.
O jornalista Altino Machado tomou como base para a pergunta que incomodou tanto Gilmar Medes o manifesto distribuído no dia 6 de Março pela Secretaria Nacional da Comissão Pastoral da Terra da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde está afirmado (e até hoje não contestado publicamente) que o ministro Gilmar Mendes “não esconde sua parcialidade e de que lado está” e que é sim “grande proprietário de terra no Mato Grosso”.
Depois dessa resposta ameaçadora, o ministro Gilmar Mendes ainda mandou um assessor dele telefonar para a Polícia Federal e advertir os agentes federais assim: "Fiquem de olho naquele moço [refereindo-se a Altino], pois ele é muito perigoso".
Esse fato, narrado pelo jornalista Altino Machado no portal do Terra Magazine, aconteceu no último 13 de março. Até o presente momento não se leu, escutou ou viu nenhuma dessas entidades patronais do baronato midiático - aqueles que se dizem os zeladores da proclamada "liberdade de imprensa" - se manifestarem sobre a grave ameaça do presidente do STF a um jornalista.
Se fosse o presidente Lula o autor da frase “o senhor tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”, as emissoras de rádio/tevê, e os grandes jornais fariam um carnaval que duraria semanas, meses, a exemplo da expressão “marolinha” dita meses atrás pelo presidente Lula.
Pensem nisso, enquanto eu me despeço.
Até a próxima.
Cristóvão Feil é sociólogo e editor do blog Diário.
Porto Alegre (RS) - Hoje eu quero comentar sobre um assunto que não saiu em nenhuma mídia no Brasil. Apenas foi publicado em blogs alternativos, que aliás estão sendo a saída para muita gente que se sente manipulada pela grande imprensa brasileira que publica, como se sabe, o que lhe convém e esconde o que lhe incomoda - ou o que incomoda a seus protegidos e aliados. Pois no dia 13 de Março último, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi ao estado do Acre para uma palestra sobre drogas para jovens da rede pública de ensino. Depois da palestra, o presidente do STF concedeu entrevista coletiva a jornalistas.
Um desses jornalistas, Altino Machado, lhe fez a seguinte pergunta: "Ministro, o senhor tem se manifestado constantemente em defesa da propriedade, contra as invasões de terras, mas em nenhum momento o senhor se manifestou contra dezenas, centenas de assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais. Isso decorre do fato de o senhor ser ministro ou pecuarista?", questionou.
A resposta do ministro Gilmar Mendes foi esta: "Devo lhe dizer o seguinte: eu tenho me manifestado contra qualquer violação de direitos, qualquer violação de direitos mesmo. Eu não quero que haja assassinatos, independentemente de… Que não haja violência. Pode-se protestar, pode-se fazer qualquer consideração, mas tem que ser respeitado o direito de outrem. A pergunta de qualquer forma é desrespeitosa. O senhor tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta. Eu não sou pecuarista", concluiu Gilmar Mendes ao jornalista.
O jornalista Altino Machado tomou como base para a pergunta que incomodou tanto Gilmar Medes o manifesto distribuído no dia 6 de Março pela Secretaria Nacional da Comissão Pastoral da Terra da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde está afirmado (e até hoje não contestado publicamente) que o ministro Gilmar Mendes “não esconde sua parcialidade e de que lado está” e que é sim “grande proprietário de terra no Mato Grosso”.
Depois dessa resposta ameaçadora, o ministro Gilmar Mendes ainda mandou um assessor dele telefonar para a Polícia Federal e advertir os agentes federais assim: "Fiquem de olho naquele moço [refereindo-se a Altino], pois ele é muito perigoso".
Esse fato, narrado pelo jornalista Altino Machado no portal do Terra Magazine, aconteceu no último 13 de março. Até o presente momento não se leu, escutou ou viu nenhuma dessas entidades patronais do baronato midiático - aqueles que se dizem os zeladores da proclamada "liberdade de imprensa" - se manifestarem sobre a grave ameaça do presidente do STF a um jornalista.
Se fosse o presidente Lula o autor da frase “o senhor tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”, as emissoras de rádio/tevê, e os grandes jornais fariam um carnaval que duraria semanas, meses, a exemplo da expressão “marolinha” dita meses atrás pelo presidente Lula.
Pensem nisso, enquanto eu me despeço.
Até a próxima.
Cristóvão Feil é sociólogo e editor do blog Diário.
Colaboração de Nancy Lima.
2 comentários:
Uai, adotou o estilo blackblog você também? Ficou bacana, mas se você usar uma fonte muito pequena fica doloroso de ler, principalmente para quem já está ficando meio ceguinho como eu.
Língua, a fonte ficou no estilo grande.De todo modo, valeu a observação. Aceito sugestões.
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