quarta-feira, 11 de março de 2009

O TIRO SAIU PELA CULATRA

Tudo bem, não concordo com estes gastos paralelos dos deputados, mas, para mim, um representante do DEMO não tem autoridade moral para criticar quem quer que seja?
Chico Alencar contratou consultoria de colega do PSOL

AE - Agencia Estado

BRASÍLIA - O ex-deputado do PSOL João Alfredo prestou serviços de consultoria ao gabinete do deputado e colega de partido Chico Alencar (RJ) durante 19 meses dos últimos dois anos e recebeu um total de R$ 49.750, pagos com a verba indenizatória. O primeiro pagamento à empresa de João Alfredo, Eco Social Consultoria, ocorreu em março de 2007, um mês depois de ele ficar sem mandato. Não houve prestação de serviço em abril de 2007 e em agosto e setembro de 2008, quando João Alfredo estava em campanha para a Câmara Municipal de Fortaleza. Eleito vereador, ele interrompeu a prestação de serviços em 31 de dezembro passado.

A contratação da empresa do ex-deputado por um companheiro de partido foi questionada pelo ex-prefeito Cesar Maia (DEM), na última segunda-feira. Maia fez referência apenas aos R$ 26.250 pagos com a verba indenizatória de Alencar em 2008. O prefeito conferiu os números no portal do deputado, que tornou públicas suas prestações de contas. Dados de 2007 - quando a Eco Social recebeu R$ 23.500 - foram informados pela assessoria de João Alfredo.

Em nota, João Alfredo afirmou que comparecia semanalmente a Brasília para "prestar serviços de consultoria" ao colega, como a elaboração de pronunciamentos e o acompanhamentos das audiências públicas no Congresso. Alencar divulgou nota em que rebateu notícias de que Maia o teria acusado de fraude. E disse que, no período em que a Eco Social prestou os serviços, João Alfredo "não exercia mandato público nem estava cassado de seus direitos de cidadão trabalhador".

O PSOL é autor da representação que motivou a investigação sobre gastos do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) com segurança, usando a verba indenizatória. As regras para uso da verba indenizatória não proíbem que o parlamentar contrate empresas de sua propriedade ou pessoas próximas. Exigem apenas que a prestação do serviço seja comprovada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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