Atualizado e Publicado em 01 de agosto de 2009
por Bernardo Braga
No passado eram cadernos distribuídos na rede pública que traziam na contracapa as fotos e mensagens de prefeitos e vereadores de cantões do país, em nítida e ilegal ação de promoção pessoal, à custa do erário – é claro! - e abusando da carência por material didático de alunos da rede pública de ensino.
As novas mídias e tecnologias, no entanto, trouxeram formas diferentes de autopromoção com o dinheiro público e, nesse quesito, o governador paulista José Serra acaba de inovar.
Segundo notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, na sexta-feira (24-07), o governo Serra está financiando com R$ 12 mil a produção e a distribuição de mil CDs de poesia que deverão chegar à rede de ensino pública paulista, entre outubro e novembro desse ano.
A novidade é que o próprio governador é um dos declamadores dos poemas que compõem o acervo do CD. Os alunos da rede pública de ensino de São Paulo vão ser brindados com versos de “Vozes da África”, de Castro Alves, na voz de locutor do Serra. Entre os versos escolhidos pessoalmente pelo governador está o seguinte trecho: “Deus! ó Deus! Onde estás que não respondes? ...”. Outro poema recitado por Serra é um dos sonetos de “Via Láctea”, de Olavo Bilac.
É bom que se destaque: esses milhares de CDs vão ser distribuídos nas escolas paulistas em pleno ano pré-eleitoral. É um flagrante desrespeito aos preceitos mais elementares da administração pública que pregam justamente a impessoalidade das ações e atos de governo. É um crime contra a administração pública e que fere o bom senso e a inteligência dos paulistas.
Parafraseando Castro Alves, pergunto: “Ministério Público Paulista! ó Ministério Público Paulista! Onde estás que não respondes?”
por Bernardo Braga
No passado eram cadernos distribuídos na rede pública que traziam na contracapa as fotos e mensagens de prefeitos e vereadores de cantões do país, em nítida e ilegal ação de promoção pessoal, à custa do erário – é claro! - e abusando da carência por material didático de alunos da rede pública de ensino.
As novas mídias e tecnologias, no entanto, trouxeram formas diferentes de autopromoção com o dinheiro público e, nesse quesito, o governador paulista José Serra acaba de inovar.
Segundo notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, na sexta-feira (24-07), o governo Serra está financiando com R$ 12 mil a produção e a distribuição de mil CDs de poesia que deverão chegar à rede de ensino pública paulista, entre outubro e novembro desse ano.
A novidade é que o próprio governador é um dos declamadores dos poemas que compõem o acervo do CD. Os alunos da rede pública de ensino de São Paulo vão ser brindados com versos de “Vozes da África”, de Castro Alves, na voz de locutor do Serra. Entre os versos escolhidos pessoalmente pelo governador está o seguinte trecho: “Deus! ó Deus! Onde estás que não respondes? ...”. Outro poema recitado por Serra é um dos sonetos de “Via Láctea”, de Olavo Bilac.
É bom que se destaque: esses milhares de CDs vão ser distribuídos nas escolas paulistas em pleno ano pré-eleitoral. É um flagrante desrespeito aos preceitos mais elementares da administração pública que pregam justamente a impessoalidade das ações e atos de governo. É um crime contra a administração pública e que fere o bom senso e a inteligência dos paulistas.
Parafraseando Castro Alves, pergunto: “Ministério Público Paulista! ó Ministério Público Paulista! Onde estás que não respondes?”
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