São Paulo – O Brasil registrou aumento de níveis salariais nos anos 2008 e 2009, período que o país foi também atingido pela crise financeira internacional. Em 2008, os salários subiram 3,4% e, no ano seguinte, 3,3%, o que mostra estabilidade. Os números fazem parte de um estudo divulgado nesta quarta-feira (15) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O resultado nacional foi na contramão da média mundial, que registrou queda nos salários médios de 0,8% em 2008 para 0,7% em 2009. Entretanto, destaca o estudo, se excluída a China, o resultado sobe de 2,8% em 2007 e 1,6% em 2009. O Relatório Mundial sobre Salários – 2010/2011 atualiza dados de 115 países e avalia a situação de 1,4 bilhões de assalariados.
Segundo Janine Berg, uma das organizadoras do estudo, foi feita uma análise sem os dados da China porque o governo chinês havia informado apenas sobre salários dos trabalhadores de empresas ou de órgãos governamentais, e a OIT tinha informações de que os empregados no setor privado ganhavam menos.
O estudo mostra que, das 28 economias mais industrializadas, 12 apresentaram redução dos níveis de salário real em 2008. Entre elas, estão a Alemanha, a Austrália, os Estados Unidos, a Itália, o Japão, o México e a República da Coreia.
Regiões como a Europa Oriental e a Ásia Central também tiveram grandes quedas na média salarial. Contudo, a América Latina e a Ásia mostraram crescimento salarial durante a crise financeira.
Entre os países do G20 – grupo das 20 maiores economias mundiais – que apresentaram as maiores quedas, estão a Rússia, o México e a Inglaterra.
O relatório da OIT aponta como uma das consequências da baixa dos salários em todo o mundo a redução no consumo e da demanda das famílias. Em alguns países, a queda dos salários foi compensada pela baixa das taxas de juros e pelo aumento excessivo do crédito.
Salário mínimo
Ainda sobre o Brasil, segundo Janine, dois pontos contribuíram para o país não passar por uma queda tão grande quanto a de outros países. “A crise econômica afetou o Brasil de maneira breve e não teve tanto impacto no mercado de trabalho. O governo decidiu manter sua política de salário mínimo, o que ajudou a manter os salários médios”, afirmou. O salário médio, em 2009, estava em R$ 700 - os salários da população de baixa renda equivaliam a um terço desse valor.
A expectativa para os próximos anos é de que ainda levará algum tempo para que os salários voltem a subir em todo o mundo. “Os efeitos da crise financeira vão continuar afetando os trabalhadores, principalmente nos países avançados, como os Estados Unidos e os países da Europa, onde, mesmo havendo recuperação do PIB (Produto Interno Bruto), essa recuperação não tem sido tão forte”, disse Janine.
Com informações da Agência Brasil
O resultado nacional foi na contramão da média mundial, que registrou queda nos salários médios de 0,8% em 2008 para 0,7% em 2009. Entretanto, destaca o estudo, se excluída a China, o resultado sobe de 2,8% em 2007 e 1,6% em 2009. O Relatório Mundial sobre Salários – 2010/2011 atualiza dados de 115 países e avalia a situação de 1,4 bilhões de assalariados.
Segundo Janine Berg, uma das organizadoras do estudo, foi feita uma análise sem os dados da China porque o governo chinês havia informado apenas sobre salários dos trabalhadores de empresas ou de órgãos governamentais, e a OIT tinha informações de que os empregados no setor privado ganhavam menos.
O estudo mostra que, das 28 economias mais industrializadas, 12 apresentaram redução dos níveis de salário real em 2008. Entre elas, estão a Alemanha, a Austrália, os Estados Unidos, a Itália, o Japão, o México e a República da Coreia.
Regiões como a Europa Oriental e a Ásia Central também tiveram grandes quedas na média salarial. Contudo, a América Latina e a Ásia mostraram crescimento salarial durante a crise financeira.
Entre os países do G20 – grupo das 20 maiores economias mundiais – que apresentaram as maiores quedas, estão a Rússia, o México e a Inglaterra.
O relatório da OIT aponta como uma das consequências da baixa dos salários em todo o mundo a redução no consumo e da demanda das famílias. Em alguns países, a queda dos salários foi compensada pela baixa das taxas de juros e pelo aumento excessivo do crédito.
Salário mínimo
Ainda sobre o Brasil, segundo Janine, dois pontos contribuíram para o país não passar por uma queda tão grande quanto a de outros países. “A crise econômica afetou o Brasil de maneira breve e não teve tanto impacto no mercado de trabalho. O governo decidiu manter sua política de salário mínimo, o que ajudou a manter os salários médios”, afirmou. O salário médio, em 2009, estava em R$ 700 - os salários da população de baixa renda equivaliam a um terço desse valor.
A expectativa para os próximos anos é de que ainda levará algum tempo para que os salários voltem a subir em todo o mundo. “Os efeitos da crise financeira vão continuar afetando os trabalhadores, principalmente nos países avançados, como os Estados Unidos e os países da Europa, onde, mesmo havendo recuperação do PIB (Produto Interno Bruto), essa recuperação não tem sido tão forte”, disse Janine.
Com informações da Agência Brasil
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