Por
Davis Sena Filho — editor do Portal do Blog da Dilma — Blog Palavra
Livre
Dois
pesos e duas medidas. O ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso que
vendeu o Brasil em uma privatização que se tornou a maior da América Latina, bem
como, posteriormente, serviu de material para o famoso livro “A Privataria
Tucana”, que jamais foi repercutido na imprensa comercial e privada e muito
menos serviu de material informativo para o senhor procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, apresentar representação ao Ministério Público
Federal contra os neoliberais FHC e José Serra, entre outros tucanos emplumados
que venderam o que não construíram e muito menos o que não é deles e, sim, da
Nação.
Por
causa da pressão que tem recebido por prevaricar no caso da Operação Vegas da
Policia Federal, que investigou a quadrilha de Cachoeira, que tomou conta do
Estado de Goiás e se ramificou pelas três esferas de governo, Gurgel usa como
estratégia para se defender de sua irresponsabilidade o Mensalão, como forma de
se blindar e acusar seus adversários, que hoje preferem ver o diabo a vê-lo à
frente da Procuradoria Geral, a cruzar os braços e a fazer ilações, no mínimo,
precipitadas e sem base alguma no que concerne ao Mensalão.
A
verdade é que os assuntos que se tratam são as operações Vegas, Monte Carlo e as
gravações que indicam que o senador Demóstenes Torres, o herói da imprensa de
negócios, o governador de Goiás, Marconi Perillo e os jornalistas da Veja,
Policarpo Jr., e da Época, Eumano Silva, entre muitas outras pessoas, estão
envolvidos com o esquema do bicheiro Cachoeira. Gurgel, como afirmou o senador
Fernando Collor, prevaricou. Além disso, o condestável da República, que atende
pelo nome de Gilmar Mendes, adiantou-se, ao que parece, à possível divulgação de
seu nome nesse escândalo, e passou a atacar virulentamente o ex-presidente Lula,
o político mais popular da história do Brasil.
Gilmar
Mendes é um escárnio à boa conduta e ao cargo que ocupa. Ele envergonha o
Judiciário e o povo brasileiro. Ele deveria ser, urgentemente, chamado às falas
pelos seus colegas de Tribunal e pelo seu presidente, ministro Ayres Britto,
porque seu comportamento, a sua conduta é de um homem que tomou à frente do
processo da CPMI do Cachoeira/Demóstenes para evitar que o PSDB, o DEM e seus
aliados Veja e Globo não sejam investigados ou chamados às falas, como ele disse
uma vez quando pretendeu interpelar o presidente Lula.
Gilmar
Mendes tem medo do quê? Por que somente depois de um mês de se encontrar com
Lula o tal ministro abriu a boca e, para a surpresa de ninguém, falou à Veja, a
revista porcaria, que não tem credibilidade, além de estar no olho do furacão
por ter se envolvido com a quadrilha de Cachoeira e seus arapongas, que estão
presos. Gilmar agride o Lula como se o ex-presidente fosse do nível dele e por
isso não merecesse respeito.
Gilmar
Mendes foi desmentido pelo ex-presidente do STF, Nelson Jobim, no que concerne a
conversa que supostamente teve com Lula e mesmo assim continua a agredi-lo sem
se importar com a sua posição de ministro da Corte mais importante do País. Fala
pelos cotovelos e não mede consequências, pois visivelmente não se importa em
criar uma crise institucional no País. Gilmar é, irremediavelmente, apoplético,
falta-lhe senso, pois acometido de rancores e ressentimentos que fariam o diabo
ser o seu aprendiz. Juristas já afirmam na imprensa que a
postura de Gilmar Mendes pode impedi-lo de julgar.
Concomitantemente
ao Gilmar Mendes, temos o procurador Roberto Gurgel, que representou contra Lula
no MPF. Não há provas contra o maior político do País. E mesmo assim o senhor
Gurgel, que prevaricou, toma uma atitude política como essa, sem, no entanto,
jamais representar contra o neoliberal FHC, cujo governo foi denunciado com
provas e documentos pelo livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury
Ribeiro. Dois pesos e duas medidas.
O
que se discute no Brasil é o mega escândalo Cachoeria/Demóstenes/Veja/Globo. Só
que o Gilmar e o Gurgel deram um jeito de o Lula se tornar alvo de ataques — via
Mensalão — e com isso desviar a atenção da Nação para o que ocorre no Congresso
Nacional, que, por meio da CPMI, abrir-se-á a caixa de Pandora do PSDB, do DEM e
quiçá de certas autoridades que usam capa preta, trocaram seus afazeres do
Judiciário para fazer política de oposição e partidária, bem como pensam que são
intocáveis e acima da lei.
A
Veja, revista que pratica o verdadeiro jornalismo de esgoto, chafurda no mau
cheiro. E a TV Globo e o O Globo repercutem o que não foi comprovado, o que
ninguém ouviu e que foi desmentido, categoricamente, pelo ex-ministro Nelson
Jobim, testemunha ocular e auditiva da conversa entre o juiz Gilmar e o
ex-presidente Lula. Eles realmente querem melar a CPMI. A imprensa burguesa
nunca precisou tanto deles. E eles, dela. É isso aí.
Um comentário:
Sr. Terror, se por estes dias os PIGs divulgarem pesquisas em SP, mostrando queda no número de entrevistados que votariam em candidato apontado por Lula, aí sim fica cristalino o objetivo maior de mais essa reporcagem de VEJA, enfraquecer a imagem de LULA perante o eleitorado, já que provavelmente a mesma mostrara algum avanço da candidatura petista,não faz sentido ?
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