terça-feira, 22 de maio de 2012

Cachoeira e Marconi queriam eleger tucano a prefeito de Goiânia

Cachoeira e Marconi queriam eleger prefeito de Goiânia
Duas conversas da operação Monte Carlo mostram o jogo político que estava sendo montado para que Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres apoiassem o candidato do governador Marconi Perillo (PSDB) a prefeito de Goiânia, Leonardo Vilela (PSDB), já no ano passado

 Em agosto do ano passado, o contraventor Carlinhos Cachoeira teve duas conversas reveladoras das intenções políticas do grupo e, mais uma vez, da simbiose com o governador Marconi Perillo (PSDB).

 
Já estava em pauta a disputa pela prefeitura de Goiânia, e o deputado federal e na época secretário do Meio Ambiente buscava apoio para se consolidar como o nome da base marconista. Leonardo queria o apoio do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), favorito em várias pesquisas e, portanto, cabo eleitoral considerado decisivo.
Na primeira conversa, às 11h12min, Carlinhos e Wladimir tratam de um assunto que envolve 'Leonardo' – que, ao que parece, vai além da questão política. O contraventor, porém, ao argumentar reproduz diálogo entre ele e o governador, um diálogo que dá a medida da intimidade de quem está afinado por interesses comuns.

 
Wladimir – (...) veio o Mauro, o Eugênio e o Paulinho, você quer almoçar com eles?


Carlinhos – Dou um jeito de ir.


 
Wladimir – Tá, eu vou lá no Leonardo agora que ele tá me esperando pra mim conversar aquele assunto com ele, e você não quer almoçar com a gente ou não?

 
Carlinhos – E o governador falou pra mim também, viu? Sobre o Leonardo, "O Leonardo falou pra mim, que você também tá apoiando, você que levou o Demóstenes pra apoio ele e tal, então vamo dar uma força pra ele" então o governador tá bem no do Leonardo, viu? Fala pra ele, a conversa qeu eu tive com ele, viu.


 
Wladimir – Não, beleza, então, mas aí você vai almoçar com a gente ou não?

Carlinhos – Digo, o Leonardo tem que procurar o Demóstenes, não, vou não, o Leonardo tem que procurar o Demóstenes pra, pra falar isso, viu? Pra dar uma dura no, fala "o porra Leonardo, o cara (inaudível) mandou procurar o Demóstenes, rapaz, mandou oferecer dinheiro, absurdo, viu?" quem amenizou e pôs, "o cara esse Vivaldo falou foi por conta própria", mas o cara falou o nome do Leonardo, rapaz.

A outra conversa ocorreu às 15h08, entre Demóstenes e Cachoeira.

Demóstenes – Professor, esqueci de falar com você, o Leonardo Vilela, sabe, tô precisando falar com ele. O Marcone pediu pra eu falar com ele.

Carlinhos – Mas cê quer marcar com ele hoje, como é que faz?


 
Demóstenes – Se ele achar que não dá pra vir aqui agora ou daqui um hora e tal, tem que ser, porque à noite eu tô enrolado com aquele povo lá, uai.

 
Carlinhos – Ah não, tá. Vou ver agora e te falo.

 
Demóstenes – Aí já adianta o negócio, já deixa claro pra ele que ele tem o meu apoio.

 
Carlinhos – Excelente. Excelente porque o Waldmir já falou pra ele aqueel trem do Grivaldo(?). É bom cê pôr também que é trem do Grivaldo(?) viu? Ele já tá louquinho com essa história. Aí ele vai arrumar uma desculpa pra você e cê aceita.

 
Demóstenes – Beleza, tranquilo, sossegado. Então falou. Vê aí o quê que cê faz. Se cê puder trazer ele aqui...

 
No início de abril, Leonardo Vilela foi citado em reportagem do Correio Braziliense por ligações com Cachoeira. Em nota, o deputado não só confirmou contato com o contraventor como informou que buscou ajuda política sua (leia aqui). Fica claro agora que a articulação estava sendo acompanhada de perto pelo governador Marconi Perillo, e que ele tratava do assunto diretamente com Cachoeira.Leia mais aqui

2 comentários:

Francy Granjeiro disse...

TN Cachoeira esta fein magro enrrugado coloca uma foto atual.
Pasmei quandi vi ele bem acabadinho..a vida na papuda num ta boa nao.

O TERROR DO NORDESTE disse...

Francy, exatamente.Vamos fazer um twittaço para convocar Vanessa Cachoeira.