domingo, 27 de maio de 2012

Bomba! Bomba! Gilmar Mendes botou raposa dentro do galinheiro





O blog Nassif conseguiu matar uma boa charada. Tipo de coisa que a imprensa faria facilmente se o PT estivesse envolvido, mas que silenciam e se negam a informar como são seus aliados que estão na roda.

PS: Leitora pediu informações mais didáticas. Vamos lá:
  1. Gilmar Mendes era presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) no ano de 2008.
  2. A Polícia Federal e a ABIN estavam chegando perto de Cachoeira. O esquema ficou paranóico. Gilmar Mendes e Demóstenes Torres inventam um grampo, com o que produzem um factóide que derruba o diretor da Abin, Paulo Lacerda.
  3. Gilmar Mendes chama Jairo Martins para ser seu consultor de contra-espionagem dentro do STF.
  4. A PF desbarata o esquema Cachoeira. Descobre que Demóstenes Torres era um dos cabeças do esquema, e Jairo Martins, um de seus principais operadores.
  5. Gilmar Mendes, desesperado, dá entrevista à Veja, tentando se blindar, acusando Lula de lhe chantagear (como se fosse possível a Lula, em tempos de informação aberta, impedir que a CPI descobrisse as eventuais falcatruas de Gilmar). Segundo Mendes, a chantagem de Lula se deu dentro do escritório de Nelson Jobim, com presença deste.
  6. Jobim nega peremptoriamente o conteúdo da Veja, e ainda afirma que Lula não ficou sozinho um só momento com Gilmar.
  7. Outros ministros do STF também negam que Lula tenha feito qualquer insinuação que possa ser interpretada como pressão.
  8. Veja consegue o impossível: ir mais fundo que o nono círculo do inferno, até então considerado por Dante como o último. Não era. Há um outro círculo: Veja o estreou.
Comentário de Nassif: De certa forma, confirma o receio do Procurador Geral da República que, caso a denúncia sobre Demóstenes Torres chegasse ao Supremo, as investigações ficariam comprometidas.

Gilmar colocou no coração do Supremo o principal operador da conexão Cachoeira-Veja.
Notícia do Estadão de 30 de abril de 2011



Medo de espionagem leva até STF a pagar agentes


Desde o suposto grampo contra Gilmar Mendes, em 2008, Supremo foi dominado pela paranoia da espionagem

Vannildo Mendes, de O Estado de S. Paulo


Desde o escândalo do suposto grampo contra o ministro Gilmar Mendes, em 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) também foi dominado pela paranoia da espionagem, a exemplo do setor público em geral. O próprio ministro teria, deste então, um “personal araponga” – que lhe dá assessoria informal quando a ameaça vem de fora.


O trabalho é feito pelo ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Jairo Martins [um dos principais arapongas do esquema Cachoeira], hoje um dos nomes mais requisitados do mercado. Ele nega essa condição profissional.


Em razão da natureza de seu trabalho, todos os ministros têm proteção especial – mas alguns são mais preocupados que outros. É o caso de Marco Aurélio Mello, que costuma pedir mais varreduras no seu gabinete, e do atual presidente, Cezar Peluso.

O STF tem até uma Secretaria de Segurança Judiciária, que faz treinamento permanente de suas equipes em ações de inteligência. Esse cuidado confirma a preocupação crescente da Corte com a proteção de seus documentos e com a chamada “segurança orgânica das instalações”.

O Supremo recusou-se a dar informações sobre tamanho, forma e estrutura de sua área de inteligência. Conforme denúncia investigada em 2008, arapongas da Abin teriam grampeado uma conversa entre Mendes, então presidente da Corte, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Embora nunca confirmado, o suposto grampo derrubou o diretor da Abin, Paulo Lacerda. Na sua gestão, a agência havia sido reestruturada, os salários tiveram significativo aumento e o último concurso reforçou o quadro, que chegou a 2 mil profissionais.

Desde então, a Abin nunca mais reencontrou seus rumos e vem perdendo poder. O quadro atual, de 1.560 servidores, entre agentes, técnicos e oficiais de inteligência, vem sofrendo com a evasão. Um quarto desses servidores pertenceu ao Serviço Nacional de Informações (SNI), criado na ditadura militar (1964-1985) para vigiar adversários, até ser extinto no governo Fernando Collor.

O Gabinete da Segurança Institucional, ao qual a Abin é subordinada, centralizou as ações do órgão, depois que alguns dirigentes da categoria se recusaram a fazer parte da “tropa do Elito”, como alegaram de forma jocosa em relação ao general José Elito de Carvalho, titular da pasta. Até o fechamento desta edição, o GSI não respondeu ao questionário do jornal sobre evasão.

Fonte:O Cafezinho

Nenhum comentário: