Lula: G-20 deve restaurar crédito, confiança e comércio
Agência Estado
A restauração do fluxo de crédito, a revitalização do comércio internacional e da confiança nos mercados são os maiores desafios que a economia mundial enfrenta, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante conversa com editores e repórteres da agência Dow Jones e do Wall Street Journal, antes da conferência Brasil/Wall Street Journal, em Nova York.
Lula enfatizou a urgência para resolver os problemas decorrentes da crise econômico-financeira que estão abalando o mundo. "Temos um problema no mundo chamado (falta de) crédito. Precisamos restaurar seu fluxo para revitalizar o comércio mundial", afirmou o presidente.
De acordo com Lula, os governos que formam o G-20 têm procurado formas de fortalecer o Fundo Monetário Internacional (FMI) para que a instituição possa ajudar os países de forma direta. Durante o fim de semana, autoridades do grupo reuniram-se em Horsham, perto de Londres, onde um plano de fortalecimento da instituição foi anunciado. "Ainda devemos resolver a questão da confiança e não sei como podemos restaurá-la até que possamos fazer algo sobre os bancos"", afirmou. O grupo dos 20 (G-20) reúne as sete economias mais industrializadas do mundo e os chamados países emergentes.
O presidente brasileiro ainda se referiu às preocupações que envolvem o setor bancário nos Estados Unidos e outras nações desenvolvidas e disse que a reunião de chefes de Estado do G-20 que será realizada em Londres, em 2 de abril, deve olhar para essa questão de forma séria e propor uma solução. Lula disse aos jornalistas que a ausência de ação pode resultar em algo similar ao que ocorreu no Japão nos anos 1990, quando o país levou um longo período para resolver os problemas em seu sistema bancário, perpetuando uma crise econômica à qual se seguiu o estouro da bolha no mercado imobiliário.
Para o presidente Lula, a classe média tem sido a mais afetada pela crise financeira. "Foi ela quem mais ganhou durante os anos de bonança, seus modos de vida melhoraram, ela também ganhou direitos políticos e agora é a mais vulnerável a perder o que ganhou". Lula disse ainda que o "G-20 deve fazer algo quanto a isso. Não podemos ir a Londres e acabar agendando outra reunião."
Em Nova York com o presidente Lula, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil será um dos últimos países a entrar na crise e, provavelmente, será um dos primeiros a sair dela. O ministro afirmou não estar preocupado com a inflação e que está confiante que o baixo índice de inflação e alta produtividade irão permitir que o País continue competitivo e criando empregos.
Falando de assuntos políticos com os jornalistas em Washington, Lula disse esperar que a nova administração (dos EUA) comece a ver a América Latina com olhos novos para encontrar oportunidades de cooperação, de energia a comércio. "Essa crise gera uma boa oportunidade para fazer as coisas de modo diferente". No entanto, ele expressou dúvidas quanto ao progresso das negociações da Rodada Doha de comércio global ainda neste ano. Quanto à cooperação energética entre Brasil e Estados Unidos, Lula disse estar encorajado pelas conversas que teve nos EUA, embora não existam medidas imediatas.
Agência Estado
A restauração do fluxo de crédito, a revitalização do comércio internacional e da confiança nos mercados são os maiores desafios que a economia mundial enfrenta, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante conversa com editores e repórteres da agência Dow Jones e do Wall Street Journal, antes da conferência Brasil/Wall Street Journal, em Nova York.
Lula enfatizou a urgência para resolver os problemas decorrentes da crise econômico-financeira que estão abalando o mundo. "Temos um problema no mundo chamado (falta de) crédito. Precisamos restaurar seu fluxo para revitalizar o comércio mundial", afirmou o presidente.
De acordo com Lula, os governos que formam o G-20 têm procurado formas de fortalecer o Fundo Monetário Internacional (FMI) para que a instituição possa ajudar os países de forma direta. Durante o fim de semana, autoridades do grupo reuniram-se em Horsham, perto de Londres, onde um plano de fortalecimento da instituição foi anunciado. "Ainda devemos resolver a questão da confiança e não sei como podemos restaurá-la até que possamos fazer algo sobre os bancos"", afirmou. O grupo dos 20 (G-20) reúne as sete economias mais industrializadas do mundo e os chamados países emergentes.
O presidente brasileiro ainda se referiu às preocupações que envolvem o setor bancário nos Estados Unidos e outras nações desenvolvidas e disse que a reunião de chefes de Estado do G-20 que será realizada em Londres, em 2 de abril, deve olhar para essa questão de forma séria e propor uma solução. Lula disse aos jornalistas que a ausência de ação pode resultar em algo similar ao que ocorreu no Japão nos anos 1990, quando o país levou um longo período para resolver os problemas em seu sistema bancário, perpetuando uma crise econômica à qual se seguiu o estouro da bolha no mercado imobiliário.
Para o presidente Lula, a classe média tem sido a mais afetada pela crise financeira. "Foi ela quem mais ganhou durante os anos de bonança, seus modos de vida melhoraram, ela também ganhou direitos políticos e agora é a mais vulnerável a perder o que ganhou". Lula disse ainda que o "G-20 deve fazer algo quanto a isso. Não podemos ir a Londres e acabar agendando outra reunião."
Em Nova York com o presidente Lula, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil será um dos últimos países a entrar na crise e, provavelmente, será um dos primeiros a sair dela. O ministro afirmou não estar preocupado com a inflação e que está confiante que o baixo índice de inflação e alta produtividade irão permitir que o País continue competitivo e criando empregos.
Falando de assuntos políticos com os jornalistas em Washington, Lula disse esperar que a nova administração (dos EUA) comece a ver a América Latina com olhos novos para encontrar oportunidades de cooperação, de energia a comércio. "Essa crise gera uma boa oportunidade para fazer as coisas de modo diferente". No entanto, ele expressou dúvidas quanto ao progresso das negociações da Rodada Doha de comércio global ainda neste ano. Quanto à cooperação energética entre Brasil e Estados Unidos, Lula disse estar encorajado pelas conversas que teve nos EUA, embora não existam medidas imediatas.
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