A CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, acaba de ganhar mais munição. Reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha de S. Paulo revela que o sargento Idalberto Matias, o Dadá, interceptou ilegalmente e-mails de pessoas próximas ao governador Agnelo Queiroz, do PT, e repassou o material ao delegado Alberto Fraga, presidente do diretório regional do DEM no Distrito Federal.
As evidências surgiram em conversas entre Claudio Abreu, diretor da Delta, e o bicheiro Carlos Cachoeira – ambos estão presos no presídio da Papuda, no Distrito Federal. “Eles conseguiram a quebra de email, né? O Chico (apelido de Dadá) que conseguiu”. O material entregue a Fraga era repassado ao blogueiro Edson Sombra, que se destaca pelos ataques a Agnelo. Sombra teve também atuação decisiva na queda e na prisão do ex-governador José Roberto Arruda.
Caso Francischini
Ontem, em entrevista coletiva, o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR) convocou entrevista coletiva para responder reportagem do 247, que apontava sua ligação com o sargento Dadá. Um diálogo entre o espião e Cachoeira, em fevereiro deste ano, sugere que Francischini estaria trabalhando com a dupla para prejudicar o governo do Distrito Federal.
Na coletiva, Francischini disse que jamais teve contato com a quadrilha de Cachoeira e que só se aproximará de Dadá se for para algemá-lo. Ele promete apresentar evidências de que foi grampeado pelo GDF, numa operação paga pela Delta. O que a reportagem da Folha aponta, no entanto, era que a Delta espionava contra o GDF – e não a favor.
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