O Partido dos Trabalhadores se prepara para a guerra. Quer recolher assinaturas para convencer o governo da presidente Dilma e o Congresso Nacional a votarem uma Lei de Meios, que desconcentre a propriedade dos meios de comunicação no País e democratize a informação. De acordo com Rui Falcão, presidente da legenda, uma "meia dúzia de famílias tem o monopólio da mídia no Brasil" (leia mais
aqui). O jornal Estado de S. Paulo, por sua vez, condena o projeto do PT, afirmando tratar-se de censura disfarçada de democratização (leia
aqui).
Seja como for, o fato é que a alta concentração midiática no Brasil tem sido uma fábrica de produção de bilionários. De acordo com a lista da Forbes divulgada nesta semana, o Brasil tem 46 pessoas com fortuna acima de US$ 1 bilhão. Destes, seis são ligados aos meios de comunicação (confira
aqui a relação completa). A lista dos bilionários da mídia é liderada por Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, os dois primeiros com US$ 8,7 bilhões e o terceiro com US$ 8,6 bilhões. Suas fortunas, somadas, alcançam US$ 26 bilhões, mais do que os US$ 17,8 bilhões de Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev e homem mais rico do Brasil.
Atrás deles, aparecem Roberto Civita, dono da Abril, com US$ 4,9 bilhões, Silvio Santos, dono do SBT, com US$ 1,3 bilhão, e Edir Macedo, dono da Record, com US$ 1,1 bilhão. E isso sem falar em outras famílias, como os Frias, da Folha, e os Saad, da Band, que talvez tenham patrimônio bilionário, mas não foram mapeados pela Forbes.
A questão é: essa alta concentração de poder faz bem ao Brasil?
Brasil-247
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