segunda-feira, 9 de março de 2009

PROTÓGENES SE DEFENDE

Bem, eu não concordo com o estilo de Protógenes na condução de inquérito policial. Acho Protógenes um porra-louca, um falastrão, mas nesta acusação, entre a palavra do delegado e o que foi escrito pela Veja, fico com a palavra de Protógenes.A Veja é o supra-sumo do mau jornalismo.
09/03/2009
Blog de Protógenes diz que material apreendido foi coletado dentro da lei
Do UOL
O blog do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, criado e administrado pelo seu cunhado, o advogado Fernando Alfonso Garcia, rebateu as denúncias feitas pela revista Veja no último sábado (7) contra a sua pessoa.

Em reportagem intitulada "A tenebrosa máquina de Espionagem do Dr. Protógenes", a revista afirmou ter obtido acesso integral ao conteúdo do computador pessoal de Protógenes, apreendido, segundo a própria revista, pela Polícia Federal (PF) na casa do delegado, no Rio de Janeiro.

Na reportagem, Veja diz que Protógenes "centraliza o trabalho de uma imensa rede de espionagem que bisbilhotou secretamente desde a vida amorosa da ministra Dilma Rousseff até a antessala do presidente Lula, no Palácio do Planalto - passando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador José Serra, além de senadores e advogados", como Heráclito Fortes (DEM-PI), o ministro Geddel Vieira (Integração Nacional), o ex-ministro José Dirceu, o secretário particular do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

A revista afirma que entre "os documentos encontrados na residência do delegado há relatórios que levantam suspeitas graves sobre as atividades de ministros do governo, fotos comprometedoras que foram usadas para intimidar autoridades e gravações ilegais de conversas de jornalistas - tudo produzido e guardado à margem da lei". Veja também divulgou imagens de documentos da PF.

O texto do blog, assinado por Protógenes, diz que no Rio de Janeiro "não foi apreendido nenhum documento ou material, nem tampouco computador contendo dados da operação Satiagraha, conforme se comprova no auto de busca e apreensão na ocasião da diligência".

"As diligências de busca e apreensão na minha residência em Brasília e no Hotel onde me encontrava naquela ocasião resultaram na apreensão de documentos pessoais, poucos documentos e materiais referentes a (sic) atividade de inteligência vinculados a operação Satiagraha, pois ali estavam em razão de prestar esclarecimentos pós-operação policial as (sic) autoridades competentes vinculadas ao caso (Ministério Público Federal e a Justiça Federal)", acrescenta o texto.

Na mesma postagem, batizada de "Veja a mentira", Protógenes nega que o material que estava em seu computador fora obtido à margem da lei e que tenha investigado as pessoas citadas pela revista Veja: "Todos os documentos encontrados foram coletados no estrito cumprimento da lei e da Constituição da República", diz.

O texto diz ainda que "os dados cobertos pelo sigilo coletados com autorização judicial e de conhecimento do Ministério Público Federal" em nenhum momento incluíram ou revelaram "a participação da Exma. Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, do ex-ministro José Dirceu, do Chefe de gabinete da Presidência da República Gilberto Carvalho, do Senador Heráclito Fortes, do Senador ACM Jr., do Ministro Roberto Mangabeira Unger na investigação da Satiagraha".

O delegado afirma que a Veja cometeu um crime, ao publicar um "documento sigiloso de uma investigação presidida pelo Delegado de Polícia Federal Amaro Vieira Ferreira (...), além de levar ao conhecimento público do documento, revela a identidade nominal de dois oficiais de inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o que é gravíssimo, não merece ser desprezado tal fato, pois a banalização fragilizam as Instituições no tocante a segurança externa do Brasil ."

Após as denúncias de Veja, a PF pediu a quebra do sigilo telefônico de Protógenes para identificar chamadas e mensagens feitas e recebidas por Protógenes durante período de cinco meses, entre julho e novembro de 2008.

A PF deve divulgar, nos próximos dias, um relatório conclusivo sobre o processo que apura o desvio de conduta do delegado federal Protógenes Queiroz durante a Operação Satiagraha.

Líderes de partidos da base governista e da oposição vão se reunir nesta segunda-feira no Senado para discutir uma reação conjunta aos supostos abusos cometidos pelo delegado Protógenes Queiroz, na Operação Satiagraha da PF.

O presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), vai pedir a prorrogação dos trabalhos da comissão por 60 dias para que os parlamentares tenham tempo de analisar os documentos sobre o inquérito da PF.

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