Faltou o mea-culpa, no discurso e nos apartes
Blog do Cesar Rocha
Definitivamente, só a sociedade civil organizada salva - se é que isso existe ainda.
Acompanhei por dever de ofício e paixão pela história contemporânea do Brasil todo o pronunciamento do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e os apartes que se seguiram.
Óbvio, claro e ululante que a sociedade deseja e quer imediatamente a moralização da política. Nada mais urgente. É possível ver isso aqui da janela.
Aquela gente maltrapilha que vagueia pelas ruas do bairro de Santo Amaro, polo de violência e agressão aos direitos humanos, é o retrato disso.
Mas não dá para apostar que o Brasil vá melhorar depois de observar um ex-governador por dois mandatos seguidos; ex-prefeito do Recife por outros dois mandatos acusando o mundo de coisas (algumas delas) que praticou quando administrava o estado e o município.
Ora, ora, ora. Por que Tasso Jereissati quando foi governador por outras tantas vezes, no Ceará, não deu a contribuição dele à moralização da política, ao fim do loteamento de cargos públicos?
Por que Tasso, Marconi Perillo – que presidiu a sessão “histórica” do Senado e é ex-governador de Goiás – e Arthur Virgílio, ex-homem forte nos anos de governo Fernando Henrique Cardoso, não expurgaram o loteamento de cargos e outras práticas tão banais da política?
Por que eles não condenaram, quando deveriam, o senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, pelo envolvimento dele no mensalão mineiro e por introduzir na cena nacional aquela figura do Marcos Valério?
E o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB? Como ele administrou os cargos que ocupou nos governos Jarbas e nos de Miguel Arraes?
Por que Guerra não mudou a forma de condução da máquina pública no Lafepe? E na secretaria de Desenvolvimento Urbano?
Ora, porque está cada dia mais claro que o movimento deles tem outro objetivo, o de influir de alguma maneira nas eleições gerais de 2010.
Amigos, essa polarização não nos interessa. É preciso rejeitar o mensalão petista, mas também o tucano.
Por que o governador José Serra não adota no governo de São Paulo aquilo que se defendeu hoje? Por que não na cidade de São Paulo, administrada pelo Democratas? E no Rio Grande do Sul?
Quem disse alguma palavra minimamente crítica em relação a Cássio Cunha Lima, governador tucano cassado na Paraíba?
Infelizmente, é pouco provável, pelo menos hoje, que o movimento liderado por Jarbas surta efeitos práticos.
Para isso, seria preciso, antes de mais nada, fazer um mea-culpa. E acima de tudo assumir o compromisso de mudar a prática política no governo – agora e amanhã, caso vençam as eleições com Serra.
Ah, sim, quase me esqueço: aquele aparte de Tião Viana (PT) foi quase um “minha máxima culpa”, ou melhor, “vamos registrar aqui a nossa máxima culpa!”.
Definitivamente, só a sociedade civil organizada salva - se é que isso existe ainda.
Acompanhei por dever de ofício e paixão pela história contemporânea do Brasil todo o pronunciamento do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e os apartes que se seguiram.
Óbvio, claro e ululante que a sociedade deseja e quer imediatamente a moralização da política. Nada mais urgente. É possível ver isso aqui da janela.
Aquela gente maltrapilha que vagueia pelas ruas do bairro de Santo Amaro, polo de violência e agressão aos direitos humanos, é o retrato disso.
Mas não dá para apostar que o Brasil vá melhorar depois de observar um ex-governador por dois mandatos seguidos; ex-prefeito do Recife por outros dois mandatos acusando o mundo de coisas (algumas delas) que praticou quando administrava o estado e o município.
Ora, ora, ora. Por que Tasso Jereissati quando foi governador por outras tantas vezes, no Ceará, não deu a contribuição dele à moralização da política, ao fim do loteamento de cargos públicos?
Por que Tasso, Marconi Perillo – que presidiu a sessão “histórica” do Senado e é ex-governador de Goiás – e Arthur Virgílio, ex-homem forte nos anos de governo Fernando Henrique Cardoso, não expurgaram o loteamento de cargos e outras práticas tão banais da política?
Por que eles não condenaram, quando deveriam, o senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, pelo envolvimento dele no mensalão mineiro e por introduzir na cena nacional aquela figura do Marcos Valério?
E o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB? Como ele administrou os cargos que ocupou nos governos Jarbas e nos de Miguel Arraes?
Por que Guerra não mudou a forma de condução da máquina pública no Lafepe? E na secretaria de Desenvolvimento Urbano?
Ora, porque está cada dia mais claro que o movimento deles tem outro objetivo, o de influir de alguma maneira nas eleições gerais de 2010.
Amigos, essa polarização não nos interessa. É preciso rejeitar o mensalão petista, mas também o tucano.
Por que o governador José Serra não adota no governo de São Paulo aquilo que se defendeu hoje? Por que não na cidade de São Paulo, administrada pelo Democratas? E no Rio Grande do Sul?
Quem disse alguma palavra minimamente crítica em relação a Cássio Cunha Lima, governador tucano cassado na Paraíba?
Infelizmente, é pouco provável, pelo menos hoje, que o movimento liderado por Jarbas surta efeitos práticos.
Para isso, seria preciso, antes de mais nada, fazer um mea-culpa. E acima de tudo assumir o compromisso de mudar a prática política no governo – agora e amanhã, caso vençam as eleições com Serra.
Ah, sim, quase me esqueço: aquele aparte de Tião Viana (PT) foi quase um “minha máxima culpa”, ou melhor, “vamos registrar aqui a nossa máxima culpa!”.
3 comentários:
Terrivel terror!!!!
O sujeito fala em "Mensalão Petista" e "mensalão Tucano" e o Sr. Considera a opinião como sendo de "bom senso"????
Ora, todos sabemos que o Mensalão petista nunca existiu! Foi invenção do PIG!
Já o mensalão tucano, está mais que comprovado.
Prezado Terror, caminhando assim logo logo o Sr. Será convidado a ser socio benemerito do PIG....
Vou voltar pro Onipresente!
Lá só sai coisa boa pro nosso lado....
Senhor Neco Lima, a opinião sensata é do jornalista, não é a minha.Claro que defendo e sempre defenderei a posição que não houve esse tal de mensalão.A sensatez da opinião de Cesar Rocha está no fato de ele, diferentemente do resto do PIG, criticar os dois partidos.Até hoje o PIG só fala no tal mensalão do PT, e esconde o do PSDB.O senhor por acaso já leu algo do cabeça furada, de Noblat, de Josias de Souza, e de tantos outros falando no mensalão tucano?
Pronto!!!
Agora meus dois neuronios que ainda funcionavam entraram em curto-circuito.
Não entendo mais nada...
O Sr, Terror defende a tese de que NUNCA HOUVE MENSALÃO PETISTA.
Ok? Ok....
Vem um Jornalista e diz que houve um mensalão petista e também um mensalão tucano.
Aí o Sr. Terror diz que a opinião do jornalista é sensata!
Posso concluir então que a opinião do Sr. Terror ( que nega a existencia do Mensalão Petista) é INSENSATA????
Ah.... Peraí, acho que captei!!!!
O Sr, Terror não se importa ( e até elogia!!!!) se a gente falar do Mensalão Petista, desde que fale também do mensalão tucano.
Ok, ok... Terrivel Mestre!
Doravante vou sempre me referir ao mensalão "petucano".
Fica bom assim????
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