O Globo - 11/12/2009
BRASÍLIA. Os contratos da Construtora Artec, que pertence a uma família ligada ao PSDB do Distrito Federal, aumentaram muito durante a gestão José Roberto Arruda (DEM) no governo local. O secretário de obras era o tucano Márcio Machado. Além de ser uma das campeãs em contratos emergenciais para coleta de lixo, a Artec saltou de um faturamento anual de R$ 674 mil em 2007 para R$ 27,6 milhões neste ano. No total, a empresa recebeu R$ 95 milhões nos últimos três anos da administração direta, e ainda tem mais contratos com a companhia local de abastecimento de água.
O fundador da Artec, César Lacerda, foi candidato derrotado do PSDB à Câmara Distrital e foi nomeado recentemente para uma gerência do GDF. O governador Arruda foi convidado para ser padrinho de casamento de um de seus netos, homenagem que não ocorreu por causa da operação Caixa de Pandora.
Além disso, a Artec é uma das empresas listadas na planilha do suposto caixa dois elaborada por Márcio Machado — aparece como doadora de R$ 200 mil. Nos registros de doações de 2006, a construtora repassou cerca de R$ 100 mil ao próprio Lacerda e outros R$ 150 mil à candidata tucana Maria de Lourdes Abadia.
Após as eleições, o PSDB-DF se aliou a Arruda.
De acordo com relatórios do Tribunal de Contas do DF, a Artec está na lista dos dez maiores credores por dispensa de licitação do DF nos últimos anos. Isso se deve ao oligopólio instalado na coleta de lixo, que vem sendo feita por contratos emergenciais — a Artec recebeu R$ 49 milhões em três anos.
— A Artec tem zero relação com o partido — disse Mauro Lacerda, filho de Cesar e sócio da Artec.
Apesar disso, ele reconhece que a empresa faz doações partidárias.
— Brasília é pequena, todo mundo se conhece — disse Mauro, sobre amizade da família de Arruda. — Sempre admirei a competência dele.
Um dos principais contratos da Artec faz parte do PróMoradia, do Ministério das Cidades. Os repasses sofreram bloqueios neste ano, por causa de pendências. O GDF, porém, ordenou um “reconhecimento de dívida”, mecanismo de pagamento feito fora da previsão orçamentária.
BRASÍLIA. Os contratos da Construtora Artec, que pertence a uma família ligada ao PSDB do Distrito Federal, aumentaram muito durante a gestão José Roberto Arruda (DEM) no governo local. O secretário de obras era o tucano Márcio Machado. Além de ser uma das campeãs em contratos emergenciais para coleta de lixo, a Artec saltou de um faturamento anual de R$ 674 mil em 2007 para R$ 27,6 milhões neste ano. No total, a empresa recebeu R$ 95 milhões nos últimos três anos da administração direta, e ainda tem mais contratos com a companhia local de abastecimento de água.
O fundador da Artec, César Lacerda, foi candidato derrotado do PSDB à Câmara Distrital e foi nomeado recentemente para uma gerência do GDF. O governador Arruda foi convidado para ser padrinho de casamento de um de seus netos, homenagem que não ocorreu por causa da operação Caixa de Pandora.
Além disso, a Artec é uma das empresas listadas na planilha do suposto caixa dois elaborada por Márcio Machado — aparece como doadora de R$ 200 mil. Nos registros de doações de 2006, a construtora repassou cerca de R$ 100 mil ao próprio Lacerda e outros R$ 150 mil à candidata tucana Maria de Lourdes Abadia.
Após as eleições, o PSDB-DF se aliou a Arruda.
De acordo com relatórios do Tribunal de Contas do DF, a Artec está na lista dos dez maiores credores por dispensa de licitação do DF nos últimos anos. Isso se deve ao oligopólio instalado na coleta de lixo, que vem sendo feita por contratos emergenciais — a Artec recebeu R$ 49 milhões em três anos.
— A Artec tem zero relação com o partido — disse Mauro Lacerda, filho de Cesar e sócio da Artec.
Apesar disso, ele reconhece que a empresa faz doações partidárias.
— Brasília é pequena, todo mundo se conhece — disse Mauro, sobre amizade da família de Arruda. — Sempre admirei a competência dele.
Um dos principais contratos da Artec faz parte do PróMoradia, do Ministério das Cidades. Os repasses sofreram bloqueios neste ano, por causa de pendências. O GDF, porém, ordenou um “reconhecimento de dívida”, mecanismo de pagamento feito fora da previsão orçamentária.
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