quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Na terra do PCC, cadeia tem 3 vezes mais presos que capacidade


A cadeia pública de São Roque, no interior de São Paulo, tem capacidade para 48 presos, mas abriga 168, mais que o triplo. Os detentos se amontoam nas celas e corredores do prédio, construído em 1960 e com as instalações deterioradas. "É uma panela de pressão prestes a explodir", reconheceu o delegado João Lúcio Pretti. A comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) considerou "desumana" a condição dos presos em visita recente. De acordo com o relatório, além da falta de condições higiênicas, os detentos não têm espaço nem para dormir e são obrigados a se revezarem nas celas durante a noite.

O prefeito Efaneu Godinho (PSDB) já pediu a desativação da cadeia ao governo estadual. A Delegacia Seccional de Polícia de Sorocaba, cidade vizinha a São Roque, informou que a prisão de São Roque é uma das poucas em condições de abrigar os presos que não podem ser mandados de imediato para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba, também superlotado. Em 18 municípios da região, além da cadeia de São Roque, estão operando as de Pilar do Sul, que só recebe presos de baixa periculosidade, e a de Votorantim, só de mulheres. Os outros prédios estão interditados ou foram desativados.

Nesta quarta-feira (27), o deputado Raul Marcelo (PT) protocolou ofício cobrando o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, sobre as precárias condições da prisão. Segundo ele, a superlotação viola os direitos e coloca em risco a vida de funcionários e dos próprios presos.

Fonte: Agência Estado

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