sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sai a procuradora e entra a ministra aloprada


Sinceramente, eu não sei quem é mais hipócrita o dono da Folha de São Paulo ou a Ministra Carmem Lúcia.Ninguém viu nenhuma manifestação da Carmem Lúcia a favor da instituição da Comissão da Verdade.Ninguém viu também da Folha de São Paulo.Ao contrário, ambos afirmaram que seria um retrocesso investigar os torturadores da didatura militar do Brasil que, aliás, a Folha apoiou com obediência canina.Ninguém viu a Folha de São Paulo, entrar no STM para ter acesso aos dados de Aluísio Nunes Ferreira, eleito senador pelo PSDB de São Paulo.Todos sabem que Aluísio foi companheiro de Dilma na mesma organização que lutou contra os ditadores.Será que essa ministrazinha não entende que o intuito maior da Folha é de querer usar os depoimentos de Dilma, obtidos na base da cacetada pelos ditadores de então, com o objetivo de tumultuar a eleição, mais do que foi tumultuada pelo próprio PiG? Grave seria, por pura irresponsabilidade de um ministro do STF, abrir tão-somente os dados sobre a participação de Dilma naquele momento triste da História do Brasil.


STF considera 'censura prévia' falta de acesso a dados de Dilma


Ao negar acesso da Folha ao processo relativo à atuação de Dilma Rousseff na ditadura (1964-1985), a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia disse que é possível ver "censura prévia" na conduta do STM (Superior Tribunal Militar).

O tribunal trancou os autos do processo da candidata a presidente do PT em um cofre, há sete meses, e suspendeu, por duas vezes seguidas, o julgamento de mandado de segurança protocolado pelo jornal, que tenta acesso à papelada.

"É certo que toda Justiça que tarda, falha", escreve a ministra. Para ela, a atuação do tribunal militar e da AGU (Advocacia Geral da União) no caso "permite entrever uma espécie perigosa, grave e inconstitucional de censura prévia judicial".

Cármen Lúcia negou acesso da Folha "por motivos processuais", pois não poderia tomar uma decisão antes do término do julgamento do mandado de segurança do jornal no STM, para não "suprimir" instância jurídica.

A Folha justifica a urgência em acessar o processo pela "atualidade do interesse público", já que Dilma Rousseff pode se tornar a próxima presidente no domingo. O jornal solicitava acesso antes da eleição para os leitores conhecerem o passado da petista.

No dia 19, quando o STM retomou o julgamento, a AGU pediu acesso à ação, causando novo adiamento. Cármen Lúcia considerou o pedido de acesso do órgão, do governo federal, "pouco ortodoxo".

"Causa preocupação [o] não acesso a dados, disponíveis até há alguns meses, e que dizem respeito a figuras públicas", diz a ministra. "Insisto no que parece ser grave quanto ao cerceio a seu direito-dever pelo comportamento dos agentes públicos".

Em sua decisão, de 14 páginas, Cármen afirma ainda que não ficou "claro" como a AGU "consegue interromper julgamento já iniciado, com votos tomados, numa ação em tramitação com tempo de utilidade jurídica e social determinadas".

"A situação judicial parece mover-se por idiossincrasias processuais, condições incomuns e, por isso mesmo, sem legitimidade comprovada", concluiu ela.


Taís Gasparian, advogada do jornal, disse que a decisão do Supremo aponta o "absurdo" do caso. "Durante 40 anos o processo ficou acessível ao público.

Desde março está trancado em uma sala, justamente quando o maior interesse atrairia. Cidadãos estão impedidos, por uma autoridade, de ter mais informações sobre a candidata. A situação é preocupante."

O julgamento da ação da Folha no STM deveria ser retomado na quinta-feira, o que não aconteceu. Não há previsão de quando o processo voltará à pauta do tribunal
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Em agosto, a Folha revelou que o processo de Dilma estava trancado em um cofre por decisão do presidente do o STM, Carlos Alberto Soares.

Dilma passou quase três anos presa, a partir de 1970, por envolvimento com um grupo esquerdista de resistência armada à ditadura. Foi levado ao cofre, em março, por decisão de Soares. Ele alega querer evitar uso político do material. FSP

2 comentários:

Vera Lúcia de Oliveira disse...

Fico tão indignada com esse tipo de notícia, que me dá vontade de falar um palavrão: ô dona Carmem Lúcia, vai pra PQP! (pra não dizer outro pior)!

O TERROR DO NORDESTE disse...

Vera, isso mesmo.