quinta-feira, 1 de julho de 2010

Na ‘contramão’ da Ficha Limpa

Vice na chapa de Serra se envolveu em acidente e responde na Justiça a processo indenizatório de três pessoas, que o acusam de dirigir em sentido contrário da pista. Também foi indiciado em CPI que investigava irregularidades na merenda

Rio - Antes do primeiro mandato como deputado federal, Índio da Costa foi por três vezes (1996, 2000 e 2004) vereador pelo Rio, sempre alinhado ao ex-prefeito Cesar Maia. Nesse período, o parlamentar se projetou na política e também teve suas duas maiores dores de cabeça ao se tornar réu em processo judicial e alvo de CPI na na Câmara Municipal, que o apontava como principal responsável por favorecer uma empresa em licitações para compra e entrega de merenda nas escolas municipais. Índio é réu em processo que tramita na 6ª Vara Cível do Rio.

Trata-se de ação indenizatória movida pelo taxista Márcio Lopes de Carvalho, por sua mulher, Rosemar de Jesus, e pelo filho do casal, Hugo que querem ser indenizados pelo acidente de carro de 29 de junho de 2003, na Estrada do Itanhangá, Zona Oeste do Rio. Eles dizem que Índio dirigia na contramão e pedem indenização por danos materiais, lucros cessantes e pensão vitalícia por redução da capacidade de trabalho de Márcio, que foi operado e teve que colocar pinos na perna, além de indenização por danos morais e estéticos. O processo está parado, aguardando perícias.

Segundo o advogado de Márcio, Antonio Fernandes Júnior, existem testemunhas que podem comprovar que o deputado causou o acidente. Nelly Potter Welton, advogada de Índio, rebate Antonio e diz que o taxista foi imprudente. “Márcio estava em alta velocidade, com o carro cheio”, diz ela, acrescentando que a colisão deixou como sequela para Índio um aneurisma cerebral, já operado no mesmo ano.

Entre 2001 e 2006, nomeado pelo ex-prefeito para dirigir a Secretaria de Administração, Índio foi acusado de direcionar licitações de compra de merenda. O relatório final da CPI da Merenda — instalada após reportagens de O DIA, que denunciaram o direcionamento da licitação para uma das concorrentes, a Comercial Milano — pedia o indiciamento de Índio e da então secretária de Educação, Sônia Mograbi, pelas irregularidades, que teriam provocado prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos. O Dia.

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