Ontem, 22 de abril de 2015, se carimba na história como o dia em que
os abutres, com o “seu” Eduardo Cunha, o evangélico presidente da
Câmara, à frente conduzindo os urubus em direção aos trabalhadores, cujo
sangue e carnes aspiram beber e comer em festejo perverso.
No dia 22, quarta-feira, 230 deputados achacadores golpearam os
direitos dos trabalhadores. Envergonharam a democracia, que não é de
modo algum como ignorantes e os de ma fé apregoam como o regime de cada
um fazer e dizer o que bem entende, mas o regime que deve preservar o
governo e os direitos que assegurem a justiça social.
Este 22 de abril marca-se como dia em que os abutres desfilaram e se
revezaram nas tribunas da Câmara para defender crimes contra os
trabalhadores do Brasil. Estarrecido aguentei assistir pela TV as
barbaridades que as viúvas de FHC, de Margaret Thatcher e Ronald Reagan,
os assassinos do Século XX que se empenharam para destruir os Estados
Democráticos e impor a ferro e fogo o pensamento único neoliberal, que
derrubou décadas de lutas e conquistas da classe trabalhadora e dos
empresários nacionalistas em todo o mundo, disseram na defesa do mercado
e de seu patronato corrupto.
Depois das comemorações da morte e do esquartejamento do herói Tiradentes (como escrevi aqui),
o patriota revolucionário Joaquim José da Silva Xavier, o que
assistimos ontem foi a covardia dos traidores ao tentar achacar os
trabalhadores aprovando a emenda muito pior do que o soneto da morte.
Sentado, de pé, comendo as unhas eu não conseguia acreditar como
deputados podem ser tão sem vergonhas, sem caráter e traidores como os
que discursaram ontem e votaram no projeto de lei 4330. Comportaram-se
como bandidos a mando e pagos pelo empresariado brasileiro de pensamento
atrasado.
Neste 22 de abril deputados, ao votarem contra o trabalho e a justiça
trabalhista defenderam o desemprego, o aviltamento salarial, a
destruição da saúde dos trabalhadores, favoráveis à mutilação e na
desorganização sindical, tornaram-se algozes e carrascos dos novos
Tiradentes.
Os deputados que votaram a favor da terceirização e precarização dos
direitos trabalhistas são assassinos dos trabalhadores e querem espalhar
seus despojos espetados nos postes nas indústrias, nos campos, no
comércio, nas estatais, nos hospitais e nos escolas de todos nos níveis
em cada trabalhador que ajudarão a matar e a entristecer.
O lamentável “seu” Eduardo Cunha, o evangélico presidente desgraçador
da Câmara e do Brasil, é um dos traidores maiores ao impedir o acesso
dos trabalhadores no recinto da casa federal do povo. Como durante da
ditadura terrorista manteve os produtores da riqueza em nosso País na
rua sob a mira de policiais, também trabalhadores jogados contra
trabalhadores.
Como nos atos bárbaros que se abateram sobre Joaquim José da Silva
Xavier, os urubus se organizaram para programar a construção do
cadafalso e escolher os que empurrarão o banquinho que sustenta os
condenados ainda vivos à espera do enforcamento decidido.
Como já escrevi neste blog, deputados têm nomes e filiação ideológica
criminosa, por mais santos que queiram ser. Trata-se de inimigos dos
trabalhadores, da Pátria e dos direitos humanos. Não há que tratá-los
com outra concepção amaciada e falsamente generosa, pois tiveram tempo
de pensar, de revisar e, tomados por um pouco de bom senso, recuar da
histeria que os possui.
Os 230 pertencem aos seguintes partidos: PSDB, DEMOCRATAS, PPS, PP,
SOLIDARIEDADE, esses declaradamente de direita e traidores dos
trabalhadores e outros de menor expressão, igualmente achacadores.
Dentro desses partidos oportunistas e golpistas, movem-se
organizações criminosas alimentadoras permanentes dos vermes que adoecem
a sociedade brasileira: a bancada evangélica (escrevi sobre ela aqui),
integrada pelo golpista Eduardo Cunha; a bancada da bala, integrada
também por evangélicos que defendem o armamento da população com o
objetivo de incrementar o comércio de armas; a bancada ruralista, que
atua empenhadamente pelo retorno ao regime da escravidão, responsável
pelo apoio aos assassinatos de trabalhadores rurais, posseiros e
indígenas; a bancada dos bancos, que serve de ponta de lança dos
banqueiros na defesa de suas manipulações das riquezas do País; a
bancada da indústria e do comércio articulada com a FIESP, que despejou
milhões de reais em propagandas pelas tevs de São Paulo para enganar os
trabalhadores e suas famílias, fazendo a apologia da terceirização.
Aqui de Goiás integram o cordel de carrascos dos Tiradentes de hoje
deputados cujos nomes devem ser declamados e extintos da consideração
eleitoral.
São os seguintes os assassinos: do PMDB Daniel Vilela, filho do meu
amigo prefeito de Aparecida de Goiânia, ex-governador de Goiás, que
pretende se candidatar ao governo do Estado. Infelizmente esse jovem
deputado contribuiu para cancelar os direitos dos trabalhadores. E Pedro
Chaves, que colaborou com essa vergonha. Do PP ajudaram a sujar a honra
dos trabalhadores Roberto Balestra e Sandes Jpunior. Este é radialista
medíocre que se aproveita da audiência que o povo lhe dá para golpear os
trabalhadores pelas costas. Do direitista, neoliberal e traidor do
socialismo PPS um deputado envergonha nossa classe operária. Trata-se do
burguesão que usa sua influência como ex-secretário da habitação para
enganar os trabalhadores, marconista oportunista de primeira hora, o
“seu” Marcos Abrão e dono regional daquela agremiação vergonhosa. Do
nanico PR dá sua contribuição urubu a dona Magda Moffato. Do ninho de
gatos PSD e apaixonado marconista põe o dedo na corda da forca dos
direitos trabalhistas o “seu” Heuler Cruvinel. Do traidor e golpista
partido mor neoliberal, o PSDB, contribuem com a desorganização das
lutas de décadas dos trabalhadores os seguintes pulhas: Alexandre Baldy,
Célio Silveira, Delegado Waldir, Fábio Sousa (este notório marconista,
oportunista aproveitador de vantagens do poder, membro de uma família
dona da Igreja Fonte da Vida, adepta da mentirosa e opressora teologia
da prosperidade dos ricos e dona de poderoso complexo de rádios e TVs, como escrevi em postagem anterior) e Giuseppe Vecci, este um zero à esquerda.
Esses deputados são inimigos do povo e da justiça social. São
defensores do capital e do mercado neoliberal. Muitos deles foram às
tribunas defender a apodrecida tese de mais mercado e menos Estado. Não
nos representam e não merecem nossos votos.
Porém, minha querida amiga cientista Lenir Castro, há caminhos e
aliados do povo que votaram desde sempre contra os carniceiros e a
carnificina dos trabalhadores.
Os deputados que defendem os direitos dos trabalhadores apoiam as
entidades que lutam organizada e cientificamente pelos interesses da
classe dominada, mas indispensável à sociedade e sujeito da democracia
justa do futuro. São eles os elos da aliança e das retomadas das
barricadas e marchas do povo pelas ruas e campos do Brasil. São esses
deputados que devem investir sobre os que sobraram das bases dos urubus e
trazê-los para a grande união nacional.
Esses deputados e essas deputadas devem movimentar-se mais para fora
dos corredores, tribunas e gabinetes contaminados e minados pelas cobras
venenosas dos inimigos sociais e ajudarem o povo a se organizar. É das
ruas que devem se levantar as decisões tomadas no parlamento. Não
adianta esperar nada dos urubus acima nomeados.
Listo emocionado e aplaudo de pé todos os deputados e deputadas do
PT, do PCdoB e do PSOL que votaram contra os crimes que os urubus querem
impor aos trabalhadores e a grande maioria do PDT foram leais e
respeitosos com os trabalhadores. É possível constatar que deputados e
deputadas de outros partidos também votaram corretamente, por isso
precisam ser contatados e acolhidos na frente de lutas.
Portanto, é possível reverter esse processo. Precisamente o projeto
da terceirização aprovado pelos abutres segue para o Senado e lá a
batalha tem evitar a destruição da justiça social. As centrais sindicais
já mencionam greve geral para pressionar o Senado a barrar essa
barbárie.
Mas a luta é bem mais ampla no sentido de salvar o projeto de
desenvolvimento nacional e avançarmos nas reformas. Os partidos que
votaram a favor do trabalho e na preservação das conquistas sagradas dos
trabalhadores têm que deixar de lado questiúnculas menores e se unir a
favor do que mais interessa: a salvação e preservação da democracia e da
justiça social, nesse momento em jogo crítico.
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