O juiz Sérgio Moro, da Operação Lava
Jato, é um brasileiro que "faz a diferença", como pretendem fazer crer
as Organizações(?) Globo, useira e vezeira em premiar aqueles sujeitos
que, de preferência, fazem oposição ao Partido dos Trabalhadores e
investigam, prendem e punem somente autoridades ou pessoas ligadas ao
PT, porque tal partido venceu quatro eleições presidenciais
consecutivas, realiza administrações republicanas e faz um governo de
inclusão social, com o enfoque para a igualdade de oportunidades,
realidades essas que deixam por demais furibundas as oligarquias
brasileiras, que se mostram presentes nos setores públicos e privados.
A verdade é que com a prisão do
tesoureiro do PT, João Vaccari, Moro fere gravemente o Governo
Trabalhista, que desde a vitória eleitoral de Dilma Rousseff, em outubro
de 2014, não teve um dia sequer de sossego para poder trabalhar a favor
do desenvolvimento do País e da emancipação do povo brasileiro. Essa
gente conservadora e reacionária, encastelada no Judiciário, no
Ministério Público, nos partidos políticos de direita, na Polícia
Federal dos delegados aecistas, na comunidade coxinha e, principalmente,
nos meios de comunicação privados pertencentes aos magnatas bilionários
de imprensa, tem apenas dois itens em sua agenda política: o golpe de
estado e o impeachment de Dilma Rousseff.
Fascistas de carteirinha como o
senador do DEM, Ronaldo Caiado, e playboys oportunistas, inconformados e
furiosos com a derrota, a exemplo do senador Aécio Neves (PSDB),
apostam todas suas fichas nesses dois processos draconianos,
antidemocráticos e ilegais. Ilegais, sim, porque a presidenta Dilma não
incorreu em malfeitos, não cometeu quaisquer corrupções e sua campanha
eleitoral foi comprovadamente considerada legal, como apontam as
resoluções quanto a isto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O presidente do PT, Rui Falcão,
pronunciou-se sobre a prisão de Vaccari e garantiu que os advogados da
legenda vão recorrer contra a prisão. O fato é que se percebe
nitidamente que a prisão do tesoureiro tem por finalidade de
criminalizar as doações ao PT, já que o PSDB, o PSB e o PMDB também
receberam dinheiro para financiar suas campanhas de empresas que estão a
ser investigadas pelo Operação Lava Jato.
Por sua vez, torna-se inacreditável e
até mesmo surreal a seletividade do juiz Moro, de promotores e de
setores da PF, que até agora não prenderam ninguém do lado tucano e de
outros partidos, porque no Brasil certos grupos são inimputáveis, o que
reafirma que o status quo é blindado, ainda mais quando ele é o
representante legítimo dos interesses da burguesia nacional e dos
conglomerados econômicos internacionais.
É o fim da picada a seletividade de
juízes, como o Sérgio Moro, e de procuradores, como Rodrigo de Grandis e
Deltan Dellagnol, o primeiro "esqueceu" o pedido de investigação do MP
da Suíça sobre a roubalheira acontecida no metrô e nos trens de São
Paulo, e o segundo posa de herói, juntamente com seus colegas de
Operação Lava Jato, e sai em foto de capa do diário conservador, Folha
de S. Paulo, ferrenho opositor ao PT e à Dilma. O jornal da família
Frias jamais aceitou o resultado das urnas, ou seja, a derrota de Aécio
Neves.
Ao fazer a vez da oposição
partidária, a imprensa de mercado recrudesceu a espetacularização nada
republicana de servidores públicos da Procuradoria da República,
propositalmente promovida por uma mídia golpista, que sabe o que faz com
seu canto de sereia, que embriaga procuradores atraídos pelas luzes da
ribalta. A prisão de João Vaccari significa a criminalização do PT, que
apresentou ao TSE as doações recebidas, tanto quanto se beneficiaram os
partidos da oposição, que, entretanto, não são denunciados,
investigados, punidos e muito menos saem nas manchetes e chamadas dos
jornais, rádios e televisões dos oligarcas das comunicações.
Vaccari foi à CPI da Petrobras e
apresentou documentos e dados que comprovam que as doações recebidas
pelo PT são legais. Para não deixar dúvidas, ainda informou, volto a
comentar, que o PMDB, o PSB e o PSDB também receberam dinheiro e nem por
isso são investigados pelos seletivos, juiz Moro, procurador Dellagnol e
delegados aecistas. E por quê? Porque fazem política, aliaram-se à
imprensa corporativa, aos partidos de direita e de oposição e querem, de
uma forma ou de outra, que o PT saia do poder, afinal existem
movimentos golpistas, que desejam a extinção do PT e a destituição de
Dilma Rousseff da Presidência da República. Seria cômico ou surreal se
não fosse trágico.
O que quer esse Juiz nada confiável,
pois político, e esses promotores que pensam ser os "Intocáveis" de
Hollywood? O que se pode esperar de juízes, imprensa dos magnatas e de
promotores partidários, ideologicamente conservadores e que lutam
desesperadamente e incansavelmente para manter o status quo, a defender
esse sistema de capitais injusto e perverso e a tentar preservar os
privilégios das classes sociais abastadas.
Tratamos, sem dúvida, de um embate
político duríssimo e tão violento e insensato quanto os ocorridos nos
idos de 1954 e 1955, 1961 e 1964. As questões desses fatos e
acontecimento não se resumem em prisões e punições, porque sou
plenamente favorável às prisões de ladrões do dinheiro público, sejam
eles membros do PT, do PSDB, do funcionalismo público, do empresariado,
seja de onde for e vier. O que está em jogo, porém, não é simplesmente
prender ou não prender, porque a reação quer apagar o fogo com gasolina e
apostar no quanto pior, melhor.
O que está em jogo é a estabilidade
democrática, a Constituição, o equilíbrio entre os poderes e a submissão
aos resultados das urnas, quando Dilma Rousseff, do PT, recebeu do povo
brasileiro mais de 54 milhões de votos e derrotou pela quarta vez o
candidato da direita, das oligarquias e dos interesses internacionais,
desta vez na pessoa de Aécio Neves. O resultado disse tudo é que ficam
no ar muitas dúvidas quanto à lisura e o republicanismo da Justiça.
Muita gente fica com a impressão que o PSDB e seus aliados não recebem
doações, não tem caixa dois e muito menos tesoureiros responsáveis pelas
contas dos partidos.
Os tucanos falam muito de corrupção.
O DEM também. A imprensa familiar e empresarial está histérica com o
assunto sobre corrupção. São todos contra a corrupção. No entanto, os
magnatas bilionários de imprensa e seus empregados de confiança se dizem
a favor do financiamento privado para as campanhas eleitorais. Os
partidos de direita também, sendo que muitas dessas pessoas ou grupos
não querem nem saber de efetivar uma reforma política. São cínicos e
hipócritas, porque não são sinceros. Como pode você se dizer contra a
corrupção, mas quer o financiamento privado de campanhas eleitorais, o
maior responsável, inegavelmente, pela corrupção entre empresas privadas
e o poder público.
A crise política está a vicejar, a
recrudescer e longe de seu fim porque não interessa à direita que ela
acabe, pois a intenção é engessar o governo e não deixar a presidenta
Dilma governar. O negócio é infernizar, mesmo ao preço de prejudicar a
economia do País e a paz social. Combate-se, sem trégua, um governo de
caráter popular e que está a prender, pela primeira vez neste País,
ricos empresários e executivos. Sem dúvida, é exatamente o Governo
Trabalhista do PT que começou a limpar a sujeira dentro do Estado
nacional. Só não vê quem não quer. Ou é de oposição, aquela que está
desesperada, inconformada, irada e furiosa por estar sem controlar o
Governo Federal há mais de 12 anos. O juiz Sérgio Moro é político e quer
criminalizar o PT para derrubar do poder a presidenta Dilma Rousseff. É
isso aí.
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