Tereza Cruvinel
- Na França Arlette Ricci é presa e multada em US$ 1,1 milhão por
manter conta secreta e recursos não declarados na agência do HSBC na
Suiça. Aqui, o escândalo não incomoda nem os “revoltados” que vão às
ruas. Neste mar de indiferença, a CPI do Senado puxada pelo senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e presidida pelo senador Paulo Rocha
(PT-PA) começa a ouvir os primeiros convocados esta semana.
Na quinta-feira o primeiro a ser ouvido será o doleiro Henry Hoyer,
do Rio de Janeiro, apontado por Alberto Youssef em sua delação premiada
como um parceiro do PP no esquema Petrobrás. Mas os grandes clientes de
Hoyer seriam os donos de contas na agência suiça do HSBC, para onde ele
providenciava transferências de recursos não declarados no Brasil
através de operações intrincadas e difícil rastreamento.
O outro depoente de quinta-feira será Celso Moreira da Silva, ex-diretor do Metrô de São Paulo, acusado de improbidade administrativa pelo
Ministério Público por envolvimento no esquema de propinas cobradas da
fornecedora francesa Alston durante os ultimos governos tucanos em São
Paulo. Antes ainda do escândalo internacional denominado Swissleaks, os
procuradores já haviam descoberto que ele tinha contas na Suiça.
Outro ex-diretor do metrô, Ademir Venâncio de Araújo, também
envolvido com o caso “trensalão”, também será ouvido mais adiante. Ele e
Moreira da Silva, segundo reportagem do jornal O Globo em parceria com o
site Uol Notícias, teriam na Suíça depósitos superiores a três milhões
de dólares em suas respectivas contas.
O presidente do HSBC no Brasil, André Brandão, também foi convocado mas seu depoimento deve ocorrer na próxima semana.
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