Sinto que, se não escrever hoje,
certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois esse sempre quis
ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a cada dia, menos
argumentos encontro na minha consciência para sustentar a imagem de
super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super-heróis, muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana; um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios não mais em voga nos países civilizados.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super-heróis, muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana; um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o
Juiz Sérgio Moro; hoje, praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome
sempre atrelado a atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do
herói que enfrenta destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens
Procuradores da República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava. Sem dúvida alguma,
desenhava-se, nas feições de gladiador romano das raríssimas fotos
encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares. Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência. E eu acreditei tanto…
E como era bom, adulto, voltar a acreditar em super-heróis. Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma cambada de granfinos desonestos. Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra” A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma, infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos super-heróis salvadores da pátria O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta, acostumada a enterrar e ressuscitar reputações. O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de ”politização” e, irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse oficialmente convocada?
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares. Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência. E eu acreditei tanto…
E como era bom, adulto, voltar a acreditar em super-heróis. Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma cambada de granfinos desonestos. Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra” A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma, infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos super-heróis salvadores da pátria O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta, acostumada a enterrar e ressuscitar reputações. O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de ”politização” e, irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses
anos vasculhando os porões por onde transitam, preferencialmente, a
burguesia representada pelos que estão nas listas do HSBC, os
sonegadores que detêm o poder sobre os meios de comunicação, e os que se
elegem através das práticas criminosas comuns a todas as campanhas
políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à conclusão de que é
mesmo o PT o responsável por tudo isso que está aí?… Que tudo começou
com o PT?…
Que o PT inventou o “mensalão” antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas? Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver, definitivamente, este País passado a limpo de verdade. Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os “monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais variadas, mas todas elas carimbadas com o “talvez”… O “talvez” que destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror… Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos, Funcionário Público Federal SIAPE – 1671147
Fonte: Blog do Rodolfo Vasconcellos
Que o PT inventou o “mensalão” antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas? Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver, definitivamente, este País passado a limpo de verdade. Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os “monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais variadas, mas todas elas carimbadas com o “talvez”… O “talvez” que destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror… Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos, Funcionário Público Federal SIAPE – 1671147
Fonte: Blog do Rodolfo Vasconcellos
Sinto que, se não
escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois
esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a
cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a
imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa
Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não
escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois
esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a
cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a
imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa
Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não
escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois
esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a
cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a
imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa
Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Sinto que, se não
escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois
esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a
cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a
imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa
Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Sinto que, se não
escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois
esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a
cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a
imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa
Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Sinto que, se não
escrever hoje, certamente, não terei mais condições de fazê-lo, pois
esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo isso porque, a
cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência para sustentar a
imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de Vossa
Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Carta ao Juiz Sérgio
Moro
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Carta ao Juiz Sérgio
Moro
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Carta ao Juiz Sérgio
Moro
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
Carta ao Juiz Sérgio
Moro
Sinto que, se não escrever hoje, certamente, não terei mais condições de
fazê-lo, pois esse sempre quis ser um texto para homenageá-lo. E digo
isso porque, a cada dia, menos argumentos encontro na minha consciência
para sustentar a imagem de super-herói que, excepcionalmente, criei de
Vossa Excelência.
Excepcionalmente porque, como adulto, nunca acreditei em super- heróis,
muito menos salvadores da pátria, pois, afinal de contas, vivemos em um
país onde o maior índice de assaltantes por metro quadrado do mundo
encontra-se justamente no nosso Congresso Nacional; que tem um
Judiciário maculado por figuras como o Juiz Federal Flávio Roberto de
Souza (que se apossou dos bens de Eike Batista), o ex-Juiz Federal João
Carlos da Rocha Mattos (já condenado por vendas milionárias de sentenças
e, agora flagrado em conta na Suíça com saldo de 60 milhões de reais), e
quando a nação assiste atônita ao 1º aniversário de um debochado pedido
de vistas a imprescindível processo com votação já praticamente
decidida no STF, só para citar os casos que estão na mídia esta semana;
um país onde o Executivo está historicamente atrelado a gangues
partidárias ávidas por ministérios e seus recursos que serão desviados
em licitações com cartas marcadas; um país dominado por uma mídia
elitista, tendenciosa, sonegadora e desonesta, acostumada a ditar a
agenda dos Executivo, Judiciário e Legislativo e que, com elogios de
primeira página, cerimônias para entrega de troféus e chamadas
bajuladoras nos telejornais, valida o “alvará” que perpetua privilégios
não mais em voga nos países civilizados.
Há um ano, quase ninguém conhecia o Juiz Sérgio Moro; hoje,
praticamente, o mundo inteiro já ouviu esse nome sempre atrelado a
atitudes próprias de um paladino da moralidade ou do herói que enfrenta
destemidamente os poderosos; sempre cercado de jovens Procuradores da
República e arrojados Delegados da Polícia Federal.
Passou, então, Vossa Excelência a comandar a “nova cena” da moralidade
que a maioria dos brasileiros tanto aguardava.
Sem dúvida alguma, desenhava-se, nas feições de gladiador romano das
raríssimas fotos encontradas no Google, a imagem do nosso “super-herói”.
Hoje as fotos já são inúmeras, daqui a um ano, milhares.
Mas, a figura do super-herói transitava apenas no nosso imaginário. Não
deveria nunca ter sido levada a sério por Vossa Excelência.
E eu acreditei tanto... E como era bom, adulto, voltar a acreditar em
super-heróis.
Eu que sempre votei no PT para presidente do Brasil, vi finalmente em
Vossa Excelência o homem com poder para peitar velhas raposas da nossa
política, com coragem bastante para enfrentar tantas poderosas “forças
ocultas”; o Juiz determinado a varrer pra cadeia a sujeira entulhada nos
gabinetes mais prestigiados; o comandante de uma equipe aguerrida que
produzia a cada dia uma nova blitz espetacular, em reluzentes e velozes
carros pretos com brasões dourados, arrastando para trás das grades uma
cambada de granfinos desonestos.
Repetia eu no Facebook: “Não ficará pedra sobre pedra”
A mídia que leio alertava todos os dias sobre o possível equívoco de uma
politização nas investigações e, não há como negar, esse fantasma,
infelizmente, começou a tomar corpo a cada novo dia.
Embora a briosa obstinação de Vossa Excelência já se arrastasse por
anos, a mídia abutre apoderou-se dela, em questão de dias, e
transformou-a em sua própria esperança, salvadora de todos os seus
próprios males, deixando consigo apenas o brilho reluzente próprio dos
super-heróis salvadores da pátria
O comando agora, de fato, passara para a mídia sonegadora e desonesta,
acostumada a enterrar e ressuscitar reputações.
O que era só fantasma virou bicho, atende pelo nome de "politização" e,
irremediavelmente, deixará marcas nas investigações.
Não vou questionar aspectos técnicos porque não me cabe, mas, explique
Excelência:
1. Por que a citação do nome de Aécio Neves, pelo bandido Youssef, ainda
antes do primeiro turno das eleições do ano passado não vazou para a
imprensa, e o de Dilma vazou? Acredito que o vazamento não teve a
participação de Vossa Excelência, mas por que não tratou de reparar o
prejuízo à candidatura de Dilma Rousseff?
2. Por que o escândalo de Furnas, onde Aécio Neves foi citado pelo mesmo
Youssef desde o ano passado, não pôde ser investigado por seus
comandados; e o rombo no Sindicato dos Bancários que foi presidido por
Vaccari Neto há 10 anos pôde?
3. Por que só a família Vaccari foi conduzida, coercitivamente, de forma
humilhante, à presença de Vossa Excelência apenas para depor, sem que
houvesse algum indicativo de que se recusaria a fazê-lo, caso fosse
oficialmente convocada?
4. Por que só são libertados os que descambam, “espontaneamente”, para a
delação premiada, de dedo em riste na direção “certa”?
5. Será mesmo que após todos esses anos vasculhando os porões por onde
transitam, preferencialmente, a burguesia representada pelos que estão
nas listas do HSBC, os sonegadores que detêm o poder sobre os meios de
comunicação, e os que se elegem através das práticas criminosas comuns a
todas as campanhas políticas desde sempre, Vossa Excelência chegou à
conclusão de que é mesmo o PT o responsável por tudo isso que está
aí?... Que tudo começou com o PT?... Que o PT inventou o “mensalão”
antes do PSDB bem como a prática de suborno em 95% das licitações
públicas em TODOS os Órgãos de TODAS as esferas públicas?
Permita-me registrar que se engana Vossa Excelência se acredita que a
militância petista, os trabalhadores mais humildes do Brasil, a maior
parte da classe artística e os pensadores mais sensíveis não querem ver,
definitivamente, este País passado a limpo de verdade.
Que se engana também Vossa Excelência se acredita que os que foram às
ruas no dia 15 de março e 12 de abril são os que querem uma limpeza
geral, uma reforma política de verdade e os culpados não petistas atrás
das grades.
Cheguei a publicar, no Facebook algumas vezes, que acreditava na
seriedade de Vossa Excelência e no seu empenho pessoal para não permitir
que tudo se transformasse num nauseante Circo dos Horrores, onde os
“monstros” já estão todos dedurados e marcados, aguardando a melhor hora
de serem chamados ao picadeiro para deleite da elite empoleirada em
áreas nobres e armada de panelas Tramontina, e júbilo da mídia, à beira
da falência, que tem diariamente ao seu dispor manchetes as mais
variadas, mas todas elas carimbadas com o "talvez"... O "talvez" que
destrói irremediavelmente biografias, vidas, famílias.
Ouço gritos de horror...
Por isso tinha que escrever hoje, coincidentemente, quando voltei a não
acreditar em super-heróis.
Rodolfo J. C. Vasconcellos
Funcionário Público Federal
SIAPE – 1671147
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