domingo, 7 de setembro de 2008

SIMON E SEU SILÊNCIO ELOQUENTE



O filho do silêncio

A professora Marlize Machry Bins escreve:

Nove meses é o tempo de gestação do ser humano. Quando nasce um filho, este momento é inesquecível. Mas nove meses podem também significar omissão. Nasceu o “filho do silêncio” do Senador Pedro Simon. Hoje, 6 de setembro de 2008 decorrem exatos nove meses das prisões efetuadas pela Policia Federal na famosa Operação Rodin. A partir de novembro, os escândalos se sucederam em todos os níveis da esfera estadual e atingiram também deputados federais. E, neste período, NÃO SE OUVIU uma palavra de preocupação do Senador Simon com o momento mais constrangedor vivido por políticos do RS. Pelo contrário, ao invés de apurar as questões suscitadas por Busato na famosa conversa com o vice-governador Feijó, tratou rapidamente de se juntar ao deputado Padilha para processar seu ex-afilhado.

"Paradigma da moralidade", "cavaleiro da ética", "reserva moral do Senado".Todos estes adjetivos acompanham a longa trajetória do Senador. Implacável em pedir a saída de TODOS os ministros dos últimos governos que tivessem qualquer indício de irregularidades em sua pasta. Lembro de um show pirótecnico do senador Simon ao pedir a cabeça do ex-ministro Eliseu Resende por supostas irregularidades com a construtora Odebrecht. Pediu e levou. Eliseu Resende caiu. E no Rio Grande do Sul não ouvimos nenhuma palavra do valente Senador sobre os escândalos estarrecedores ocorridos nos últimos tempos. É um momento triste. Nasceu o filho do silêncio. Será que a mídia oficial não vai cobrar uma ação forte do senador Simon em relação aos últimos fatos envolvendo deputados do PMDB?

Enquanto isso, em Brasília, o senador não se cansa de fazer discursos contra a corrupção que "assola o país":






Fonte: RS Urgente.

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