quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dilma ataca tucanos


No primeiro ato de campanha na capital paulista, petista critica tratamento dispensado a professores

Com a agenda desta quarta-feira, 7, focada no eleitor paulista, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, aproveitou o lançamento de sua campanha no centro São Paulo para criticar os 16 anos de governo do PSDB no Estado.

"Não podíamos estar em melhor lugar. Aqui foi onde São Paulo começou, no Pátio do Colégio. Não é justo que essa cidade, que escolheu um colégio para começar, trate mal seus professores. É preciso que seja feita a revolução da educação e do conhecimento", disse a petista, numa referência à recente greve dos professores que paralisou as escolas do Estado. Dilma discursou ao lado do candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante.

A disputa pelo voto dos paulistas deve esquentar nesta quarta. Além de Dilma, os outros dois principais candidatos à presidência, o tucano José Serra e a verde Marina Silva, têm agenda no Estado. Depois da caminhada pelo centro de São Paulo, Dilma deverá se encontrar com lideranças de Heliópolis, na zona sul da cidade. Serra, por sua vez, acompanha o candidato do partido ao governo paulista, Geraldo Alckmin, em Jundiaí. Já Marina passou pela Francal, no Anhembi, também na capital.

Numa clara estratégia de ataque à hegemonia tucana no Estado, Dilma também afirmou que os programas de transferência de renda diminuíram em São Paulo. "Me comprometo em ter um programa de saúde pública e de combate ao crime organizado", disse, atenta a duas das principais bandeiras do tucano.

Dilma alfinetou Serra, criticado até por aliados por centralizar todas as decisões de seus mandatos, ao admitir que "não sabe de tudo" e que "não é presunçosa". A petista ainda ironizou o slogan da campanha adversária, de que "o Brasil pode mais". "Eles dizem que podem fazer mais. Como? Quando eles estiveram no governo diziam que iam fazer mais e fizeram menos", atacou.

A petista também promoveu a candidatura de Mercadante ao governo do Estado. "Eu preciso de uma pessoa com as qualidades de Mercadante para transformar São Paulo. Eu me identifico com o povo desse Estado que acorda cedo e trabalha muito", disse.

Usando uma flor vermelha no lado direito do cabelo, a candidata petista chegou à Praça da Sé por volta da 13 horas, acompanhada de seu candidato a vice, Michel Temer, e do ex-ministro da integração Nacional Geddel Vieira Lima, que concorre ao governo da Bahia pelo PMDB.

Tumulto

A petista se aproximou da Catedral da Sé sem um grande aparato de segurança. Assim que os pedestres viram a candidata, correram para cumprimentá-la. O princípio de tumulto levou à formação de um cordão de isolamento em torno da candidata. Dilma ainda se assustou com um rojão que estourou próximo à sua comitiva. AE.

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