Nicolas Sarkozy foi derrotado na França. Isto poderá significar o início do
fim do neoliberalismo como forma de gestão da economia na Europa e, talvez, em
todo o mundo. A primeira manifestação do recém-eleito presidente socialista
François Hollande, logo após o reconhecimento da derrota por parte de seu
adversário conservador e atual presidente francês, foi de confirmação do seu
discurso de campanha, apontando para a retomada do desenvolvimento e para o fim
das políticas recessivas como forma de superação da crise econômica.
Sufocados por uma crise econômica provocada pela incúria neoliberal e
agravada, na Europa, pela criação de um quase-Estado firmado exclusivamente
sobre bases financeiras e sem a constituição de um aparato
político-administrativo para geri-lo, os países da zona do euro vivem um momento
sombrio.
Pressionados, até aqui, pelos governos conservadores da Alemanha e da França
e também pelas direções das agências internacionais de crédito, Itália, Espanha,
Grécia, Irlanda, Portugal, Áustria e até mesmo alguns países nórdicos, depois da
orgia do endividamento provocado pela atuação desregrada do capital financeiro,
têm sido forçados a adotar políticas de desmonte do Estado de Bem-Estar Social,
com a diminuição do ritmo de crescimento de suas economias e do tamanho de suas
máquinas estatais, bem como com a retirada de direitos sociais há muito
conquistados por seus cidadãos.
O resultado tem sido o reavivamento dos conflitos e dos enfrentamentos
sociais, com o crescimento preocupante da xenofobia e das ideologias de exclusão
social em toda a região. Governantes de direita e/ou alinhados com políticas
recessivas sido empossados em muitos dos países em crise. A Alemanha e a França,
respectivamente a primeira e a segunda economia europeia e da zona do euro, têm
se destacado, até aqui, durante os mandatos de Angela Merckel e de Nicolas
Sarkozy, na imposição de tais políticas aos países vizinhos.
É promissora, portanto, a vitória de François Hollande, na França, bem como
suas manifestações já como presidente eleito. Suas declarações de que 1) a
“austeridade não pode ser uma fatalidade”, para destacar que não adotará
políticas recessivas e de diminuição de direitos, e 2) que dirá logo que
possível aos seus parceiros europeus, e à Alemanha em primeiro lugar, que sua
missão é a de “dar uma dimensão de crescimento à Europa”, merecem destaque.
Com a vitória de um governante socialista na França, cresce o rol de países
com peso significativo na economia mundial que abandona o ideário neoliberal. A
voz de Dilma Rousseff, em nome do Brasil, já não soará em vão nas reuniões
internacionais. Talvez agora os encontros do G8 tenham outros desfechos,
diferentes dos que têm se repetido durante os últimos anos. Caso se concretize a
vitória e a reeleição de Barack Obama, nos EUA, e ele consiga, finalmente,
aprofundar as medidas anti-recessivas que não tem conseguido adotar plenamente
por falta de apoio político, estarão dadas as condições para que se lance,
finalmente, a pá de cal sobre o neoliberalismo e sua pretensão de se firmar como
ideologia única em todo o mundo.Sul21
2 comentários:
PLIM...PLIM...SEM LENÇO SEM DOCUMENTO.... TUCANO TA BEM PERTIM SE SE AFOGAR NA CACHOEIRA..KKKKKKKKKKKK
Delta usou Cachoeira até para monitorar TCU/RJ,que confirmou ter constatado sobrepreço no valor de R$ 20,9 milhões??????
Esse cara é pra mofar na cadeia pelo resto da vida...como que uma um sujeito é trambiqueiro assim, credo..!!!
http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/delta-usou-cachoeira-ate-para-monitorar-tcu-1.442773
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