"Ao apresentar o nome
do Embaixador (Roberto) Azevêdo para esta alta função (diretor-geral da OMC), o
Brasil tinha claro que, por sua experiência e compromisso, ele poderia conduzir
a Organização na direção de um ordenamento econômico mundial mais dinâmico e
justo", registrou a presidente Dilma Rousseff em nota oficial sobre a
eleição do diplomata ao posto; "Essa mensagem foi entendida por expressiva
maioria", assinalou; "Não é uma vitória do Brasil, nem de um grupo de
países, mas da Organização Mundial do Comércio", finalizou a presidente;
ela manifestou que à Organização caberá "nos próximos anos dar um novo,
equilibrado e vigoroso impulso ao comércio mundial"; íntegra
Em nota divulgada
nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff disse ter recebido com
satisfação a escolha embaixador Roberto Azevêdo para assumir a diretoria-geral
da Organização Mundial do Comércio (OMC). Dilma destacou a experiência e o
compromisso do embaixador, que, segundo ela, foi escolhido com o objetivo de
criar as condições para um ordenamento econômico mundial mais dinâmico e justo.
Confira a íntegra da nota:
O Governo brasileiro recebe
com satisfação a escolha do Embaixador Roberto Azevêdo para Diretor-Geral da
Organização Mundial do Comércio.
Ainda sofrendo os efeitos da
crise mundial iniciada em 2008, caberá à OMC nos próximos anos dar um novo,
equilibrado e vigoroso impulso ao comercio mundial, fundamental para que a
economia global entre em novo período de crescimento e justiça social.
Ao apresentar o nome do
Embaixador Azevêdo para esta alta função, o Brasil tinha claro que, por sua
experiência e compromisso, ele poderia conduzir a Organização na direção de um
ordenamento econômico mundial mais dinâmico e justo.
Essa mensagem foi entendida
por expressiva maioria e, por esta razão, agradeço o apoio que nosso candidato
recebeu de Governos de todo o mundo nas três rodadas de votação. Essa não é uma
vitória do Brasil, nem de um grupo de países, mas da Organização Mundial do
Comércio.
Dilma Rousseff
Presidenta da República
Federativa do Brasil
Repercussão
O ministro do
Desenvolvimento, Fernando Pimentel também celebrou a escolha do embaixador
brasileiro Roberto Azevêdo para assumir a diretoria-geral da Organização
Mundial do Comércio (OMC) e disse que a eleição do brasileiro é "boa para
o Brasil e melhor para a OMC". Segundo o ministro, o governo brasileiro
trabalhou para a escolha de Azevêdo por considerá-lo o melhor candidato, mas
sua eleição não deve facilitar as negociações comerciais do País. "É bom
para a imagem do País, que sempre trabalhou segundo as regras da OMC, e é
melhor ainda para a Organização, por ter um excelente secretário-geral",
comentou.
Roberto Azevêdo ocupa desde
2008 o cargo de Representante Permanente do Brasil na OMC, enquanto Hermínio
Blanco, que disputava o cargo com ele, é economista e ex-ministro de Comércio e
Indústria do México. Qualquer dos dois que fosse o candidato escolhido seria o
primeiro latino americano a dirigir a entidade. Azevêdo tomará posse em 31 de
agosto, em substituição do francês Pascal Lamy.
O presidente da Vale, Murilo
Ferreira, também comentou e celebrou a nomeação. "A OMC vai ganhar com a
presença de uma pessoa com personalidade de tamanha relevância", disse
Ferreira, em entrevista durante evento em São Paulo. Para o presidente da Vale,
a escolha mostra que o País "tem todas as condições de ser um ativo
participante nas decisões do comércio internacional".
Confiança
A eleição de Azevêdo
representa a confiança da comunidade internacional no Brasil, diz a
especialista em comércio exterior Marília Castañon Pena Valle,
ex-coordenadora-geral do Departamento de Defesa Comercial, do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para Marília Valle, a
vitória do brasileiro deve ser observada como resultado de uma atuação
"séria e correta".
"É muito importante o
significado para o Brasil do embaixador Azevêdo [na direção-geral da OMC]. É o
primeiro latino-americano, brasileiro, e que tem uma longa trajetória nas
negociações comerciais internacionais", destacou. "Ele terá pela
frente um grande desafio: destravar as negociações que estão paralisadas,
principalmente devido às crises econômicas."
Para a especialista, o
desafio maior é dar continuidade à Rodada de Doha – cujas negociações,
iniciadas no início dos anos 2000 com o objetivo de construir um amplo acordo
de liberalização do comércio, não apresentam resultados há cerca de dez anos.
"Certamente o largo conhecimento do embaixador Azevêdo vai contribuir
muito nesse processo", disse ela.
Segundo Maríla Valle, o
perfil do Brasil também deve ser considerado como positivo. "O Brasil tem
um perfil exportador, mas também tem um viés importador. A posição brasileira,
nas negociações, sempre foi de equilíbrio, o que garantiu ao país a
credibilidade que tem hoje", ressaltou.
A especialista participou de
várias articulações relativas aos processos antidumping, subsídios e
salvaguardas. Ela foi negociadora do governo brasileiro na OMC - nas ações
referentes aos códigos de dumping, subsídios e medidas compensatória e de
salvaguardas.
Com Agência Brasil e Blog do
Planalto
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