Um excelente nome.Esse aí entende de direito.
Nome
que resultou de uma escolha pessoal da presidente Dilma Rousseff, que iniciou
suas consultas em janeiro, o advogado Luís Roberto Barroso já demarca posição
própria; avisa que não precisa de "movimentações políticas" para
assumir o cargo juridico mais cobiçado do Brasil; uma primeira farpa em colegas
como Joaquim Barbosa e Luiz Fux, que foram indicados ao ex-presidente Lula por
políticos; Marco Aurélio Mello saudou: "Será recebido de braços abertos
como um grande estudioso do direito, um profissional digno de elogios"
Numa de suas primeiras entrevistas após ser indicado pela presidente Dilma
Rousseff para o Supremo Tribunal Federal, o advogado constitucionalista Luís
Roberto Barroso disse que a indicação não foi fruto de "movimentações
políticas". O futuro ministro, que ainda precisará passar por sabatina no
Senado, foi ouvido pela Globo News antes de viajar para compromisso fora de
Brasília.
Em
breve conversa com o comentarista Gerson Camarotti, também da Globo News, o
jurista descreveu brevemente o encontro que teve com a presidente Dilma
Rousseff antes de sua escolha. "A presidente Dilma teve uma conversa
totalmente republicana, sem nenhum pedido especial", disse Barroso, que se
disse "muito honrado" com a indicação.
"Fico
feliz com a perspectiva de servir ao país e de retribuir o muito que recebi.
Aguardo, com serenidade, a próxima etapa, que é a apreciação do meu nome pelo
Senado Federal", disse o constitucionalista. O advogado só soube da
escolha hoje. Ele esteve no Palácio do Planalto por volta das 11h30 com a
presidente Dilma, quando foi convidado oficialmente. Também estava presente o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Também
indicado por Dilma para o Supremo, o ministro Luiz Fux provocou desconforto ao
revelar em entrevista à Folha de S.Paulo que fez campanha para entrar na Corte
Suprema. A primeira declaração de Barroso, que disse se recusar a comentar
qualquer tema em julgamento do STF até passar pela sabatina no Senado que deve
referendar seu nome, reforça que a decisão para sua escolha foi de Dilma, que
se reuniu com diversos juristas até fazer sua opção.
Elogios
Ministros
do STF elogiaram a indicação de Barroso para a 11ª vaga da Corte. Durante
intervalo da sessão do STF, o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa,
disse que considera Barroso um excelente nome para o Tribunal. "Não só
pelas qualidades técnicas, como pessoa, mas também pelo fato de que somos colegas
da Universidade do Rio de Janeiro".
Para
o ministro Marco Aurélio Mello, segundo mais antigo do STF, Barroso "será
recebido de braços abertos como um grande estudioso do direito, um profissional
digno de elogios". Barroso ainda será sabatinado no Senado antes de ter o
nome confirmado para o cargo.
O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também elogiou a escolha.
"É um jurista consagrado e que certamente trará ao Supremo uma preciosa e
valiosa contribuição". Ele disse que Barroso poderá participar do
julgamento dos recursos da Ação Penal 470, o processo do mensalão, caso ele se
considere preparado. "Na verdade o julgamento dos embargos é um novo
julgamento. A princípio não há dificuldade".
Com
Agência Brasil
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