sábado, 4 de maio de 2013

Paulo Nogueira: PSDB respira por aparelhos em São Paulo


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O dado mais relevante da última  pesquisa do Datafolha é o que mostra que apenas 8% dos paulistanos simpatizam hoje com os tucanos.

Um foi ganhar dinheiro com palestras, o outro destruiu o partido em seu principal reduto

Passou relativamente em branco o dado mais importante da pesquisa feita pelo Datafolha para comemorar os seus trinta anos.

O foco do noticiário foi para a surpreendente escolha pelos paulistanos de Marta Suplicy como o melhor prefeito da cidade nas últimas três décadas. (Isso pode fortalecer Marta para uma eventual candidatura ao governo.)

Mas o dado mais relevante é um que diz respeito ao partido que dominou a cena paulista e paulistana nos últimos vinte anos: o PSDB.

Apenas 8% dos ouvidos pelo Datafolha disseram ter preferência pelo PSDB. O PT foi a escolha de 28%.

Isso quer dizer o seguinte: o PSDB respira por aparelhos em São Paulo.

É o que pode ser chamado de herança maldita de Serra.

Serra não foi apenas um prefeito incompetente, incapaz de sequer proteger as árvores da cidade de tombarem a qualquer chuva e de inibir a proliferação de pernilongos.

Ele foi também um tratante comprovado: prometeu que ficaria no cargo aos paulistanos nas eleições e depois, sem pudor, esqueceu o que disse.

E deixou em seu lugar um administrador ainda mais inepto que ele, Kassab, sob o qual qualquer chuva podia virar uma enchente.

Os paulistanos não são tão bobos assim.

Ficaram indignados com o papelão de Serra, e isso se reflete nos raquíticos 8%.

Onde estava FHC enquanto Serra destruía o PSDB na terra em que sua supremacia parecia inexpugnável?

Fazendo palestras, palestras e palestras de cachês na casa dos 200 mil reais.

Aos 81 anos, FHC acumulou um patrimônio considerável pós-presidência, mas dificilmente irá leva-lo para a próxima vida.

E, enquanto gerava muito mais moedas do que seria necessário a um homem já bem entrado em anos, deixou que Serra transformasse o PSDB num partido semimorto.

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