O dado mais relevante da
última pesquisa do Datafolha é o que
mostra que apenas 8% dos paulistanos simpatizam hoje com os tucanos.
Um foi ganhar dinheiro com
palestras, o outro destruiu o partido em seu principal reduto
Passou relativamente em
branco o dado mais importante da pesquisa feita pelo Datafolha para comemorar
os seus trinta anos.
O foco do noticiário foi
para a surpreendente escolha pelos paulistanos de Marta Suplicy como o melhor
prefeito da cidade nas últimas três décadas. (Isso pode fortalecer Marta para
uma eventual candidatura ao governo.)
Mas o dado mais relevante é
um que diz respeito ao partido que dominou a cena paulista e paulistana nos
últimos vinte anos: o PSDB.
Apenas 8% dos ouvidos pelo
Datafolha disseram ter preferência pelo PSDB. O PT foi a escolha de 28%.
Isso quer dizer o seguinte:
o PSDB respira por aparelhos em São Paulo.
É o que pode ser chamado de
herança maldita de Serra.
Serra não foi apenas um
prefeito incompetente, incapaz de sequer proteger as árvores da cidade de
tombarem a qualquer chuva e de inibir a proliferação de pernilongos.
Ele foi também um tratante
comprovado: prometeu que ficaria no cargo aos paulistanos nas eleições e
depois, sem pudor, esqueceu o que disse.
E deixou em seu lugar um
administrador ainda mais inepto que ele, Kassab, sob o qual qualquer chuva
podia virar uma enchente.
Os paulistanos não são tão
bobos assim.
Ficaram indignados com o
papelão de Serra, e isso se reflete nos raquíticos 8%.
Onde estava FHC enquanto
Serra destruía o PSDB na terra em que sua supremacia parecia inexpugnável?
Fazendo palestras, palestras
e palestras de cachês na casa dos 200 mil reais.
Aos 81 anos, FHC acumulou um
patrimônio considerável pós-presidência, mas dificilmente irá leva-lo para a
próxima vida.
E, enquanto gerava muito
mais moedas do que seria necessário a um homem já bem entrado em anos, deixou
que Serra transformasse o PSDB num partido semimorto.
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