Com o do slogan "é possível fazer mais", o governador de Pernambuco e candidato do PSB à sucessão presidencial de 2014, Eduardo Campos, se apresentou ao eleitorado brasileiro no programa gratuito do horário eleitoral. Adotando um discurso contra Dilma e Lula que lembra PSDB, Campos disse que é preciso avançar ou "corremos o risco de regredir nas conquistas do nosso povo". "O Brasil precisa dar um passo adiante. E nós do PSB vamos dar este passo junto com o Brasil", disse o presidenciavel.
O governador de Pernambuco deveria dar um passo a frente na educação e nos números da economia do Estado e evitar a antecipação do debate eleitoral. Umas das criticas mais contundente do Candidato Campos dirigida a presidente Dilma, é a economia.Quem vê o governador citando números no programa eleitoral pensa que o estado por ele governado não tem problemas. E não é bem assim; O crescimento do PIB pernambucano ficou abaixo da expectativa traçada pelo próprio governador para 2012. Pernambuco cresceu apenas 2,3%, a Bahia cresceu 3,1% e o Ceará 3,7%.
Pior que a economia, são os gastos do governador com propaganda, o que prova que o aliado do PSDB só está pensando em mídia.
Enquanto a presidente Dilma reduz gastos com publicidade, no último dia 29 de abril, dois deputados da oposição deram entrada em duas representações com pedido de investigação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para averiguar publicidade irregular do governador Eduardo Campos (PSB).
Irregular ou não,enquanto se aguarda a apuração do Ministério Público Pernambucano, coincidentemente,talvez até para ajudar seus aliados, um jornal paulista publicou na semana passada os números do gasto com publicidade do governador, até então desconhecido do publico Segundo a publicação, Eduardo Campos gastou R$ 7 milhões com publicidade do governo em 2012, alta de 11% em relação ao ano anterior. De acordo com o jornal, Campos investiu mais em propaganda em 2012 do que, por exemplo, em "fornecimento de transporte escolar para a criançada" (R$ 42,5 milhões) e em "manutenção dos imóveis da rede estadual de ensino" (R$ 37,5 milhões).
Enquanto o governador antecipa a campanha eleitoral – com dinheiro dos cofres públicos - , joga no ralo dinheiro do contribuinte que poderia melhorar a educação, o secretario de educação do governo pernambucano diz que não tem condições financeiras de repassar pelo menos o valor do piso nacional do magistério, que para este ano, foi estipulado em 7,9%. Para os professores com licenciatura o governo de Eduardo Campos anunciou que só vai repassar 3,9%. Não é uma contradição? O governador gastou para se promover 11% em publicidade, mas só aceita repassar3,9% para o educador.
Os efeitos da falta de investimento na educação começa aparecer?
No mês de abril, a rede estadual de ensino (Pernambuco) aderiu à paralisação nacional de professores, que começou no dia (23). O secretário de Educação, José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira, através de um oficio tentou argumentar com os professores para evitar a greve e acabou escorregando no português: a palavra 'paralisação' foi escrita com a letra Z e não com S, como é o correto: "O Governo do Estado valoriza o magistério e trabalha pela busca contínua de uma remuneração cada vez melhor para os servidores da educação, mas discorda da forma como a mobilização vem sendo conduzida, uma vez que aqueles que deveriam zelar pela missão de privilegiar a educação dos nossos jovens são os envolvidos na proposta de paralizaçãodas aulas nos próximos dias 23, 24 e 25 de abril", diz o trecho do ofício.
Enquanto isso, nos palanques, Eduardo Campos aderiu ao discurso tucanês anti-Lula e anti-Dilma da campanha demotucana usada e desgastada por José Serra (PSDB-SP) em 2010: "é possível fazer mais".. Como confiar em um político que em seu estado faz de menos menos e promete mais para o Brasil? Os Amigos do Presidente Lula
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