Em cerimônia que marcou a primeira viagem do navio
petroleiro Zumbi dos Palmares, em Pernambuco, a presidente destacou o
ressurgimento da indústria naval pelo governo Lula: "Estamos falando de
uma indústria que tem futuro, que vai passar gerações". Afirmou ter muito
orgulho dos empregos conquistados nos últimos dez anos: quase 20 milhões de
carteiras assinadas. E comemorou, apesar de previsões pessimistas, de que o
País não seria capaz de construir navios, que esta "é uma conquista de
cada um de nós". Quanto ao boato sobre o fim do Bolsa Família, ela
criticou: "O autor é criminoso"
247 – A presidente Dilma Rousseff fez um pedido, durante
cerimônia que marcou o início das atividades do navio petroleiro Zumbi dos
Palmares, em Ipojuca (Pernambuco), para que os brasileiros "não acreditem
nos pessimistas". Segundo ela, apesar das previsões, em 2003, de que o
País não seria capaz de construir navios, hoje comemora-se "uma história
de conquistas", cujos vitoriosos são os trabalhadores brasileiros.
A presidente também destacou que o governo tem muito orgulho
de apresentar os empregos criados nos últimos dez anos – quase 20 milhões de
carteiras assinadas – e nos últimos dois anos, quando foram criados pouco mais
de quatro milhões de oportunidades com carteira assinada. E o ressurgimento da
indústria naval brasileira, no governo do ex-presidente Lula, é parte dessa
comemoração.
"Estamos falando de uma indústria que tem futuro, que
vai passar gerações, e isso é muito importante por que nós queremos ser não só
um grande produtor de petróleo e gás, mas de navios, plataformas e equipamentos
para a Petrobras", afirmou Dilma. "E o potencial é dado por milhões
de brasileiros que vão usufruir disso. Isso tudo é uma conquista de cada um de
nós", continuou a presidente, em seu discurso.
Segundo ela, o renascimento do setor foi possível graças à
determinação dos trabalhadores, de vontade política e do amor pelo País.
"Foi preciso a determinação de vocês, em aprender solda, montagem,
pintura. Foi preciso a vontade política e a continuidade porque uma indústria
dessas exige continuidade. Foi preciso a determinação política de que o Brasil
podia e iria construir navios", disse.
A presidente lembrou que uma das decisões mais importantes
tomadas durante o governo Lula foi a política de conteúdo nacional, ou seja,
produzir no País o que era possível produzir no País. "Foi necessário,
sim, aprender. Não tem nenhuma vergonha nisso. No início a gente comete alguns
erros, mas como todos que constroem a sua indústria naval, superamos esses
erros. Nossos trabalhadores se formaram, se capacitaram, e hoje temos uma grande
indústria naval", disse a presidente.
Caso não houvesse investimentos ou o governo tivesse
acreditado nos pessimistas, "íamos importar navios e exportar
empregos", disse Dilma. Quanto à perspectiva para os próximos anos, a
presidente mencionou os números citados antes pela presidente da Petrobras,
Graça Foster, de que a estatal irá produzir 4 milhões de barris de petróleo em
pouco tempo, e depois 5 bilhões. "Não há como produzir isso sem construir
plataformas, navios, equipamentos, não há como produzir petróleo sem empregos
qualificados", declarou Dilma.
'Autor de boato sobre Bolsa Família é criminoso'
Quanto ao boato de que o programa de transferência de renda
do governo federal Bolsa Família seria extinto, a presidente não poupou
críticas. "Não acreditem nos pessimistas e não acreditem nos boatos, que
muitas vezes acontecem de forma surpreendente. No sábado espalhou-se boato que
causou intranquilidade às famílias mais pobres, de que o governo federal não
iria pagar o Bolsa Família. É desumano o autor do boato, mais que isso: é
criminoso", atacou.
A onda de boatos ganhou corpo neste final de semana e causou
tumultos em vários estados no País, especialmente no Nordeste. "Colocamos
a Polícia Federal para descobrir a origem do boato. Quero deixar claro o compromisso
do meu governo com o Bolsa Família. É compromisso forte, profundo e definitivo.
Não abriremos mão do Bolsa Família", afirmou a presidente em seu discurso.
De acordo com a presidente, o País possui um cadastro de 36
milhões de brasileiros que contam com o auxílio do Bolsa Família. "Temos
orgulho de ter conseguido que estes 36 milhões de brasileiros consigam o mínimo
de renda de R$ 70 para viver com dignidade neste País. Este dinheiro do governo
é sagrado, nós iremos garantir sempre esse recurso. Vamos garantir este direito
de cidadania, que é viver com o mínimo de dignidade neste País", afirmou.
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