No momento em que a mídia antipetista promove forte ofensiva contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base em criminalização de
doações da empresa Camargo Correa ao instituto criado por ele em 2011,
descobre-se que um dos braços desse aparato difamatório, a revista
Época, tratou de simplesmente retirar da internet matéria que mostra que
tal empresa também doou recursos para criação do Instituto Fernando
Henrique Cardoso.
A matéria que a Época retirou da internet foi publicada em 2003 e
mostrou que a Camargo Correa participou de uma “vaquinha” feita por
empreiteiras e bancos para doar 7 milhões de reais para a criação do
IFHC.
O título da matéria que a revista das organizações Globo suprimiu é
“FHC passa o chapéu”. Ao fazer uma busca dessa matéria no Google, por
exemplo, aparece o link . Ao tentar acessá-lo, porém, o resultado é o
que se vê na imagem abaixo.
Contudo, a revista Época se esqueceu de que existem ferramentas para localizar o cache de memória de qualquer coisa que se publique na internet. Veja como é simples, leitor:
Este é o cache do Google de http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT435542-1659,00.html
Ele é um instantâneo da página com a aparência que ela tinha em 27 maio
2015 00:13:25 GMT. A página atual pode ter sido alterada nesse meio
tempo. Saiba mais
É escandalosamente evidente o que está acontecendo no Brasil. Só não
vê quem não quer. Está em curso ofensiva de um consórcio formado por
partidos políticos, empresas de mídia e setores da Polícia Federal e do
Ministério Público com vistas a impedir que Lula dispute as eleições
presidenciais de 2018.
Apesar de a mídia antipetista e partidos de oposição como o PSDB
viverem alardeando que Lula e o PT estariam “liquidados”, sabem muito
bem que, no imaginário popular, o ex-presidente se eternizou como aquele
que iniciou um período de forte redução da desigualdade e de ascensão
social e econômica dos setores mais pobres e injustiçados da sociedade.
Na tarde de sexta-feira, 12 de junho, o Instituto Lula divulgou release
para sua lista de contatos informando de que neste sábado a revista
Veja dará sua contribuição difamatória ao consórcio antipetista. Antes
de prosseguir, vale ler a nota do Instituto.
NOTA À IMPRENSA
Resposta pública do Instituto Lula à revista Veja
São Paulo, 12 de junho de 2015,
O Instituto Lula foi
procurado hoje (12/06) pela reportagem da revista Veja, a propósito de
contribuições de empresas para o Instituto e das palestras realizadas
pelo ex-presidente. Além de enviar e-mail com perguntas à assessoria de
imprensa, a reportagem falou por telefone com o presidente do Instituto,
Paulo Okamotto. A abordagem da revista revelou claro intuito de colocar
as atividades do ex-presidente, legais e legítimas, em mais um dos
enredos fantasiosos, mistificadores e caluniosos que têm caracterizado
aquela publicação.
A revista Veja tem um
histórico de capas e reportagens mentirosas sobre o ex-presidente Lula e
o Partido dos Trabalhadores. Já estampou fraudes notórias sobre contas
inexistentes em paraísos fiscais, falsas remessas de dinheiro do
exterior, calúnias sobre relações com guerrilhas estrangeiras e com o
narcotráfico. Por estas e outras mentiras, Veja foi condenada duas vezes
pelo Tribunal Superior Eleitoral a publicar direitos de resposta do PT,
em 2010 e 2014. Mesmo punida pela Justiça, a revista mantém o padrão de
mentir, distorcer e caluniar.
Diante dos péssimos
antecedentes da revista, de seu evidente descompromisso com a verdade e
com os fatos e da sórdida campanha de difamação que move contra Lula e o
PT, a assessoria do Instituto Lula esclarece publicamente:
1) O Instituto Lula foi
criado pelo ex-presidente em 2011, depois que ele deixou o governo, para
trabalhar pela erradicação da fome no mundo, aprofundar a cooperação
com os países africanos e promover a integração latino-americana, entre
outros objetivos.
2) Como tantas instituições
ligadas a ex-chefes de governo – tanto no Brasil como nos demais países
do mundo – o Instituto Lula recebe contribuições de empresas privadas
para manter suas atividades. Tais contribuições são registradas e
declaradas ao Fisco.
3) Diferentemente de outras
instituições ligadas a ex-presidentes brasileiros, o Instituto Lula não
recebe contribuições de empresas públicas, estatais ou de governos nem
oferece deduções fiscais sobre as contribuições que recebe, seja por
meio da Lei Rouanet, seja por outros mecanismos governamentais de
incentivo a patrocínios. Não há dinheiro público, nem direta nem
indiretamente, no Instituto Lula.
4) Para exercer o legítimo
direito de trabalhar, o ex-presidente criou a empresa LILS Palestras e
Eventos, por meio da qual são contratadas palestras e conferências para
empresas e entidades privadas no Brasil e no exterior.
5) Essa é uma atividade
exercida legalmente por ex-chefes de governo, no Brasil e em todo mundo,
bem como por pessoas de grande projeção pública, como jornalistas,
artistas, cientistas, desportistas etc.
6) Lula não cobra nada para
fazer palestras para entidades sindicais, movimentos sociais, ONGs,
governos, partidos políticos e grupos da sociedade civil.
7) Os contratos da LILS são
registrados regularmente e declarados ao Fisco. Não existe relação
financeira entre a empresa e o Instituto Lula. São atividades distintas,
com contabilidades, fontes de receita e despesas também distintas.
8) Nem o Instituto Lula nem a
LILS prestam qualquer tipo de consultoria, assessoria, intermediação de
contatos etc. Nem o Instituto Lula nem a LILS fazem negócios.
9) Tanto a criação do
Instituto Lula e sua forma de manutenção como a criação da empresa LILS
são fatos públicos, divulgados pela imprensa e objeto de ampla
reportagem, por exemplo, na edição de 3 de abril de 2011 do jornal O
Globo.
10) Também foram divulgadas
pela imprensa, há mais de dois anos, em reportagem da Folha de S. Paulo,
as contribuições da empresa Camargo Corrêa e outras para o Instituto
Lula e a contratação de palestras. Não há novidade no recente noticiário
a respeito desse fato já conhecido.
11) As contribuições
recebidas pelo Instituto Lula e as palestras contratadas por meio da
LILS não têm relação com contratos da Petrobras, feitos pela Camargo
Corrêa ou por qualquer outra empresa.
12) Os compromissos públicos e
a intensa agenda internacional do ex-presidente são divulgados pela
assessoria de imprensa e pelo site institutolula.org. Não procedem as
alegações, feitas por alguns jornalistas, de falta de transparência. A
imprensa brasileira ignora sistematicamente a agenda de Lula,
especialmente quando se trata de homenagens prestadas a ele ao redor do
mundo e de participações nos mais importantes fóruns internacionais de
debates, sempre em defesa do Brasil.
13) O Instituto Lula sempre
esteve à disposição das autoridades para prestar informações pertinentes
a suas atividades – tanto ao Ministério Público como ao Poder
Judiciário ou ao Congresso Nacional.
14) Qualquer tentativa, por
parte da revista Veja ou de outros veículos, de associar o Instituto
Lula e a LILS a atos ilícitos ou suspeitos com base nestas informações,
estará incursa na legislação que protege a honra e a imagem das pessoas e
instituições.
15) Estamos assistindo ao
início de uma ofensiva midiática contra a imagem e a honra do
ex-presidente Lula, com evidente motivação político-partidária. Como tem
se tornado comum, infelizmente, em nosso País, tal ofensiva não poupará
pessoas e instituições de reconhecida probidade e seriedade, no intuito
de desmoralizar e até criminalizar as atividades do mais importante
líder popular do Brasil. A revista Veja é um dos instrumentos dessa
ofensiva.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
A teoria das matérias de Globos, Folhas, Vejas e Estadões sobre o
assunto não resiste a poucos segundos de reflexão. Se houvesse qualquer
ilegalidade nas doações a FHC ou a Lula, é óbvio que essas doações não
seriam feitas às claras. Alguns milhões de reais poderiam ser facilmente
repassados fora do Brasil.
Tampouco se pode acreditar que um presidente que fortaleceu tanto e
deu tanta independência à Polícia Federal e ao Ministério Público
pretendia cometer ilegalidades. Se tivesse tais intenções, teria mantido
o que herdou de FHC, ou seja, uma Procuradoria Geral da República e uma
Polícia Federal que jamais incomodaram o governo de plantão.
A imprensa se posicionar contra Lula, Dilma e o PT é um fato da
democracia. São empresas privadas e podem ter a posição política que
quiserem. Contudo, esse consórcio antipetista é integrado por membros do
Ministério Público e da Polícia Federal.
Uma dessas autoridades partidarizadas é o delegado Igor Romário de Paula, que acaba de anunciar
que “muito provavelmente” as doações da Camargo Correa ao Instituto
Lula serão objeto de uma nova investigação da Polícia Federal.
Romário de Paula é um dos delegados da Operação Lava Jato citado em matéria
do jornal o Estado de São Paulo de 13 de novembro de 2014 que revelou
que “Delegados da Lava Jato” exaltaram o candidato Aécio Neves e
atacaram o PT durante a última campanha eleitoral para presidente da
República.
O que se deduz de tudo isso é que há no Brasil um conluio ilegal e
inconstitucional que está destruindo a democracia brasileira, pois o
poder de Estado, o poder econômico e grupos políticos tratam de forjar
escândalo contra um ex-presidente da República considerado pela maioria
do povo brasileiro como o melhor mandatário que o país já teve.
A vitória dessa trama diabólica representa a virtual destruição da
democracia brasileira. A partir do uso desses métodos, só terá condições
de chegar ao poder e governar o país o grupo político que cair nas
graças de grupos de mídia que estão por trás de todo esse processo. Está
se desenhando, no Brasil, a primeira ditadura midiática da história.
Fonte:Blog da Cidadania
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