O ex-comunista recebeu R$ 300 mil por dentro e R$ 200 mil por fora.E ainda tem o desplante de dizer que foi tudo legal, que foi fruto da amizade com um cidadão que o conhece há 40 anos.Fora, corrupto!
O senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP), que foi candidato a vice na chapa de Aécio
Neves (PSDB-MG) em 2014, recebeu duas doações da UTC/Constran: uma de R$
300 mil, que teria sido declarada, e outra de R$ 200 mil, retirados em
dinheiro vivo.
A informação aparece apenas no
último parágrafo da reportagem de capa da revista Veja deste fim de
semana. "A lista dos beneficiários é extensa e envolve políticos de
vários partidos. O senador Aloysio Nunes Ferreira recebeu 300 000 reais
oficialmente e outros 200 000 em dinheiro", diz Veja.
O envolvimento de Aloysio Nunes
dificulta a movimentação pró-impeachment da oposição. "A dificuldade
política da oposição consiste numa questão essencial: manter o discurso
da moralidade, que implica em rejeitar como mentira toda explicação
apresentada pelos adversários e, ao mesmo tempo, tentar nos convencer
que, no caso de seus aliados, a história é outra, ainda que os
argumentos sejam os mesmos e a situação real seja igual", diz Paulo
Moreira Leite, diretor do 247, em Brasília.
Em nota, Aloysio tentou fazer esse
malabarismo. Defendeu a legalidade do que recebeu, sem deixar de atacar
seus adversários políticos.NO 247.
Explica, ô Lulu, tenho até pena desse cara-de-pau.
Leia, abaixo, o texto distribuído pelo parlamentar, que chegou a desfilar até em passeatas que pediam intervenção militar:
"É preciso analisar com cuidado a lista dos políticos que teriam sido citados por Ricardo Pessoa, ex-dono da UTC, em sua delação premiada.
Todos os citados afirmam, inclusive eu, que as doações foram legais, registradas na Justiça Eleitoral. Ate aí, não há muita diferença. O que deve guiar a análise desta lista para estabelecer as distinções é indagar quais desses políticos teriam reais condições de influenciar decisões da Petrobras que favorecessem a UTC.
Explica, ô Lulu, tenho até pena desse cara-de-pau.
Leia, abaixo, o texto distribuído pelo parlamentar, que chegou a desfilar até em passeatas que pediam intervenção militar:
"É preciso analisar com cuidado a lista dos políticos que teriam sido citados por Ricardo Pessoa, ex-dono da UTC, em sua delação premiada.
Todos os citados afirmam, inclusive eu, que as doações foram legais, registradas na Justiça Eleitoral. Ate aí, não há muita diferença. O que deve guiar a análise desta lista para estabelecer as distinções é indagar quais desses políticos teriam reais condições de influenciar decisões da Petrobras que favorecessem a UTC.
Eu não teria a menor possibilidade
de fazê-lo. Em primeiro lugar, não faz parte do meu repertório combinar
política com negócio. Em segundo lugar, minha notória hostilidade aos
governos petistas jamais me recomendaria a esse papel de intermediário
junto à Petrobras.
Finalmente, quando fui candidato ao Senado pelo PSDB em 2010, ano em que a contribuição da UTC foi recebida, entregue ao meu comitê por via eletrônica, e declarada à Justiça, eu não era titular de nenhum mandato e enfrentava um desafio eleitoral dificílimo. Minhas chances de vitória eram remotas. De fato, as únicas doações que recebi foram 200 mil reais, em 16 de julho, e 100 mil, em 18 de agosto: àquela altura meu índice de intenção de votos nas pesquisas estava em torno de 2% e eu figurava em sétimo lugar entre os candidatos.
Então, como explicar as doações? Na verdade, elas foram solicitadas ao Dr. João Santana, diretor presidente da Constran, meu amigo há 40 anos, que sempre participou ativamente de minhas campanhas eleitorais, desde a primeira em 1982 e até a última.
Ocorre que, em 2010, a UTC havia se associado majoritariamente à Constran e, por isso, como me explicou ainda ontem Dr. João Santana, a doação foi contabilizada em nome da empresa dirigida por Ricardo Pessoa. Além do mais, em 2010, não havia Lava Jato e nem eu, nem os então dirigentes da Constran, nem a imensa maioria dos brasileiros tínhamos conhecimento das acusações que pesam hoje contra Ricardo Pessoa em razão de suas relações com a Petrobras e os governos petistas."
Aloysio Nunes Ferreira, Senador (PSDB-SP)
Brasília, 27 de junho de 2015
Finalmente, quando fui candidato ao Senado pelo PSDB em 2010, ano em que a contribuição da UTC foi recebida, entregue ao meu comitê por via eletrônica, e declarada à Justiça, eu não era titular de nenhum mandato e enfrentava um desafio eleitoral dificílimo. Minhas chances de vitória eram remotas. De fato, as únicas doações que recebi foram 200 mil reais, em 16 de julho, e 100 mil, em 18 de agosto: àquela altura meu índice de intenção de votos nas pesquisas estava em torno de 2% e eu figurava em sétimo lugar entre os candidatos.
Então, como explicar as doações? Na verdade, elas foram solicitadas ao Dr. João Santana, diretor presidente da Constran, meu amigo há 40 anos, que sempre participou ativamente de minhas campanhas eleitorais, desde a primeira em 1982 e até a última.
Ocorre que, em 2010, a UTC havia se associado majoritariamente à Constran e, por isso, como me explicou ainda ontem Dr. João Santana, a doação foi contabilizada em nome da empresa dirigida por Ricardo Pessoa. Além do mais, em 2010, não havia Lava Jato e nem eu, nem os então dirigentes da Constran, nem a imensa maioria dos brasileiros tínhamos conhecimento das acusações que pesam hoje contra Ricardo Pessoa em razão de suas relações com a Petrobras e os governos petistas."
Aloysio Nunes Ferreira, Senador (PSDB-SP)
Brasília, 27 de junho de 2015
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