247 - Em nota nesta sexta-feira (26), o Instituto
Lula reage à forma como a revista Época tem recorrido à instituição para
apurar informações sobre sua atuação e as viagens do ex-presidente. De
acordo com o relato do instituto, a equipe de Época tem optado por
procurar a entidade às vésperas do fechamento e somente através de
emails. A nota do Instituto Lula também rebate informações falsas
publicadas pela revista sobre o ex-presidente e dá um aviso duro: "É a
última vez que perderemos tempo com a Época, que agora receberá o mesmo
tratamento reservado à Veja pela assessoria de imprensa, após reiteradas
práticas de parcialidade e falta de isenção jornalística".
Abaixo a nota do instituto na íntegra:
Recebemos hoje (26), às 9h55, um e-mail da reportagem da revista
Época com questionamentos a respeito das viagens do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Faz quase dois meses que a Época tem essa prática
de mandar e-mails perto do fechamento em vez de fazer entrevistas cara a
cara sobre as atividades do Instituto. É a última vez que perderemos
tempo com a Época, que agora receberá o mesmo tratamento reservado à
Veja pela assessoria de imprensa, após reiteiradas práticas de
parcialidade e falta de isenção jornalística. Mediante os
questionamentos da publicação, fazemos os seguinte esclarecimentos a
respeito das viagens realizadas pelo ex-presidente:
Sim, o Instituto Lula tem como política divulgar as viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao exterior.
Desde abril de 2011, quando se constituiu a assessoria de imprensa do
então Instituto Cidadania, hoje Instituto Lula, todas as viagens do
ex-presidente foram divulgadas à imprensa por e-mail, e desde o segundo
semestre de 2011, quando o Instituto Lula criou seu site, também por
esse canal. E desde 2012 também por Facebook. E também por Twitter.
Embora o ex-presidente não ocupe cargo público e, por isso, não tenha
nenhuma obrigação de divulgar viagens para o exterior, elas foram
divulgadas.
As viagens anteriores a abril de 2011 também foram registradas no
site do Instituto Lula. Bastaria aos jornalistas da revista pesquisarem
no site para encontrar a relação de viagens.
As viagens do ex-presidente Lula ao exterior não foram a turismo ou
passeio. Foram para dar palestras, falando bem do Brasil no exterior
para investidores e autoridades estrangeiras, estimulando a participação
de jovens na política e divulgando políticas sociais de combate à fome
em eventos na África, América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia.
Os principais destinos do ex-presidente ao exterior não foram, como
já publicou erroneamente Época, Cuba, República Dominicana e Gana. Como o
Instituto já respondeu para a revista, no texto “As sete mentiras da
capa de Época sobre Lula”
(http://www.institutolula.org/as-sete-mentiras-da-capa-de-epoca-sobre-lula/),
os principais destinos foram os Estados Unidos, com 6 viagens, e depois
México e Espanha, cada um com 5 viagens.
Como já também foi respondido para a Época, quase dois meses atrás.
"No caso de atividades profissionais, palestras promovidas por empresas
nacionais ou estrangeiras, o ex-presidente é remunerado, como outros
ex-presidentes que fazem palestras. O ex-presidente já fez palestras
para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores -
tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações - e de diversos
países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina,
Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe, as entidades promotoras
se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem.”
Ao contrário do que já publicou Época, e já foi rebatido pelo
Instituto Lula, a maioria das viagens do ex-presidente ao exterior não
foram pagas pela Odebrecht, que contratou palestras para empresários e
convidados em países onde a empresa já atua. Uma pergunta da revista
contém um equívoco porque a LILS não recebe doações. A LILS é uma
empresa de palestras. Ela recebe pagamentos por serviços prestados. O
Instituto Lula é uma entidade sem fins lucrativos que recebe doações
para a manutenção das suas atividades. O ex-presidente não recebe
pagamentos do Instituto Lula. Dezenas de empresas, de diferentes
setores, doaram para o Instituto Lula. Os institutos de ex-presidentes,
não só o do ex-presidente Lula, vivem de doações privadas. Sobre esse
assunto de doações e contratações, como já foi respondido para a Época
semana passada:
“O Instituto é uma entidade sem fins lucrativos, e as doações de
indivíduos, fundações e empresas privadas de vários setores, entre elas a
Odebrecht, assim como as parcerias com organismos multilaterais são
para a manutenção do Instituto e realização das suas atividades.
A Odebrecht já falou sobre o seu apoio às atividades do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, e também de outros ex-presidentes, entre
outras notas e declarações para a imprensa, no artigo 'Viaje Mais,
presidente', de Marcelo Odebrecht, em 7 de abril de 2013, na Folha de S.
Paulo. Ou seja, mais de dois anos atrás.
Todas as doações ao instituto estão contabilizadas e foram pagos
todos os impostos correspondentes. Nem o apoio feito ao Instituto pela
Odebrecht, nem as palestras profissionais do ex-presidente contratadas
pela empresa são objetos de sigilo. O Instituto Lula nunca negou ter
recebido doações da Odebrecht e a empresa nunca negou ter concedido este
apoio. Aliás, como o próprio artigo de Marcelo Odebrecht mencionado
acima deixa explícito.”
Temos em nosso site uma lista respondendo a dúvidas frequentes sobre o
Instituto.
http://www.institutolula.org/duvidas-frequentes-a-respeito-do-instituto-lula
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