sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O DEDO-DURO ROBERTO FREIRE SÓ DIZ BESTEIRA

João da Costa será surpreendido, diz Freire Reação
Presidente do PPS acredita que a eleição irá ao segundo turno, apesar das pesquisas


"O Recife terá segundo turno e o candidato do PT, João da Costa, será surpreendido pela oposição assim como aconteceu com Lula em 2006". A afirmação é do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que ontem acompanhou o candidato do PSC, Carlos Eduardo Cadoca, em uma caminhada no centro. Freire fez questão de lembrar que há dois anos o presidente Lula "calçou salto alto" e achava que a eleição seria decidida no primeiro turno. "E nós (a oposição) levamos a disputa para o segundo turno. Esse rapaz está com 48% das intenções de voto e não tem nada de extraordinário nisso", observou.

O pós-socialista disse, ainda, que Recife não pode ser comparado com Curitiba e João Pessoa, onde os primeiros colocados lideram com folga as pesquisas de opinião. "Em Curitiba, Beto Richa (PSDB) tem mais de 70% e em João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), também passa dos 70%. Nesses locais o quadro está definido, mas aqui não. A eleição irá para o segundo turno", garantiu. Em 2006, Lula era favorito para vencer a eleição já no primeiro turno, mas terminou disputando o segundo turno com o então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Roberto Freire foi mais além ao dizer que não existe "nada melhor" para um candidato que está na frente que os adversários acreditem que a vitória dele está consolidada. "É uma contrapropaganda muito eficiente". Na avaliação do presidente do PPS, a administração do PT é uma das mais medíocres do país. "O Recife tem a maior taxa de desemprego do Brasil. O que essa prefeitura fez para mudar isso? Qual o projeto econômico que eles apresentaram?", questionou.

Sobre os boatos da possível desistência de Cadoca, Roberto Freire disse que seria uma indignidade Lula fazer esse tipo de proposta (de renunciar em favor de João da Costa) ao candidato do PSC. "Só uma pessoa sem escrúpulo faria um pedido desses. Seria uma falta de respeito a uma candidatura apoiada por uma coligação de partidos importantes", pontuou. Em relação à crise financeira, Freire reconheceu que a campanha passa por dificuldades de arrecadação e que aqueda nas pesquisa complicou um pouco mais a situação. Ontem, Cadoca circulou na avenida Dantas Barreto e visitou o camelódromo. No percurso, ouviu reclamações dos comerciantes, inclusive de sulanqueiras que deixaram o local em razão das precárias condições de funcionamento. A caminhada terminou próxima à Igreja da Penha.
Comentários.
Esse vagabundo(eu tenho autoridade para dizer isso porque votei 3 vezes nesse acusado de ser dedo-duro, obviamente, não sabia disso), esqueceu de dizer que a eleição de 2006 só foi para o 2º turno por causa da armação do Consórcio MÍDIA ESGOTO-PSDB-DEM-PPS-DELEGADO BRUNO com o dossiê que flagrou José serra abraçado com sanguessugas do Mato Grosso.
Obviamente, a eleição aqui no Recife poderá ir para o segundo turno, mas não por causa de sapato alto a que se refere o dedo-duro.As eleições aqui no Recife sempre foram acirradas.
E mesmo que a eleição venha ser decidida no 2º turno, a vitória de João da Costa será muito mais acachapante.
Agora, veja quem é Roberto Freire.Repito, vim saber disso na eleição de 2006:
A estranha história de Roberto Freire
Sebastião Nery
O único político brasileiro da oposição (que se diz da oposição) que aplaudiu José Serra, o Elias Maluco eleitoral, por ter anunciado que agora é hora de destruir Lula, foi o senador Roberto Freire, presidente do Partido Popular Socialista (PPS, a sigla que sobrou do assassinato do saudoso Partido Comunista,melhor escola política brasileira do século passado). Disse: "Serra presta um serviço à democracia".
Para Roberto Freire, "desconstruir", destruir, eliminar o principal candidato da oposição e das esquerdas (com 42% nas pesquisas) é um "serviço à democracia".Gama e Silva nunca teve coragem de dizer isso. Armando Falcão também não. Nem mesmo Newton Cruz. Só o delegado Fleury. Ninguém entendeu. Porque não conhecem a história de Roberto Freire.
Aprovado pelo SNI
Em 1970, no horror do AI-5, quando tantos de nós mal havíamos saído da cadeia ouainda lá estavam, muitos sendo torturados e assassinados, o general Médici, o'mais feroz dos ditadores de 64, nomeou procurador (sic) do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) o jovem advogado pernambucano Roberto João Pereira Freire, de 28 anos.
Não era um cargozinho qualquer, nem ele um qualquer. "Militante do Partido Comunista desde o tempo de estudante, formado em Direito em 66 pela Universidade Federal de Pernambuco, participou da organização das primeiras Ligas Camponesas na Zona da Mata" (segundo o "Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro", da Fundação Getulio Vargas-Cpdoc).
Será que os comandantes do IV Exército e os generais Golbery (governo Castelo),Médici (governo Costa e Silva) e Fontoura (governo Médici), que chefiaram o SNIde 64 a 74, eram tão debilóides a ponto de nomearem procurador do Incra, o órgão nacional encarregado de impedir a reforma agrária, exatamente um conhecido dirigente universitário comunista e aliado do heróico Francisco Julião nas revolucionárias Ligas Camponesas?
Os mesmos que, em 64, na primeira hora, cassaram Celso Furtado por haver criadoa Sudene, cataram e prenderam Julião, e desfilaram pelas ruas de Recife com ovalente Gregório Bezerra puxado por uma corda no pescoço, puseram, em 70, jovem líder comunista para "fazer" a reforma agrária.
Não estou insinuando nada, afirmando nada. Só perguntando. E, como ensina humor de meu amigo Agildo Ribeiro, perguntar não ofende.
Sempre governista
Em 72, sempre no PCB (e no Incra do SNI!) foi candidato a prefeito de Olinda,pelo MDB. Perdeu. Em 74, deputado estadual (22.483 votos). Em 78, deputadofederal, reeleito em 82. Em 85, candidato a prefeito de Recife, pelo PCB,derrotado por Jarbas Vasconcellos (PSB). Em 86, constituinte (pelo PCB, aliadoao PMDB e ao governo Sarney). Em 89, candidato a presidente pelo PCB (1,06% dosvotos).
Reeleito em 90, fechou o PCB em 92, abriu o PPS e foi líder, na Câmara, deItamar, com cujo apoio se elegeu senador em 94 e logo aderiu ao governo deFernando Henrique. Em 96, candidato a prefeito de Recife, perdeu pela segundavez (para Roberto Magalhães).
Agora, sem condições de voltar ao Senado, aliou-se ao PMDB e PFL de Pernambuco,para tentar ser deputado. Uma política nanica, sempre governista, fingindooposição.
Agente de FHC
Em 98, para Fernando Henrique comprar a reeleição, havia uma condição sine quanon: impedir que o PMDB lançasse Itamar candidato a presidente. Sem o PMDB, areeleição não seria aprovada. Mas o PMDB só sairia para a candidatura própria se houvesse alianças. E surgiram negociações para uma aliança PMDB-PPS, uma chapa Itamar-Ciro.
Fernando Henrique ficou apavorado. E Roberto Freire, agente de FHC, o salvou,lançando Ciro a presidente. Isolado, o PMDB viu sua convenção explodida pelo dinheiro do DNER, Itamar sem legenda e a reeleição aprovada.
Durante quatro anos, Roberto Freire saracoteou nos palácios do Planalto e da Alvorada, sempre fingindo independência, mas líder da "bancada da madrugada" (dedia se diz oposição, de noite negocia no escurinho do governo).
Quinta-coluna
No ano passado, na hora de articular as candidaturas a presidente, o PT(sobretudo o talento e a competência política de José Dirceu) começou a pensar numa aliança PT-PPS, para a chapa Lula-Ciro. Itamar disse que apoiava. O PSB de Arraes também. Fernando Henrique, o PSDB e Serra se apavoraram. Mais Roberto Freire estava lá para isso. Novamente lançou Ciro, para impedir uma aliança das oposições com Ciro vice de Lula.
Fora dos cálculos de FHC e Roberto Freire, Ciro começou a crescer. Mas, quando oPFL, sem Roseana, quis apoiar Ciro, dando espaços nos estados e na TV, RobertoFreire, aliado em Pernambuco de Marco Maciel, o líder da direita do PFL, vetou oPFL com Ciro. Como se chama isso? Uns, "agente". Stalin chamava "quinta-coluna".

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