domingo, 26 de outubro de 2008

CONCORDO COM TARSO. MENOS MAU

26/10/2008 -

Tarso defende "partidão" de centro para eleições de 2010

Da Agência Brasil

No que depender do ministro da Justiça, Tarso Genro, o PT buscará um programa de consenso para aliciar o maior número possível de aliados para as eleições de 2010. Em conversa com jornalistas, neste domingo, em Porto Alegre, Tarso propôs uma grande aliança de centro.

"Sempre sustentei a necessidade de que tenhamos um partido centrista forte no Brasil", disse Tarso. "Sou da opinião de que o PT, daqui para adiante, deve aglutinar um pólo de esquerda forte, com PCdoB, PSB e PDT, e se dirigir com um programa progressista em direção ao centro, chamando partidos como o PMDB e outros correlatos para preparar as eleições de 2010", completou.

A flexibilização de propostas, segundo Tarso, é uma necessidade para atrair o PMDB, fortalecido nas eleições municipais. "Independetentemente do resultado de hoje, a disputa política em direção a 2010 saiu modificada, porque a presença de um partido centrista forte, como o PMDB exige uma definição programática maior nos dois pólos da política brasileira, que é o PSDB de um lado e o PT de outro", afirmou.

"Essa definição que esses dois pólos vão fazer é que vai trazer, ou não, o PMDB para um sistema de alianças em direção a 2010", avaliou.

O Senador Pedro Simon (PMDB) confirmou a possibilidade de uma aliança com o PT em 2010, mas não descartou a hipótese de que o partido opte por candidatura própria.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef - indicada como candidata preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2010 - foi mais cautelosa ao comentar as possibilidades de alianças.

"Minimizar as diferenças eu não diria que é o melhor método. O melhor método para se fazer qualquer aliança é ver o que é melhor para a população, defender isso e, em cima deste projeto, tentar articular aqueles que têm condições similarmente a você", afirmou.

Como exemplo, citou a base do governo federal, definida como "bastante ampla", e deixou em aberto todo tipo de apoio. "Acredito que é em cima de pontos positivos que se faz aliança. Não é diminuindo sua meta, é deixando a sua meta clara e não fazendo restrições de concepção política ou de ideologia", concluiu.

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