domingo, 31 de janeiro de 2010

Brasil avança 8 postos no ranking da competitividade



O Estado de S. Paulo - 31/01/2010


O Brasil melhorou oito posições na classificação de competitividade do Fórum Econômico Mundial e passou da 64ª posição em 2008-2009, num total de 134 países, para a 56ª em 2009-2010, num conjunto de 133. Pela primeira vez superou a Rússia, em 63º lugar. A regulamentação de impostos foi apontada pelos entrevistados como a principal dificuldade para os negócios, seguida pelo peso dos tributos. Regras trabalhistas aparecem no terceiro lugar e a ineficiência da burocracia governamental em quarto.

Os autores do estudo calculam o índice geral de cada país com base em três grandes conjuntos de itens: requisitos básicos, fatores de eficiência e fatores de inovação e de sofisticação. A pior nota do Brasil (91º lugar) vai para o primeiro item, o mais dependente da ação do governo e da qualidade das instituições. Aí se incluem, por exemplo, o desvio de dinheiro público, o desperdício nos gastos governamentais, a eficiência dos processos judiciais, e o peso da regulação oficial.

A estabilidade macroeconômica integra a primeiro grande parte. Nesse item, os maiores problemas são a baixa taxa nacional de poupança (86º lugar) e o spread bancário (128º).

As melhores classificações aparecem quando se trata dos fatores de eficiência, como o tamanho do mercado e a disponibilidade de tecnologia, e dos fatores de sofisticação dos negócios (32º lugar) e de inovação (43º). As notas são baixas em quase todos os itens de saúde e de educação. A qualidade do ensino primário fica na 119ª posição e a do treinamento em matemática e ciências em 123ª.

A classificação geral do Brasil tem melhorado desde os anos 90, graças a medidas para a estabilização da economia e para abertura do mercado, apontadas pelos autores da análise como fundamentais para a competitividade.

Os dez países mais competitivos são Suíça, EUA, Cingapura, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Japão, Canadá e Holanda. A China está 29º lugar e o Chile em 30º, como o mais competitivo dos latino-americanos. O México está no 60º lugar e a Argentina no 85ºposto.

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