sexta-feira, 16 de julho de 2010

Renato Rabelo:estamos diante de uma guerra político-eleitoral


Na avaliação do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, feita nesta quinta-feira (15) em reunião da Comissão Política Nacional, “estamos diante de uma verdadeira guerra político-eleitoral, formada por batalhas que culminarão nos resultados das urnas em outubro”. O cenário exige atenção redobrada dos comunistas tanto para a defesa do projeto partidário quanto para a garantia da continuidade do ciclo aberto por Lula. “A vitória de Dilma, uma mulher avançada, é muito importante para o país”, ressaltou.

Na sede do partido, em São Paulo, Rabelo falou sobre as perspectivas da candidatura de Dilma Rousseff (PT) lembrando, no entanto que, apesar do favoritismo da candidata, as eleições não estão ganhas e o principal adversário, José Serra (PSDB), tem seus trunfos. “Apesar das dificuldades em unir sua própria base de apoio – como ficou evidente no episódio da escolha do seu vice – Serra é apoiado implícita ou explicitamente pela grande mídia e conta com o respaldo do poder econômico e político do campo conservador, ou seja, não podemos subestimá-lo”, colocou o dirigente, alertando para a possibilidade de segundo turno.


Porém enfatizou: “Dilma é como uma moeda com duas faces muito importantes: ela é a candidata de Lula, mas é também partícipe dos sucessos do atual governo. O povo tem conhecimento da primeira condição, mas ainda há muita gente que desconhece a segunda”.

De acordo com Rabelo, esse é um fator que sugere uma possibilidade maior de crescimento. “Na medida em que a população vai tomando contato com essa informação, vai percebendo que ela sim tem legitimidade para continuar o processo atual e vai consolidando seu voto. Vale lembrar que embora o momento mostre empate entre os dois principais candidatos, Dilma tem crescido desde o começo das pesquisas, quando tinha em torno de 4%. Serra começou com cerca de 38% e se manteve nesse nível. Portanto, quem tem evoluído é ela”. E completou: “a campanha de Serra achava que investindo em propaganda, em maio e junho, conseguiria uma diferença de 10% em relação a ela, o que não aconteceu”.

Renato Rabelo ainda ressaltou a ampla aliança, com dez partidos, que se formou em torno da petista. “Conseguimos algo inédito: reunir toda a esquerda, além de outras forças progressistas e de centro. Isso mostra a força centrípeta da candidata”.

Sobre a Coordenação Operativa da campanha, o comunista anunciou que o PCdoB será representado na por Adalberto Monteiro, secretário de Formação, e na comissão responsável pela elaboração do programa, por Dilermando Toni, assessor da presidência do partido. A primeira reunião, quando o PCdoB reafirmará suas propostas acontece nesta segunda-feira, 19.
O presidente voltou a tratar das decisões tomadas na última reunião do Conselho Político da campanha de Dilma, dia 12, quando ficou acertada a reciprocidade entre a petista e os candidatos ao governo estadual onde houver mais de um palanque. “Não haverá exceções nisso”, explicou. Para o PCdoB, a decisão é positiva especialmente no Maranhão – onde concorre com Flávio Dino ao governo – e no Amazonas, onde apoia a reeleição de Omar Aziz (PMN) e onde busca eleger Vanessa Grazziotin para o Senado. Leia na ítegra.

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