MANIFESTO
Abaixo a Ditadura!
Palavra de ordem maior que aglutinou a esquerda brasileira no período de
1964-1985, época que marcou a vigência de um regime de exceção no Brasil, o
qual tomou o terrorismo de estado como política institucional e a repressão à
oposição como uma máxima. Estamos em outro tempo, de uma constituição
democrática já aprovada, mas infelizmente, hoje no Brasil, e em Pernambuco
particularmente, essa palavra de ordem ainda permanece atualíssima,
convertendo-se num verdadeiro brado de liberdade que ecoa de cidadãos que
querem apenas ser livres e gozar de seu direito de protestar,
constitucionalmente garantido e na realidade ignorado.
DOPS, Departamento de
Ordem Política e Social, policia política instalada após o golpe civil-militar
de 1964 com a função de investigar e perseguir os opositores ao regime,
enquadrados como subversivos e tratados pelo estado como infratores e
classificados legalmente em Inquéritos Policiais Militares (IPMs), num processo
sem fundamentação jurídica formal e regras de comprovação, baseando-se numa
pressuposição de culpa do acusado, sempre em interpretações que lhe
desfavoreciam, submetendo o cidadão a prisões e torturas inclusive. Hoje, no
governo do neto de Miguel Arraes e aspirante a presidente da república,
tragicamente, refunda-se em Pernambuco, a polícia política, na condição de
braço inteligente da polícia militar, subordinada ao mandatário Psbista.
Similarmente a criação da Comissão Especial de Investigação de Atos de
Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), do também ditadorzinho, com
postura protofascista, Sérgio Cabral.
Em nada se dissociam
desse cenário os últimos acontecimentos no Estado, precisamente a repressão
arbitrária, a violência gratuita e as prisões injustas de manifestantes em
protestos de rua, identificando “lideranças ou sujeitos de destaque” nos atos e
enquadrando-os como vândalos, desordeiros, aliciadores e etc., com o objetivo
traçado de destruir toda e qualquer ação coletiva e/ou individual que
desestabilize, ou mesmo fira a imagem, do governo/governador pernambucano, com
anseios de grandeza em proximidade a ano eleitoral.
Os estudantes de
História da UFPE, igualmente não foram poupados dessa onda institucional de
repressão e criminalização aos movimentos sociais e militantes em geral,
empreendida pelo estado não liberto das engrenagens do capital - a exemplo da
corja de empresários donos das ‘empresas privadas de transporte público’. Os
estudantes Jonatas Marques, Emelly Clara, Jonas Augusto e Bruno Torres, com os
quais nos solidarizamos, foram detidos no calor da luta coletiva; em protestos
legítimos de organização popular e igualmente manifestações que cobravam
melhorias efetivas ao hoje lastimável sistema de transporte público, sendo
tratados como sujeitos perigosos a ordem e malfeitores do bem coletivo,
mascarando os reais cidadãos imbuídos de espírito público no usufruto do
direito.
A Federação do
Movimento Estudantil de História (FEMEH), através do Diretório Acadêmico de
História Francisco Julião (DAHISFJ) da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), na condição de Coordenação Regional do Nordeste, vem a público
manifestar seu total repúdio a todas essas ações hediondas, desumanizadoras e
anticonstitucionais levadas a cabo pelo estado de Pernambuco, na pessoa do seu
governador Eduardo Campos, mentor de uma política do silenciamento das
oposições - onde o diálogo são bombas, cassetetes, balas de borracha, spray de
pimenta e demais artefatos de dispersão popular - ainda que estas ditas
oposições expressem os anseios do povo e estejam no exercício legítimo de um
direito civil.
Mas a luta não para,
a despeito do que os nossos detratores planejam e esperam, a repressão não
freará e nem calará nossa expressão, apesar de sabermos que ainda não estamos
numa real democracia. Faremos valer nossos direitos na inspiração máxima que do
poder do povo nascerá um mundo novo!
Federação do
Movimento Estudantil de História – FEMEH
Diretório Acadêmico
de História Francisco Julião – DAHISFJ
Recife, 01 de outubro
de 2013
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Em manifesto,
estudantes da UFPE reclamam de repressão policial em Pernambuco e atacam
Eduardo
POSTADO ÀS 13:00 EM
19 DE OUTUBRO DE 2013
MANIFESTO
Abaixo a Ditadura!
Palavra de ordem maior que aglutinou a esquerda brasileira no período de
1964-1985, época que marcou a vigência de um regime de exceção no Brasil, o
qual tomou o terrorismo de estado como política institucional e a repressão à
oposição como uma máxima. Estamos em outro tempo, de uma constituição
democrática já aprovada, mas infelizmente, hoje no Brasil, e em Pernambuco
particularmente, essa palavra de ordem ainda permanece atualíssima,
convertendo-se num verdadeiro brado de liberdade que ecoa de cidadãos que
querem apenas ser livres e gozar de seu direito de protestar,
constitucionalmente garantido e na realidade ignorado.
DOPS, Departamento de
Ordem Política e Social, policia política instalada após o golpe civil-militar
de 1964 com a função de investigar e perseguir os opositores ao regime,
enquadrados como subversivos e tratados pelo estado como infratores e
classificados legalmente em Inquéritos Policiais Militares (IPMs), num processo
sem fundamentação jurídica formal e regras de comprovação, baseando-se numa
pressuposição de culpa do acusado, sempre em interpretações que lhe
desfavoreciam, submetendo o cidadão a prisões e torturas inclusive. Hoje, no
governo do neto de Miguel Arraes e aspirante a presidente da república,
tragicamente, refunda-se em Pernambuco, a polícia política, na condição de
braço inteligente da polícia militar, subordinada ao mandatário Psbista.
Similarmente a criação da Comissão Especial de Investigação de Atos de
Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), do também ditadorzinho, com
postura protofascista, Sérgio Cabral.
Em nada se dissociam
desse cenário os últimos acontecimentos no Estado, precisamente a repressão
arbitrária, a violência gratuita e as prisões injustas de manifestantes em
protestos de rua, identificando “lideranças ou sujeitos de destaque” nos atos e
enquadrando-os como vândalos, desordeiros, aliciadores e etc., com o objetivo
traçado de destruir toda e qualquer ação coletiva e/ou individual que
desestabilize, ou mesmo fira a imagem, do governo/governador pernambucano, com
anseios de grandeza em proximidade a ano eleitoral.
Os estudantes de
História da UFPE, igualmente não foram poupados dessa onda institucional de
repressão e criminalização aos movimentos sociais e militantes em geral,
empreendida pelo estado não liberto das engrenagens do capital - a exemplo da
corja de empresários donos das ‘empresas privadas de transporte público’. Os
estudantes Jonatas Marques, Emelly Clara, Jonas Augusto e Bruno Torres, com os
quais nos solidarizamos, foram detidos no calor da luta coletiva; em protestos
legítimos de organização popular e igualmente manifestações que cobravam
melhorias efetivas ao hoje lastimável sistema de transporte público, sendo
tratados como sujeitos perigosos a ordem e malfeitores do bem coletivo,
mascarando os reais cidadãos imbuídos de espírito público no usufruto do
direito.
A Federação do
Movimento Estudantil de História (FEMEH), através do Diretório Acadêmico de
História Francisco Julião (DAHISFJ) da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), na condição de Coordenação Regional do Nordeste, vem a público
manifestar seu total repúdio a todas essas ações hediondas, desumanizadoras e
anticonstitucionais levadas a cabo pelo estado de Pernambuco, na pessoa do seu
governador Eduardo Campos, mentor de uma política do silenciamento das
oposições - onde o diálogo são bombas, cassetetes, balas de borracha, spray de
pimenta e demais artefatos de dispersão popular - ainda que estas ditas
oposições expressem os anseios do povo e estejam no exercício legítimo de um
direito civil.
Mas a luta não para,
a despeito do que os nossos detratores planejam e esperam, a repressão não
freará e nem calará nossa expressão, apesar de sabermos que ainda não estamos
numa real democracia. Faremos valer nossos direitos na inspiração máxima que do
poder do povo nascerá um mundo novo!
Federação do
Movimento Estudantil de História – FEMEH
Diretório Acadêmico
de História Francisco Julião – DAHISFJ
Recife, 01 de outubro
de 2013
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