sábado, 19 de outubro de 2013

Em manifesto, estudantes da UFPE reclamam de repressão policial em Pernambuco e atacam Eduardo



MANIFESTO

Abaixo a Ditadura! Palavra de ordem maior que aglutinou a esquerda brasileira no período de 1964-1985, época que marcou a vigência de um regime de exceção no Brasil, o qual tomou o terrorismo de estado como política institucional e a repressão à oposição como uma máxima. Estamos em outro tempo, de uma constituição democrática já aprovada, mas infelizmente, hoje no Brasil, e em Pernambuco particularmente, essa palavra de ordem ainda permanece atualíssima, convertendo-se num verdadeiro brado de liberdade que ecoa de cidadãos que querem apenas ser livres e gozar de seu direito de protestar, constitucionalmente garantido e na realidade ignorado.

DOPS, Departamento de Ordem Política e Social, policia política instalada após o golpe civil-militar de 1964 com a função de investigar e perseguir os opositores ao regime, enquadrados como subversivos e tratados pelo estado como infratores e classificados legalmente em Inquéritos Policiais Militares (IPMs), num processo sem fundamentação jurídica formal e regras de comprovação, baseando-se numa pressuposição de culpa do acusado, sempre em interpretações que lhe desfavoreciam, submetendo o cidadão a prisões e torturas inclusive. Hoje, no governo do neto de Miguel Arraes e aspirante a presidente da república, tragicamente, refunda-se em Pernambuco, a polícia política, na condição de braço inteligente da polícia militar, subordinada ao mandatário Psbista. Similarmente a criação da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), do também ditadorzinho, com postura protofascista, Sérgio Cabral.

Em nada se dissociam desse cenário os últimos acontecimentos no Estado, precisamente a repressão arbitrária, a violência gratuita e as prisões injustas de manifestantes em protestos de rua, identificando “lideranças ou sujeitos de destaque” nos atos e enquadrando-os como vândalos, desordeiros, aliciadores e etc., com o objetivo traçado de destruir toda e qualquer ação coletiva e/ou individual que desestabilize, ou mesmo fira a imagem, do governo/governador pernambucano, com anseios de grandeza em proximidade a ano eleitoral.

Os estudantes de História da UFPE, igualmente não foram poupados dessa onda institucional de repressão e criminalização aos movimentos sociais e militantes em geral, empreendida pelo estado não liberto das engrenagens do capital - a exemplo da corja de empresários donos das ‘empresas privadas de transporte público’. Os estudantes Jonatas Marques, Emelly Clara, Jonas Augusto e Bruno Torres, com os quais nos solidarizamos, foram detidos no calor da luta coletiva; em protestos legítimos de organização popular e igualmente manifestações que cobravam melhorias efetivas ao hoje lastimável sistema de transporte público, sendo tratados como sujeitos perigosos a ordem e malfeitores do bem coletivo, mascarando os reais cidadãos imbuídos de espírito público no usufruto do direito.

A Federação do Movimento Estudantil de História (FEMEH), através do Diretório Acadêmico de História Francisco Julião (DAHISFJ) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na condição de Coordenação Regional do Nordeste, vem a público manifestar seu total repúdio a todas essas ações hediondas, desumanizadoras e anticonstitucionais levadas a cabo pelo estado de Pernambuco, na pessoa do seu governador Eduardo Campos, mentor de uma política do silenciamento das oposições - onde o diálogo são bombas, cassetetes, balas de borracha, spray de pimenta e demais artefatos de dispersão popular - ainda que estas ditas oposições expressem os anseios do povo e estejam no exercício legítimo de um direito civil.

Mas a luta não para, a despeito do que os nossos detratores planejam e esperam, a repressão não freará e nem calará nossa expressão, apesar de sabermos que ainda não estamos numa real democracia. Faremos valer nossos direitos na inspiração máxima que do poder do povo nascerá um mundo novo!

Federação do Movimento Estudantil de História – FEMEH
Diretório Acadêmico de História Francisco Julião – DAHISFJ
Recife, 01 de outubro de 2013
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Em manifesto, estudantes da UFPE reclamam de repressão policial em Pernambuco e atacam Eduardo
POSTADO ÀS 13:00 EM 19 DE OUTUBRO DE 2013

MANIFESTO

Abaixo a Ditadura! Palavra de ordem maior que aglutinou a esquerda brasileira no período de 1964-1985, época que marcou a vigência de um regime de exceção no Brasil, o qual tomou o terrorismo de estado como política institucional e a repressão à oposição como uma máxima. Estamos em outro tempo, de uma constituição democrática já aprovada, mas infelizmente, hoje no Brasil, e em Pernambuco particularmente, essa palavra de ordem ainda permanece atualíssima, convertendo-se num verdadeiro brado de liberdade que ecoa de cidadãos que querem apenas ser livres e gozar de seu direito de protestar, constitucionalmente garantido e na realidade ignorado.

DOPS, Departamento de Ordem Política e Social, policia política instalada após o golpe civil-militar de 1964 com a função de investigar e perseguir os opositores ao regime, enquadrados como subversivos e tratados pelo estado como infratores e classificados legalmente em Inquéritos Policiais Militares (IPMs), num processo sem fundamentação jurídica formal e regras de comprovação, baseando-se numa pressuposição de culpa do acusado, sempre em interpretações que lhe desfavoreciam, submetendo o cidadão a prisões e torturas inclusive. Hoje, no governo do neto de Miguel Arraes e aspirante a presidente da república, tragicamente, refunda-se em Pernambuco, a polícia política, na condição de braço inteligente da polícia militar, subordinada ao mandatário Psbista. Similarmente a criação da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), do também ditadorzinho, com postura protofascista, Sérgio Cabral.

Em nada se dissociam desse cenário os últimos acontecimentos no Estado, precisamente a repressão arbitrária, a violência gratuita e as prisões injustas de manifestantes em protestos de rua, identificando “lideranças ou sujeitos de destaque” nos atos e enquadrando-os como vândalos, desordeiros, aliciadores e etc., com o objetivo traçado de destruir toda e qualquer ação coletiva e/ou individual que desestabilize, ou mesmo fira a imagem, do governo/governador pernambucano, com anseios de grandeza em proximidade a ano eleitoral.

Os estudantes de História da UFPE, igualmente não foram poupados dessa onda institucional de repressão e criminalização aos movimentos sociais e militantes em geral, empreendida pelo estado não liberto das engrenagens do capital - a exemplo da corja de empresários donos das ‘empresas privadas de transporte público’. Os estudantes Jonatas Marques, Emelly Clara, Jonas Augusto e Bruno Torres, com os quais nos solidarizamos, foram detidos no calor da luta coletiva; em protestos legítimos de organização popular e igualmente manifestações que cobravam melhorias efetivas ao hoje lastimável sistema de transporte público, sendo tratados como sujeitos perigosos a ordem e malfeitores do bem coletivo, mascarando os reais cidadãos imbuídos de espírito público no usufruto do direito.

A Federação do Movimento Estudantil de História (FEMEH), através do Diretório Acadêmico de História Francisco Julião (DAHISFJ) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na condição de Coordenação Regional do Nordeste, vem a público manifestar seu total repúdio a todas essas ações hediondas, desumanizadoras e anticonstitucionais levadas a cabo pelo estado de Pernambuco, na pessoa do seu governador Eduardo Campos, mentor de uma política do silenciamento das oposições - onde o diálogo são bombas, cassetetes, balas de borracha, spray de pimenta e demais artefatos de dispersão popular - ainda que estas ditas oposições expressem os anseios do povo e estejam no exercício legítimo de um direito civil.

Mas a luta não para, a despeito do que os nossos detratores planejam e esperam, a repressão não freará e nem calará nossa expressão, apesar de sabermos que ainda não estamos numa real democracia. Faremos valer nossos direitos na inspiração máxima que do poder do povo nascerá um mundo novo!

Federação do Movimento Estudantil de História – FEMEH
Diretório Acadêmico de História Francisco Julião – DAHISFJ


Recife, 01 de outubro de 2013

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