Descoberta de esquema de desvio de impostos de meio
bilhão na cúpula da secretaria de Finanças de Gilberto Kassab, na Prefeitura de
São Paulo, atinge politicamente não apenas o ex-prefeito; então titular Mauro
Ricardo foi homem de confiança do ex-prefeito José Serra e permaneceu no cargo
durante gestão do afilhado político dele; efeitos da decoberta do
"ninho" de corrupção, como era chamado o escritório dos quatro
ex-altos funcionários municipais presos hoje, tem reflexos diretos na eleição
para o governo de São Paulo em 2014
O ex-prefeito Gilberto Kassab foi rápido na
resposta:
- Não fui eu quem indicou.
Depois, expediu nota oficial sobre o caso.
"O ex-prefeito de São Paulo deu total autonomia aos
secretários de Estado para montar as suas respectivas equipes e tem certeza que
todos se colocarão à disposição das autoridades", registrou a nota de
Kassab à imprensa, assinada pela assessoria do PSD (abaixo).
Na manhã desta quarta-feira 30, quando estavam sendo
presos, em São Paulo, quatro altos funcionários da Secretaria de Finanças de
sua gestão, Kassab, nitidamente, procurou empurrar as batatas quentes para o
ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo, que ele manteve da gestão de José
Serra, seu padrinho político. Entre os presos estão nada menos que o
ex-subsecretário da Receita Municipal, Ronilson Bezerra Rodrigues, o ex-diretor
de Arrecadação do órgão, Eduardo Barcelos, e o ex-diretor de Cadastro de Imóveis
Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amara. Além deles, integrantes da cúpula da
Secretaria de Finanças, está o agente de Fiscalização Luis Alexandre Cardoso de
Magalhães.
O então titular da secretaria, Mauro Ricardo, hoje
ocupando o mesmo cargo em Savaldor, na Bahia, também tentou jogar as que
caíram, em brasa, nas mãos dele, para o alto:
- Não tenho qualquer envolvimento com tais denúncias,
devolveu.
BOLA ENTRE AS PERNAS - Ainda voando, as batatas quentes
podem recair sobre o colo do ex-prefeito José Serra. Ele teve em Mauro Ricardo
seu homem de confiança, com a chave dos cofres das finanças municipais, por
todos os anos que foi prefeito de São Paulo. Como se vê agora, porém, não dá
para dizer que Mauro Ricardo é um economista especialmente zeloso com o
monitoramento sobre sua equipe mais próxima de trabalho.
A investigação nascida na Controladoria Geral do
Município, criada pelo prefeito Fernando Haddad – "não estamos promovendo
uma devassa na gestão anterior", disse ele – começou em março. Com o apoio
do Ministério Público, tem documentos que mostram depósitos diretos de grandes
construtoras para a contas dos envolvidos. Com o dinheiro grosso, eles
compraram bens de luxo, como imóveis e carros, em nome de parentes e amigos.
Casas lotéricas estavam entre os investimentos preferidos no setor de
aquisições.
Serra será instado a se pronunciar sobre mais esse
escândalo. Quando confrontado com o anterior, que tem como pivô o ex-diretor de
Edificações Hussain Aref Saab, cujo patrimônio nos últimos anos acumulou mais
de 100 imóveis em seu nome pessoal e no do filho, Serra também disse que a
culpa era da gestão anterior.
Agora, porém, é diferente. Os presos fazem parte do
primeiro escalão da equipe de Mauro Ricardo, seu braço direito quando foi
prefeito. A ponto de recomendá-lo para o trabalho, no mesmo posto, na
Secretaria de Finanças de Salvador, na gestão de ACM Neto.
Nos bastidores políticos da capital baiana, tem-se como
certo que a indicação de Mauro Ricardo para o posto foi feita pelos tucanos
serristas Jutahy Magalhães e Antonio Imbassahy. O certo é que Mauro Ricardo
está lá. Será que contiinua depois que se sabe que , no mínimo, levou um baile
de R$ 500 milhões de seus antigos homens de confiança?
Outro abalo se dá nos planos de Kassab de concorrer ao
governo de São Paulo em 2014. Trata-se do segundo grande escândalo descoberto
em sua gestão, após o caso Aref. Sabe-se que, com Kassab, São Paulo se
verticalizou de maneira extremamente acelerada, numa progressão de destruição
de bairros inteiros em benefício da especulação imobiliária e da implantação de
projetos enormes, de tamanhos nunca vistos numa cidade acostumada a grande
projetos. Os problemas de mobilidade urbana cresceram proporcionalmente, assim
como os índices de poluição atmosféricas. Ele ainda terá forças para, com sua
habilidade política comprovada, driblar mais esse vexame de sua gestão?
E José Serra, passará incólume? No que muitos analistas
acreditam, o disparo do novo escâdalo também atinge sua imagem pela forte
ligação com o secretário Mauro Ricardo – que, repita-se, já avisou que não tem
nada a ver com isso. Como Kassab.
Abaixo, nota da assessoria do PSD:
NOTA À IMPRENSA
O presidente nacional do PSD e ex-prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab, embora desconheça a investigação em curso na Secretaria das
Finanças, apoia integralmente a apuração e, se comprovada qualquer
irregularidade, defende a punição exemplar de todos os envolvidos.
O ex-prefeito de São Paulo, como é de conhecimento
público, quando alertado sobre qualquer suspeita, mesmo que por denúncia
anônima, encaminhou para apuração da Corregedoria-Geral do Município e ciência
do Ministério Público, com o qual manteve total colaboração.
A gestão Kassab sempre se pautou pela correção na
administração da máquina pública e transformou as ferramentas de transparência
numa política de governo, permitindo que todos os paulistanos tivessem acesso a
contratos de obras, serviços e iniciou a implantação do sistema de
licenciamento eletrônico cujo objetivo final era permitir que qualquer
interessado pudesse acompanhar em tempo real a tramitação de projetos de
reforma e construção na cidade de São Paulo.
Durante a gestão, o ex-prefeito de São Paulo deu total
autonomia aos secretários de Estado para montar as suas respectivas equipes e
tem certeza que todos se colocarão à disposição das autoridades competentes
para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas existentes.
Assessoria de Comunicação do PSD
Fone: (11) 2348-0055
NOTA À IMPRENSA
O presidente nacional do PSD e ex-prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab, embora desconheça a investigação em curso na Secretaria das
Finanças, apoia integralmente a apuração e, se comprovada qualquer
irregularidade, defende a punição exemplar de todos os envolvidos.
O ex-prefeito de São Paulo, como é de conhecimento
público, quando alertado sobre qualquer suspeita, mesmo que por denúncia
anônima, encaminhou para apuração da Corregedoria-Geral do Município e ciência
do Ministério Público, com o qual manteve total colaboração.
A gestão Kassab sempre se pautou pela correção na
administração da máquina pública e transformou as ferramentas de transparência
numa política de governo, permitindo que todos os paulistanos tivessem acesso a
contratos de obras, serviços e iniciou a implantação do sistema de
licenciamento eletrônico cujo objetivo final era permitir que qualquer
interessado pudesse acompanhar em tempo real a tramitação de projetos de
reforma e construção na cidade de São Paulo.
Durante a gestão, o ex-prefeito de São Paulo deu total
autonomia aos secretários de Estado para montar as suas respectivas equipes e
tem certeza que todos se colocarão à disposição das autoridades competentes
para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas existentes.
Assessoria de Comunicação do PSD.
Fonte:Brasil-247
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