Secretaria de
Segurança nega o caso e secretário Valber Virgulino, citado pelo petista, diz
que ele "quer aparecer"; Secretaria de Comunicação emite nota e diz
que Governo vai apurar as denúncias
Em
01/10/13
A Polícia Federal
descobriu um plano para matar o deputado federal Luiz Couto (PT-PB). O deputado
alega que ficou sabendo do plano por meio de agentes federais, na sexta-feira
passada (27). Quando desembarcou no aeroporto Castro Pinto, em Bayeux (região
metropolitana de João Pessoa) teria recebido a recomendação de agentes da PF de
suspender todas as atividades públicas previstas para o final de semana em sua
agenda.
O plano envolveria
dois pistoleiros de Alagoas, que já estariam em território paraibano, e também
teria como alvo a ouvidora da Polícia Civil, Valdênia Paulino. Segundo os
agentes relataram, "havia uma majoração do risco à integridade física
deste parlamentar". A ouvidora está fora do Brasil.
A Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba desconhece a informação de que haveria
um plano para matar o deputado federal Luiz Couto (PT). O secretário Cláudio
Lima, nesta terça-feira (01), negou que tenha conhecimento desse plano e alega
que soube dos fatos através da imprensa.
Luiz contou que ficou
surpreso, ao desembarcar na Paraíba e perceber que, além da escolta da Polícia
Federal que lhe acompanha, havia no saguão do aeroporto um reforço de agentes e
de policiais militares. Ele cancelou sua agenda na Paraíba e retornou à
Brasília (DF).
Pelo relato do
deputado federal, os supostos criminosos seriam contratados por R$ 500 mil e a
transação desses valores teriam sido articuladas por um ex-policial militar,
identificado como Luiz Quintino de Almeida Neto. O deputado sustenta que
Quintino foi expulso da PM paraibana após inúmeras denúncias feitas pela
ouvidora Valdênia Paulino e por ele. "Quintino foi preso durante a
operação Squadre", lembrou.
O parlamentar afirmou
ter recebido denúncia de que parte do dinheiro [R$ 300 mil] teria sido
transportado por Dinamérico Cardim, agente penitenciário que supostamente fez o
carregamento do dinheiro numa caminhonete do Grupo Penitenciário de Operações
Especiais da Paraíba (Gpoe), pertencente à Secretaria de Administração
Penitenciária (Seap).
Ainda segundo o
deputado federal, todo o levantamento desse plano teria sido feito pelo serviço
de inteligência da Polícia Federal, que teria detectado que dois pistoleiros
alagoanos estariam em João Pessoa para executar dois militantes que combatem o
crime organizado.
Um ofício assinado
pelo delegado da Polícia Federal, José Olegário Pereira Nunes, confirma o
cancelamento da agenda do deputado federal na Paraíba. No documento, o delegado
diz que, como medida preventiva, solicita o cancelamento da viagem e "a
participação de qualquer evento público".
Couto ressaltou que,
de acordo com a mesma denúncia, Dinamérico Cardim possui em sua guarda um Fuzil
IBEL, calibre 762, customizado, com luneta de longo alcance, tripé metálico e
munição calibre 762. Acrescentou que o Gpoe é subordinado diretamente à pessoa
do secretário da pasta, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e que só ele
poderia determinar a saída e o deslocamento deste grupo.
O deputado federal
relatou, ainda, que tomou conhecimento de que no dia 13 de setembro último,
durante o lançamento de uma revista, ocorrido numa casa de recepções em João
Pessoa, Walber Virgulino teria "destratado" o secretário de Segurança
Pública, Cláudio Lima. O secretário de Administração Penitenciária teria
acusando o secretário de Segurança e Defesa Social de proteger Luiz Couto, a
ouvidora Valdênia Paulino e de ficar ao lado "do povo dos direitos
humanos".
Valber Virgulino não
quis comentar as declarações de Luiz Couto. Ele parafraseou o poeta e
ex-senador Ronaldo Cunha Lima. "Minha alma, minha vida têm a transparência
dos cristais. Coloque coloque minha vida moral e funcional na balança e compare
com a de quem esta me acusando. Deixe o povo julgar", disse.
No início da tarde,
durante entrevista à uma emissora de rádio de João Pessoa, o secretário de
Administração Penitenciária voltou a se pronunciar sobre o caso. "O que eu quero apenas é trabalhar. A
gente fica indignado, mas ele está no papel dele de bater, de aparecer. De
certa forma a mídia tem que notar a presença dele e eu não preciso disso. Minha
vida por si só já repercute. As atividades que eu faço não são pra qualquer
um", afirmou.
Em nota, a Secretaria
de Comunicação Institucional do Estado reafirma a versão da Secretaria de
Segurança. "A presença de policiais
militares na escolta do deputado federal Luiz Couto na data de sua última vinda
ao Estado deveu-se a apoio de rotina à Polícia Federal e não à denuncia que
fundamentasse a necessidade de reforço na proteção do deputado. A Secretaria de
Estado da Administração Penitenciária abriu sindicância para investigar o
suposto uso do veículo do Grupo Penitenciário de Operações Especiais, bem como
solicitou ao Ministério Público apuração dos fatos narrados na denúncia do
deputado Luiz Couto", informa.
O deputado federal
levou o caso, nesta segunda-feira (30) à tribuna da Câmara Federal. Informou
ter solicitado ao governador Ricardo Coutinho(PSB-PB) e ao superintendente da Polícia
Federal da Paraíba que investiguem as denúncias. A PF informa que não pode se
pronunciar sobre casos que envolvam a segurança de parlamentares.
Ainda na nota, a Secretaria
de Comunicação do Estado argumenta que as denúncias do deputado "carecem
de fundamentação" para ajudar nas
investigações. "O Governo do Estado ressalta ainda que, no limite de suas
competências, qualquer ameaça à integridade do deputado.
Fonte:Portal Correio
2 comentários:
Só vão derrubar o PT do poder, na base da bala. Com idéias e princípios e programa, eles já são uns derrotados.
jonas Silva.
www.platodocerrado.blogspot.com.br
então fica ai pagando pra trabalhar seu petista trouxa!!
www.doisumseteum.com
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