segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Serra queria a privatização da PETROBRAS



Se para os tucanos corruptos é ruim a licitação, via partilha, do Campo de Libra, para os brasileiros é bom demais.


Leia texto de Serra no Face:


O PT transformou uma facilidade, que era o sistema de concessões na área do petróleo, numa dificuldade, que é esse regime de partilha. A obrigatoriedade da Petrobras de participar com um mínimo de 30% de cada empreendimento vai muito além da capacidade financeira e administrativa atual da empresa. E isso se tornou especialmente sádico no contexto das dificuldades que a Petrobras enfrenta, decorrentes dos péssimos investimentos em refinarias, que a obrigam a importar volumes crescentes de combustíveis e acumular grandes prejuízos, em razão da defasagem de preços. Os governos do PT conseguiram criar a situação mais crítica da historia de 60 anos da empresa, apesar de ela ser um monopólio, de ter recebido um aporte do Tesouro de 150 bilhões de reais, de possuir grandes reservas do óleo, dos preços superiores a 100 dólares o barril e do domínio da tecnologia de extração em águas profundas.

O regime de partilha afastou empresas da concorrência pela exploração dos campos de Libra. Deixou de proporcionar mais recursos ao país. Mais ainda: para viabilizar o único grupo que se dispôs a entrar no leilão, a Petrobras obrigou-se a participar com 40% do projeto. Portanto, dos 15 bilhões de reais que o governo deveria receber como bônus, 6 bilhões caberão à Petrobras. Ela não tem esse dinheiro. Provavelmente os sócios chineses a financiarão. Por isso mesmo e por outras razões, as estatais da China, que entraram com 20% do projeto, terão uma força maior no comando da exploração. A economia brasileira é hoje dependente da chinesa, e a postura do governo brasileiro em relação aos chineses é sempre reverente e concessiva. Não tenham a menor dúvida: em matéria de exploração do nosso petróleo, o Brasil teria muito mais força ao lidar com empresas privadas internacionais do que com as estatais chinesas. Estas não são objeto, no seu país de origem, de manipulação política e de negócios especiais. E pertencem a um governo que tem visão de médio e longo prazos, por incrível que isso possa parecer no Brasil de hoje.

Antes mesmo do leilão de hoje, técnicos do governo já falavam em off para a imprensa que no futuro o modelo da partilha deve mudar, que não é adequado, etc. Ou seja, as grandes questões do país continuam a ser objeto de experimentação, de gente que transforma soluções em problemas, que vai para o governo fazer curso de graduação em administração pública. Isso tem duas consequências: atrasar os investimentos e fazer coisas malfeitas.

2 comentários:

Henrique disse...

AOS INCAUTOS – É BOM RELEMBRAR:

- DILMA – cobrou SÓ pela assinatura do contrato de Libra US$6,8 bilhões;

- PSDB – VENDEU (doou) inteira, toda a Vale por US$3,1 bilhões.

IMPOSSÍVEL ESCONDER ISTO!
(A Justiceira)

Henrique disse...

Acredito que algo passa despercebido e salta aos olhos – os EUA estarem fora do Leilão.

Que bom que não participou.

Os EUA não transferem tecnologia em setores estratégicos, pois, lá nos “isteitis”, quando há a participação de investidores estrangeiros forma-se um comitê para impedir a transferência de tecnologias.

Já a Petrobras, com o Leilão, será estabelecido relações de cooperação tecnológica com o consórcio, para exploração do campo.

Afinal de contas, os EUA, por meio das bombas, estabeleceu relações que eram absurdamente desfavoráveis para os países plenos de recursos. Veja o que os Estados Unidos fazem há anos no Oriente Médio, por exemplo, para assegurar petróleo!

Parabéns, Presidenta!