Agora, há a dúvida
14/10/2008
Filipe Coutinho
O chefe de operações especiais do Supremo Tribunal Federal, Ailton Carvalho de Queiroz, foi à CPI dos Grampos nesta terça-feira 13 e não esclareceu como foi a suposta escuta feita na sala da assessoria do presidente do STF Gilmar Mendes. Queiroz repetiu a tese da “probabilidade muito grande” da sala ter sido grampeada. “Mas não foi possível fazer a identificação porque eram vários sinais sobrepostos”, justificou.
O depoimento do chefe de operações especiais do STF pouco trouxe de novo em relação ao suposto grampo de que Gilmar Mendes fora vítima. Entretanto, Carvalho de Queiroz insinuou que o gabinete de Mendes pode ter vazado à revista Veja o documento que aponta a possibilidade de escuta ambiental. “Eu imagino que a própria presidência [que repassou o documento]. Eu passei o relatório para o chefe de gabinete da presidência. O relatório é reservado e não deveria ter saído”, disse.
Carvalho de Queiroz foi o responsável pela varredura na sala da assessoria da presidência do STF realizada em 10 de julho – mesmo dia que Gilmar Mendes mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas. O relatório informa sobre um “sinal captado altamente suspeito, que vinha de fora do STF”. O chefe da seção de operações especiais do STF deu uma inusitada sugestão para que a presidência do STF evite grampos: “manter as persianas fechadas”.
Foi esse documento que serviu de base para a revista Veja – e a CPI dos Grampos no embalo – apontar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como possível autora das escutas, tese reforçada semanas depois com a divulgação de conversa sobre pedofilia entre Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
No depoimento prestado à CPI, Ailton Carvalho de Queiroz disse que o STF não iniciou investigação para identificar o autor da tal escuta. “Não houve a demanda”, disse. Para o deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), os fatos são “estranhos”. “No dia 10 de julho, acontece essa suspeita [de escuta ambiental], e logo depois a revista Veja divulga uma escuta. Isso foi estranho. Como é que o STF não fez nada?”, afirmou.
Filipe Coutinho
O chefe de operações especiais do Supremo Tribunal Federal, Ailton Carvalho de Queiroz, foi à CPI dos Grampos nesta terça-feira 13 e não esclareceu como foi a suposta escuta feita na sala da assessoria do presidente do STF Gilmar Mendes. Queiroz repetiu a tese da “probabilidade muito grande” da sala ter sido grampeada. “Mas não foi possível fazer a identificação porque eram vários sinais sobrepostos”, justificou.
O depoimento do chefe de operações especiais do STF pouco trouxe de novo em relação ao suposto grampo de que Gilmar Mendes fora vítima. Entretanto, Carvalho de Queiroz insinuou que o gabinete de Mendes pode ter vazado à revista Veja o documento que aponta a possibilidade de escuta ambiental. “Eu imagino que a própria presidência [que repassou o documento]. Eu passei o relatório para o chefe de gabinete da presidência. O relatório é reservado e não deveria ter saído”, disse.
Carvalho de Queiroz foi o responsável pela varredura na sala da assessoria da presidência do STF realizada em 10 de julho – mesmo dia que Gilmar Mendes mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas. O relatório informa sobre um “sinal captado altamente suspeito, que vinha de fora do STF”. O chefe da seção de operações especiais do STF deu uma inusitada sugestão para que a presidência do STF evite grampos: “manter as persianas fechadas”.
Foi esse documento que serviu de base para a revista Veja – e a CPI dos Grampos no embalo – apontar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como possível autora das escutas, tese reforçada semanas depois com a divulgação de conversa sobre pedofilia entre Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
No depoimento prestado à CPI, Ailton Carvalho de Queiroz disse que o STF não iniciou investigação para identificar o autor da tal escuta. “Não houve a demanda”, disse. Para o deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), os fatos são “estranhos”. “No dia 10 de julho, acontece essa suspeita [de escuta ambiental], e logo depois a revista Veja divulga uma escuta. Isso foi estranho. Como é que o STF não fez nada?”, afirmou.
Fonte: CartaCapital.
Comentário
Agora ficou muito mais claro que essa história do grampo foi armação.
O próprio chefe de operações especiais do STF não ter certeza que houve, realmente, o grampo.
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