Impasse prolonga greve da Polícia Civil do Estado de São Paulo por tempo indeterminado
Do UOL NotíciasEm São Paulo
Há 15 dias em operação padrão, a Polícia Civil do Estado de São Paulo se mantém em greve por tempo indeterminado até que o governo a chame à mesa de negociações com uma "proposta receptiva", segundo palavras do presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindesp), José Martins Leal. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Gestão, o governo só voltará a negociar com os policiais quando a greve for suspensa.Ainda segundo a Secretaria de Gestão, o governo iniciou as discussões salariais com a Polícia Civil em fevereiro, e quem optou por deixar o debate de forma "unilateral" foram as lideranças sindicais da corporação. A assessoria da secretaria informa também que já tem um conjunto de medidas pronto para enviar à Assembléia Legislativa do Estado que inclui aumentos entre 13,89% a 38%, dependendo da carreira, e a implantação de uma nova política de cargos e salários. Para médicos legistas e peritos criminais, o aumento previsto no piso salarial pode chegar a 47,31%, segundo pacote preparado pelo governo.
Policiais civis em greve realizaram ato na Assembléia Legislativa de São Paulo na terça-feira (30)
José Martins Leal, do Sindesp, afirma que entre 80% e 85% dos policiais de todas as carreiras da corporação estão em greve na Grande São Paulo.Segundo o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), a adesão na capital é um pouco menor do que sugere o outro sindicato: 53% das delegacias teriam aderido ao movimento, o que representa cerca de 60% dos policiais. No interior do Estado, as duas entidades concordam que a adesão chega a 95% dos policiais e que a greve é mais forte nas cidades de Bauru, Marília, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto e Santos.
A Secretaria de Segurança Pública contesta os números e diz que os índices de adesão dos policiais são menores, não passando de 30% na capital e de 40% no interior.Na capital, a adesão é maior nas delegacias da zona e nos distritos policiais dos Campos Elíseos (3º DP), Santa Cecília (77º DP) e Jardins (78º), segundo o movimento grevista. Casos graves são atendidosAs delegacias da Polícia Civil continuam atendendo casos mais graves, mas a secretaria sugere à população que procure a Polícia Militar ou use o serviço online caso não consiga ser atendida pelos policiais civis. As delegacias em que houve adesão à greve não estão atendendo ocorrências consideradas "corriqueiras", como furto ou perda de documentos. A Secretaria de Segurança Pública afirma que a Polícia Militar pode atender a qualquer ocorrência. Já a Delegacia Eletrônica pode ser acessada pelo site da Polícia Civil e registra furtos de veículos, placas e celular, furto ou extravio de documentos e desaparecimento ou encontro de pessoa.Para José Batista Rebouças, presidente do Sipesp, os níveis de criminalidade não são afetados pela greve. "Não faz diferença porque o crime continua sendo combatido.
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Na terça-feira (30), policiais civis realizaram manifestações em São Paulo, Campinas e outras cidades do interior. A maior, em São Paulo, chegou à Assembléia Legislativa do Estado e reuniu entre 800 e 1.200 policiais, de acordo com estimativas do Sindesp e do Sipesp. "[Isso] sem uma bandeira de central sindical ou de partido político", comenta José Batista Rebouças.Participam da greve os delegados, investigadores, escrivães, agentes policiais, carcereiros, agentes de telecomunicações e papiloscopistas da Polícia Civil de São Paulo.Eles reivindicam 15% de reajuste para este ano, 12% a partir de janeiro de 2009 e mais 12% em de 2010. Querem também que as gratificações passem a integrar os salários a partir de julho de 2010, e que o benefício seja estendido aos aposentados."Não lutamos apenas pelos salários, mas também por melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à população", afirma o presidente do Sipesp.
Comentário.
É o povo sofrendo e Serrassuga participando de campanha pelo Brasil afora.
Já, já ele diz que isso é coisa do Kit PT.
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