Fim de contrato na saúde ameaça atendimento
Após 3 anos de contrato, em que controlou o sistema de diagnóstico por imagem na rede pública de saúde da capital, em 16 de março, a Amplus deixou de operar serviços como raio X e ultrassom em 58 unidades sem ter instalado todos os equipamentos exigidos no contrato de R$ 108 milhões feito com a Prefeitura. A empresa é acusada de fraudes trabalhistas e sonegação de ao menos R$ 1,2 milhão, na qual a Secretaria Municipal da Saúde é considerada corresponsável. Há dois anos, o Tribunal de Contas do Município (TCM) apontou as irregularidades, mas o contrato vigorou até o fim. A secretaria, que havia prometido nova licitação, atrasou a definição dos substitutos da Amplus - oito Organizações Sociais -, pondo em risco o atendimento de 250 mil pacientes por mês.
Os novos contratos chegam a quase R$ 90 milhões, segundo o Diário Oficial. O valor supera o que foi pago à Amplus até o momento - R$ 84 milhões, de acordo com o Sistema de Execução Orçamentária da Prefeitura, mas a empresa diz ter recebido R$ 66 milhões.
Uma das OSs é a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi), que assume o serviço em 22 unidades por R$ 23,9 milhões por 3 anos. Ela, porém, já foi punida pela própria secretaria com afastamento das atividades há pouco mais de três anos, acusada de prestar serviço deficitário e "quarteirizar" a mão de obra.
A Amplus iniciou a remoção de parte das 71 máquinas que diz ter instalado, incluindo as de mamografia, raio X e ultrassonografia. O diretor comercial da empresa, José Florêncio Ribeiro, diz estar sendo impedido de retirá-las dos hospitais. "A transição está tumultuada." A Saúde informou que o "processo se encerra na sexta-feira, quando a Amplus poderá retirar os equipamentos".
De acordo com a administração municipal, a mudança foi feita "de forma planejada, para impedir que ocorra dificuldades ao usuário". Para a pasta, as organizações escolhidas têm "credibilidade indubitável, com ampla experiência no atendimento à saúde da população".Estadão.
Um comentário:
Bom vamos tentar ajudar a ter mais dados precisos sobre este caso....
1) o novo contrato com FIDI (antigo IDI) nao é de 23,9 milhões para 3 anos, e sim para 10 meses, sendo um valor mensal de 2,3 milhões, sendo assim totalizamos em 3 anos = 36 meses, o valor de 84,3 milhões
2) no antigo contrato com a AMPLUS, ela cuidava de 63 unidades de saúde, o FIDI pela BAGATELA de 84,3 milhões irá cuidar de apenas 22 UNIDADES DE SAÚDE
3) nos valores repassados a AMPLUS, ainda estão inclusos valores de manutenção dos equipamentos sucateados da PMSP, fora colocação de novos equipamentos com aportes próprios da empresa, no novo contrato isto não está previsto
4) no antigo contrato a Amplus teve que custear altos valores para digitalizar as tomografias, tudo isto incluso nos valores mensais de recebimento, já no novo contrato com FIDI isto não se torna mais obrigatório, fazendo com que a Saúde no municipio volte atrás em termos de tecnologia....
Espero poder ter ajudado.
O JUSTICEIRO
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