sexta-feira, 5 de julho de 2013

Aécio Neves só gosta de CPI para investigar os outros


Deputado Paulo Guedes (PT-MG), líder da oposição a Antonio Anastasia, afirma que "o grupo do Aécio não deixa ter CPI em Minas". Ele já tinha coletado 22 das 26 assinaturas necessárias para investigar supostas irregularidades nas licitações do Mineirão. A obra custou R$ 695 milhões


No manifesto divulgado após o discurso da presidente Dilma Rousseff, do 24 de junho, líderes da oposição sugeriram a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os gastos com a Copa de 2014, além de uma auditoria nas despesas investidas pelo Executivo no Mundial de futebol.

Intitulado de "Os Brasileiros Querem um Brasil Diferente", o texto foi assinado pelos presidentes do PSDB, Aécio Neves, da MD, Roberto Freire, e do DEM, José Agripino.

Mas quando se trata das contas de Minas Gerais, o discurso é outro, segundo informações de Mônica Bergamo, da Folha:


FAÇA O QUE EU DIGO

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é duro quando se trata das obras da Copa 2014 e propõe até CPI em Brasília para investigá-las. Em Minas Gerais, no entanto, a história é outra. Lá, são os deputados da oposição que querem examinar a parceria que o governo tucano fez para a reforma do estádio do Mineirão. Até agora, em vão. O grupo de apoio ao senador e a seu sucessor, o governador Antonio Anastasia, não deixa a ideia vingar.

QUINTAL

O deputado Paulo Guedes (PT-MG), líder da oposição a Anastasia, afirma que "o grupo do Aécio não deixa ter CPI em Minas". Até ontem, ele já tinha coletado 22 das 26 assinaturas necessárias para investigar supostas "irregularidades nas licitações e custos" do Mineirão. A obra custou R$ 695 milhões. Guedes diz: "Quem não assinar vai ter que se explicar".

QUINTAL 2

Já o líder do maioria, Gustavo Valadares (PSD), nega que o governo mineiro faça pressão contra a criação de comissões. "O que nós não deixamos é que, de forma irresponsável, se criem CPIs apenas para desestabilizar um governo que vem dando certo", afirma. Já contra o governo Dilma Rousseff, Valadares acha que a investigação é válida. "As obras de mobilidade e infraestrutura estão todas atrasadas".

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