Numa entrevista ao
Globo, Joaquim Barbosa consegue dizer que o Brasil não está preparado para um
negro na presidência
E então Joaquim
Barbosa diz, ao amigo Globo, que o Brasil não está preparado para um presidente
negro.
O certo é: Joaquim
Barbosa não está preparado para ser presidente.
Quanto mais fala,
mais JB revela não ter noção das coisas.
Diz, num tom que
denota orgulho, ter “amigos fraternais” entre os jornalistas. Isto é uma
aberração ética, um caso de torrencial conflito de interesses, e ele
simplesmente não se dá conta disso.
O autor da
entrevista é Míriam Leitão. Os jovens jornalistas devem ler atenciosamente para
ver como não se entrevista alguém.
Míriam é dócil,
cúmplice, superficial, tola e desinformada; enfim, tem todos os defeitos que um
entrevistador poderia ter. Combativa ela é com as pessoas que se colocam no
caminho da família Marinho, pôde se ver.
A entrevista
publicada pelo Globo – a quem JB deu carona num avião da FAB numa boca livre na
Costa Rica – coincide com uma fala de extraordinária relevância do presidente
da Associação dos Juízes Federais, Nino Toldo.
Toldo disse que JB
é um “fora da lei” por causa da nebulosa compra de um imóvel em Miami, para a
qual ele inventou uma empresa de fachada com a finalidade de sonegar impostos.
Toldo defendeu uma
“apuração rigorosa” da operação, que foi revelada pela Folha.
Para o Globo, JB
disse que o “imóvel é modesto” – talvez pelos padrões dos Marinhos, seus
amigos. E acusou a Folha de discriminá-lo.
Ora, nenhuma
explicação foi fornecida sobre a compra suspeita – e, verdade, nem lhe foi
cobrada pelo dócil Globo.
Jogada no meio da
entrevista você tem a informação de que JB – o homem que levou 7,5 anos para
fazer um curso de 5 e mais 4 ou 5 para fazer um doutorado de 3 na França –
levou bomba no Itamaraty.
Mas a culpa da
bomba, naturalmente, não foi dele. Foi do Itamaraty, que o sacaneou na prova
oral.
Pausa para rir.
O Itamaraty já se
manifestou. Falou do incentivo a afrodescendentes, e se JB não foi um dos
objetos do incentivo você pode avaliar seu desempenho nas provas.
Sem querer, o Globo
revela uma alma complexada e vingativa.
Todos os diplomatas
do Itamaraty, segundo o reprovado, gostariam de estar no seu lugar.
Verdade?
Ora, um magistrado que vai passar para a história como uma calamidade nacional, como o maior erro
de Lula, como um “fora da lei” – será que tanta gente assim gostaria de estar
em seu lugar?
Na verdade, JB não
está preparado para ser presidente de nada. Nem do STF e nem da empresa
fantasma que ele montou em Miami para fugir abjetamente de impostos.
Paulo Nogueira-DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário