Empresa alemã Siemens delata cartel em licitações do metrô de SP
As obras
bilionárias do metrô de São Paulo podem causar uma tremenda dor de cabeça para
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB. Segundo denúncia da
multinacional alemã Siemens, as empresas contratadas para fornecer
equipamentos, como ela própria, formavam cartel e colocavam preços até 20%
superiores aos de mercado nas licitações de novas linhas do metrô.
A Siemens denunciou
o caso às autoridades antitruste brasileiras, do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica, para escapar de uma punição maior – o caso foi revelado na
edição deste domingo da Folha (leia mais aqui). Além da Siemens, o esquema
envolveria ainda outras multinacionais, como a Alstom (já investigada na Europa
por corrupção na América Latina), a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a
japonesa Mitsui. Todas essas empresas também fazem parte do projeto federal do
trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, que será licitado no próximo mês.
De acordo com as
denúncias, o cartel dos fabricantes de equipamentos atuou em seis licitações e
o prejuízo total para o governo paulista ainda não foi totalmente estimado.
Segundo a investigação do Cade, o conluio envolveria ainda as empresas TTrans,
Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan. Destas, a
Tejofran é fortemente ligada ao PSDB e cresceu exponencialmente nos governos de
Mario Covas.
As multinacionais
Alstom e Mitsui disseram estar colaborando com as investigações do Cade. O
governador Geraldo Alckmin, por sua vez, prometeu conduzir uma investigação
própria. Ao todo, o mercado de equipamentos para o transporte por trilhos
movimenta R$ 4 bilhões ao ano no Brasil.Informações Uol e 247
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